XICO COM X, BIZERRA COM I

POESIA: BEBA SEM MODERAÇÃO

Tragam-me um trago de Poesia, por favor. Gelada ou natural, não importa. De preferência, frapée. Está ali, naquela garrafa bonita. Basta-me um trago de Poesia, líquida, fluida. Quero que as palavras escoem, com todas suas vírgulas, pontos e reticências, acentos graves e circunflexos e, principalmente, traços de união. Desejo que as estrofes flutuem entre um gole e outro fazendo com que latejem sorrisos azuis e sonhos de toda cor. Que se prendam os versos fugidios, e, recolhidos ao curral das rimas, encontrem alguém de boa vontade que os sopre ao vento para que todos, bêbados de amor e paz, se inebriem da felicidade que só a poesia pode propagar. E assim, mais são que são todos os sãos, o Poeta taxado de louco sairá pelo mundo na tentativa vã de fazê-lo melhor. Quiçá consiga. Se não, valerá a pena ter tentado.

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6 pensou em “UM TRAGO DE POESIA

  1. Valerá a pena ter tentado, grande poeta Xico!

    Suas prosas são puras frases poéticas, cheias de vírgulas, pontos, exclamações, reticências… fatos que não ocorrem nos livros do grande escritor português, de “O Evangelho segundo Jesus Cristo”. Por isso mesmo, infelizmente para mim, os livros dele se tornam enfadonhos de se ler.

    Diferentemente de suas prosas poéticas de cujas levezas narrativas a gente fica imbuído e fazendo parte da história.

    Eu quero um gole também neste Carnaval! Pode ser natural!

  2. Meu nobre Xico, o danado é que esse trago está na garrafa da mente e somente alguns poucos sabem transformar esse trago numa cascata de rimas e prosas. Belo texto.

  3. Caro Assuero, o vinho, também, nós o bebemos sem saber ao certo a origem dos ingredientes em seu feitio. Nem por isso deixamos de absorver suas virtudes palatinais. Bebamos um trago e nos encantemos com o que dizem os poetas, como Manoel de Barros, Drummond, Bandeira, Cabral de Melo, dentre outros. Faz bem à alma e ao coracao. Grande abraço

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