Do meu querido Acary
Eu canto sua beleza
Algumas obras dos homens
Outras da Mãe Natureza
Canto o velho e canto o novo
Canto também o meu povo
A nossa maior riqueza.
A mais formosa represa
Entre serras está deitada
O Açude Gargalheira
De esperança renovada
“Dá gosto de se olhar”
Pois, parece até o mar
Sua água abençoada.
Nossa fé foi aprovada
Desde os tempos de outrora
Manoel Esteves de Andrade
Construiu sem mais demora
Um templo pra devoção
De louvor, de oração
Erguido à Nossa Senhora.
Virgem do Rosário agora
Tem templo na freguesia
Mas outra igreja se fez
Pois, a cidade crescia
E o povo muito feliz
Construiu uma Matriz
À Nossa Virgem Da Guia.
Nossa cidade é magia
É orgulho, é paixão,
Na limpeza de suas ruas
No exemplo de educação
Do velho Grupo Escolar
Onde o prazer de estudar
Era quase devoção.
Por isso eu ergo a mão
E digo a Deus “obrigado”
Por essas tão belas serras
Por este céu azulado
Por cada nova manhã
Por nosso Rio Acauã
Que há muito tem nos banhado.
Um riacho represado
E um açude se criou
Com nome “Das Oiticicas”
Porém, “Da Santa” ficou
Por estar nas terras dela
E a sede, nossa mazela,
Por muitos anos matou.
No centro homenageou
Dois homens lá do passado
Com o busto do coronel
Silvino homem respeitado
E Otávio, o corajoso
Homem forte e brioso
Brutalmente assassinado.
Outro lugar festejado
É o nosso belo museu
À nossa gente lembrando
Da História, o lugar seu
Casa de Câmara e Cadeia
Hoje o museu nos norteia
Tudo que nos pertenceu.
Já se comprou e vendeu
Naqueles velhos mercados
Construídos como um só
Porém, depois separados
Se um ficou na estrutura
O outro a arquitetura
Fez seus traços reformados.
Temos também os sobrados
Três ao todo, na verdade,
São três raras construções
Nos evocando a saudade
Dos tempos de antigamente
E hoje em dia, no presente,
Enfeitam nossa cidade.
Foi Deus quem, por caridade
Me fez crescer em Acary
Lugar de raras belezas
Da gente melhor que vi
E a Deus vou agradecendo
Por me deixar ir vivendo
E por ter nascido aqui.
Que maravilha. Parabéns poeta
Obrigado pela presença, bom amigo.