Rodrigo Constantino
Muitos alarmistas consideraram a autorização do presidente Trump de abater o terrorista iraniano Suleimani como temerária, um ato terrorista, uma declaração de guerra, e algo insensato que vai levar ao caos, quiçá uma Terceira Guerra Mundial. Calma!
Em primeiro lugar, é preciso lembrar que o ato em si já foi uma retaliação, uma resposta aos abusos crescentes das milícias iranianas comandadas por Suleimani, sendo a gota d’água o ataque à embaixada em Bagdá, além da morte de centenas de pessoas nos últimos meses.
Ou seja, os Estados Unidos não são os provocadores aqui, e sim aqueles que tentam impor limites aos avanços imperialistas dos terroristas comandados pelo Irã. E eis o cerne da questão: como conter um regime de aiatolás fanáticos que pretende ter uma bomba nuclear e usá-la para, entre outras coisas, “varrer Israel do mapa”?
Essa é a pergunta que interessa. Os democratas acham que o caminho era o suborno, como fez Obama mandando malas de dinheiro para os líderes iranianos, no afã de que isso pudesse desviá-los das práticas terroristas. O resultado? As práticas se intensificaram. Ou seja, o método “diplomático” fracassou.
Obama definiu linhas que não podiam ser cruzadas, elas foram, e mesmo assim nada aconteceu. Esse tipo de coisa demonstra fraqueza, o que sempre aumenta a ousadia dos marginais, dos vilões. Como dizia Reagan, é a força americana que traz a paz, uma vez que qualquer sinal de covardia é um convite aos bandidos.
Reagan sabia do que estava falando: sua “guerra nas estrelas” colocou o império soviético de joelhos, e em vez de iniciar uma guerra nuclear, o “cowboy beligerante” terminou com a Guerra Fria, com a vitória do lado certo e a queda do Muro de Berlim e da União Soviética.
“Deterrance”. Eis a palavra-chave aqui. Lembrando no que a política de dissuasão consiste: ameaçar o inimigo com uma retaliação desproporcional caso ele inicie uma agressão. Vai me bater? Vou te destruir! Essa postura costuma funcionar. Obama a abandonou. Trump busca resgatá-la. Mas há um porém: a ameaça de retaliação precisa ser crível.
Aqui entra a importância da imagem de Trump como alguém intempestivo, impetuoso, imprevisível, maluco. É justamente o fato de ele ser visto como alguém assim, que não liga para as sensibilidades da elite cosmopolita e da mídia, que torna sua política eficaz. Os aiatolás sabem que não estão lidando mais com Obama, aquele que queria mudar fundamentalmente a América e que achava seu país tão excepcional quanto qualquer outro.
Trump é nacionalista, temperamental, e ninguém pode estar seguro de que não partiria para uma medida mais radical. Suleimani pode ter sido só o começo, como pode ter sido um aviso definitivo. E melhor os aiatolás acreditarem no homem. Afinal, ele é “doido”, como alertam os democratas do establishment.
Há riscos nessa mudança de postura? Sem dúvidas! Afinal, os aiatolás também são um tanto imprevisíveis e malucos. Sabem que um confronto direto numa guerra com a maior potência militar do planeta significaria o fim provável do regime, mas podem colocar tudo a perder mesmo assim. Não é a hipótese mais provável, contudo. E Trump conta com isso. Com o senso de sobrevivência dos aiatolás no poder.
Daí a jogada arriscada, mas inteligente. Os iranianos devem atacar alvos de aliados americanos na região, mas considero improvável que tentem um ataque terrorista a civis americanos, o que seria fatal para o regime. Os iranianos precisam reagir de alguma forma para não se desmoralizarem internamente, mas sabem que se exagerarem na dose, serão destruídos.
Em suma, Trump resgatou a política de dissuasão, como deve ser feito com um inimigo ameaçador, de preferência antes de ele ter uma bomba atômica (depois complica, como fica claro com a Coreia do Norte). Em que pesem os riscos dessa mudança, a situação anterior era instável e péssima para os interesses do mundo livre ocidental. Agora há chance de finalmente conter o regime iraniano.
Talvez, afinal, o choro de Khamenei no funeral do seu “general” tenha sido sincero, mas não por laços pessoais ou empatia, e sim por desespero ao perceber a sinuca de bico em que se meteu, perdendo o cérebro da estratégia terrorista iraniana e vendo que Trump, ao contrário de Obama, leva a sério os limites demarcados.
Não vamos ter uma guerra mundial ou nuclear. A sorte dos catastrofistas que falam nisso é que a turma tem memória curta, e quando ficar claro que a decisão do Trump não foi essa temeridade toda, sempre poderão mudar de assunto, falar do iminente derretimento do planeta ou outro alarmismo qualquer…
Disse tudo.
Algumas pessoas dividem o mundo entre mocinhos e bandidos, e acreditam que sem os “bandidos” viveríamos no paraíso. Não é assim. Todos somos mocinhos e bandidos ao mesmo tempo.
Não existe vácuo de poder. Alguém sempre será o mais forte, o que dá as cartas e bota medo nos outros. No momento, eu prefiro que sejam os EUA do que o Irã ou a China ou a Rússia.
Maduro e aquele cabinha lá da Coréia do Norte que ponham as barbas de molho.
Esses povos do Oriente Médio – árabes, iranianos e afins – são iguais a cachorros bem guaipecas.
Sempre estão latindo e rosnando por qualquer coisa, querendo demonstrar que são fortes, que são valentes.
Mas basta a gente demonstrar alguma reação contra, e eles, imediatamente, se acovardam, botam os rabos entre as pernas, fugindo a ganir: “Caim, caim, caim …
É só lembrar-se das bravatas nas guerras contra Israel, e as do Kuwait e do Iraque.
Que seriam a “Mãe de todas as guerras”; que nunca recuariam; que estavam ultratreinados e, portanto, invencíveis; que morreriam com prazer pela pátria e por Allah; que os inimigos tremeriam de terror quando os vissem lutar; que, se por acaso, sobrassem alguns, eles seriam jogados no mar, etc., etc, etc..
E o que se viu: não demorava muito, era aquela debandada geral e acabou-se a guerra.
Um exemplo claro são as acontecidas contra Israel.
Normalmente, todas as nações árabes, ao seu redor, ultrarmadas pela Rússia, com exércitos muitíssimos superiores – e sem aviso, ou seja, à traição – atacaram Israel, invadindo todas as suas fronteiras.
Resultado: Israel demorava, no máximo, 36 a 48 horas, para se organizar e os “botar a correr”.
Houve até o caso que os israelitas já estavam a poucos quilômetros de Damasco e do Cairo, quando por pressão da mesma Rússia, na ONU – para evitar uma vergonha muito maior – tiveram que parar, para acabar com a guerra, pois a aviação e os inúmeros tanques árabes estavam destroçados e os exércitos – dos “valentes e invencíveis” – árabes já estavam se rendendo em massa.
Querem saber mais sobre estas guerras, consultem o Google e o YouTube, verão que os “cachorros guaipecas”, os “tigres de papel” só arrotam valentia enquanto ninguém reage.
São, resumindo, um bando de traiçoeiros e covardes.
Quanto aos terroristas, que aos berros de “Allah Akbar!” – “Deus é grande”! – vão, normalmente, se explodir (matando inocentes), são uns impotentes de nascença, uns brochas totais, que – por sua incompetência de não conseguir uma mulher aqui na terra, caem na conversa da promessa de 72 (e aumentando) virgens, à sua disposição no paraíso, para quem morrer numa Jihad (Guerra Santa) inventada por um “iman”, ou um “ayatolah” ou um “ditadorzinho” qualquer, à procura de poder e projeção – que, naturalmente, não acredita no que prega e fica, escondido e protegido, em algum lugar na retaguarda.
Conclusão: São um bando de traiçoeiros e covardes, totalmente inconfiáveis – a gargantear poderes e vantagens, literalmente, em algum lugar, no vasto deserto – até que alguém “compre a sua briga”.
Aí, se acabam as valentias e recuam, fugisndo imediatamente, se não se rendem antes.
E, como dizia um tio meu, PhD em universidades da vida:
“Com bagaceiros não tem conversa. Tem-se que ser mais bagaceiro do que eles. Aí eles entendem e baixam a crista!”