MISSÃO DE NEGÓCIOS
No final dos anos 90 apareceram uns italianos aqui em Goiás com interesse em investir no Brasil. De Goiânia as autoridades contatadas sugeriram que viessem à minha cidade chamada Mineiros o segundo maior município do estado em extensão territorial e na época carente de investimentos. Importantes que eram vieram de avião fretado e começaram a conversar em busca de oportunidades. A gente não entendia bem o que pretendiam mas, de todo modo, foi organizada uma missão daqui do Brasil à Itália que juntou sete pessoas entre funcionários da prefeitura e empresários, eu no meio. Fizeram um roteiro interessante com passagem por embaixada em Milão visitas várias e a parte mais importante foi em Arezzo, na Toscana. Esta cidade tem uma fábrica de joias, medalhas e correlatos que naquela altura era considerada a maior do mundo no segmento, se chama UNOAERRE.
Visitamos esta empresa bem como fábricas de maquinas para a indústria joalheira fabricadas também ali. Entre visitas, almoços, jantares e reuniões, nós muito bem recebidos e com despesas de hospedagem pagas por eles, víamos aqui e ali um produtor de vinho chianti querendo exportar, um fabricante de equipamento de irrigação também. Mas o ponto alto foi quando um morador do local pegou alguns de nós e levou para um passeio de carro e propôs que puséssemos ouro para ele ali sem documentos. Malhou em ferro frio. Imagino que sem conhecer a extensão do Brasil, não sabia onde tem ouro e onde não tem, aqui só nos pescoços, dedos e caixinhas de joias. Será que a imagem de nós brasileiros era de que toparíamos uma negociata dessas?
Em um giro pela cidade guiado topamos com uma estátua de um cidadão paramentado como um Papa. O guia explica “este é Guido Mônaco o inventor das notas musicais” e um dos nossos companheiros, empresário, pagador dos escorchantes impostos brasileiros, que vinha mais atrás não tendo ouvido bem disse “eu acho que o inventor das notas fiscais não merece estatua”. Sem negócios voltamos.
Desta iniciativa restou que um padre italiano levou uns quatro jovens de Goiás, não de minha cidade, para fazer aprender a fazer joias o que pelo menos para estes foi certamente importante.
Señor Marchió,
Que a gente fubânica tome conhecimento das coisas do esmeraldino estado de Goiás, pois, com o gigantismo brasileiro, há brasileiros que possuem certeza absoluta que o Brasil central só possui dupla sertaneja e em um outro canto não muito distante daí, se reúnem os maiores políticos do universo (ancho fica Sancho quando fala desses políticos fantásticos que pariu a terra Brasil).
Falando em políticos de dar orgulho, deixo meu abraço ao grande Ronaldo Ramos Caiado, um cabra dos bons, que nasceu na belíssima Anápolis.
Forte abraço,
Obrigado pelo comentário Sancho
Fui a Wiki onde está escrito que Guido de Arezzo rebatizou as notas . Também está lá a foto do monumento a Guido Mônaco . Mas esta das notas fiscais é boa. Ainda mais que se sabe haver muitos comerciantes que a burlam. Segundo o que me contou um senhor a muito tempo atrás , impérios se criavam com notas frias . Na área de prestação de serviços , pessoas compravam notas fiscais pagando uma comissão ao emissor. Avisei a um amigo de que ele poderia ter que responder por isto. O comerciante maior como um mercado ao vender emite nota , por um de porte menor não o faz , e em muitos casos só registra se o cliente pagar com cartão. Então apesar de não ter ouvido bem a conversa o empresário sabia bem do que ele falava .