Caro amigo, larguei tudo
E vim pra roça, porém,
Esse não é o meu sítio
É a fazenda do meu bem.
Por aqui a gente trepa,
Dia sim outro também,
Pra tirar fruta do pé
Sem pedir nada a ninguém.
Aqui tem pomba, tem rola,
Mas me faz falta o vem vem,
Tem cobra rondando a casa,
Perereca, há mais de cem.
O frio aqui está grande,
Chuveiro quente não tem,
Às vezes é complicado,
Para lavar o sedém,
Entretanto dou meu jeito
Garanto não fico sem.
Pra fugir da Pandemia
Faço tudo que convém
Faço prece e uso máscara
Rogo a Jesus de Belém
Faço figa e simpatia
Se preciso vou além.
DALINHA CATUNDA - EU ACHO É POUCO!
A bela poetisa, a fubânica e encantadora señora Catunda roga a Jesus de Belém. Eu acho é pouco. Eu, o véi Sancho, que aprendi com a tal presidenta a dobrar a meta, rogo também a santo caseiro e MIÚDO. Que Jesus de Ritinha, nosso gigante Miúdo, nos proteja e que os versos de nossos dois poetas não nos desamparem jamais.
Que bom que nosso realista Sancho Pança, viaja também nos delírios de poetas em tempos de quarentena. Jesus de Ritinha é um parceiro dos céus.
ACHAVA QUE TINHA CENSURA!!!
Censura??? Num intendi… Tá falando de censura aqui no JBF? Me tire essa dúvida, meu poeta.
VALDEIR MORAIS:
O JBF é o recanto da DEMOCRACIA na sua plenitude!
Lugar que tem pomba e rola
Muita cobra a passear
Faço questão de não ir
De por bem longe passar
Prefiro ficar careca
De procurar perereca
Pra com ela me acunhar
*
Lugar que tem pomba e rola,
Tem caçador lá do Crato.
Se trouxer rola, tempero,
Se trouxer pomba, eu trato.
De quebra trago a farinha
Para comer com Dalinha
Dividindo o mesmo prato.
Nesses tempos de medo pandemônico, Dalinha está vivendo de forma que lhe aprouve: Natureza e prazer! Há simplicidades maiores para a satisfação de viver?
Olá Cícero, nasci no interior, então não tem sido difícil morar na roça. Na verdade é um prazer. São muitas as tarefas, mas tem sempre uma rede no alpendre para o descanso.
Excelente Dalinha, como sempre.
Muito obrigada, Bernardo, meu abraço.
D. Dalinha, sou suspeito por ser seu leitor de caderneta. Mas desta feita a senhora botou pra desmanchar.
Muito grato pelo momento que vivemos ao ler sua poesia tão engraçada.
Carlos Eduardo, É claro que tenho minhas preocupações e meus medos, mas prefiro não ficar batendo nessa tecla, prefiro tentar alegar as pessoas que de alguma maneira vivem ao meu lado. Vou tentar não perder meu bom humor. Meu abraço e obrigada.
PAPA, EU VOU MANDAR UM AI, SE AGUENTE!!!
O JORNAL DA BESTA FUBANA
CADA UM MEXE COM O OTO
O PAPA QUE É ESCROTO
DÁ E RECEBE BANANA
A POETIZA DA SEMANA
GOSTA DE MANDAR SUEIRA
VOCÊ DISSE QUE É BESTEIRA
QUE EU TAMBÉM POSSO MANDAR
TREPADA NUM TAMBORETE
RECEBA UM MOI DE CACETE
GOSTA MESMO É DE TREPAR
Parabéns pelos versos inteligentes e espirituosos, poetisa Dalinha Catunda! Você fugiu da Pandemia, de forma muito saudável! Está em contato direto com a natureza, na fazenda do seu bem, trepando nas arvores, para colher frutas frescas e apreciando pombas e rolas voando. O frio contribui para que o cenário se torne ainda mais romântico!
Que essa Pandemia passe logo!
Muita Saúde e Paz, querida amiga!
Obrigada minha amiga, Violante, seu comentário é sempre especial. Aqui no sitio continuo apreciando as pombas e as rolas que em bandos chegam ao terreiro no final da tarde. As trepadas diminuíram, o tempo anda chuvoso e os “pés de pau” escorregadios. Mas mesmo assim continuo com meus costumes e dialetos do meu Ceará. Bjs.
um mote pra Dalinha e prOs amantes dos pássaros:
‘AO INVÉS DE POMBA VOANDO
SOU MAIS PERIQUITO POR PERTO’
Pois é Xico, mais vale um periquito na mão, do que uma pomba voando.