– Para usar a internet seria necessário cursar um CFI (Centro de Formação de Internautas), prestar exame médico, psicotécnico, prova teórica e prova prática. O exame médico teria que ser renovado a cada cinco anos.
– Haveria uma lista oficial (em papel) com todos os endereços de e-mail.
– Todas as páginas teriam que seguir as normas da ABNT e ser homologadas pelo INMETRO.
– As páginas também teriam que seguir as normas das Secretarias Municipais de Urbanismo, Meio Ambiente, Saúde, Cultura e Direitos Humanos. Naturalmente, as regras seriam diferentes para cada município.
– Haveria cotas de conteúdo nacional no YouTube, administradas pela ANCINE.
– O computador seria emplacado e lacrado, e todo ano seria preciso pagar IPVA, DPVAT e Licenciamento – cada um em um banco diferente.
– Para baixar uma atualização seria necessário enviar um requerimento, anexando cópia autenticada de RG, CPF e comprovante de residência.
– O Whatsapp seria administrado pelo Correio. Mensagens chegariam no destino em até 24 horas (exceto em caso de greve).
– Ao enviar um vídeo pelo Whatsapp, o usuário receberia um código de rastreamento para acompanhar a transferência do arquivo.
– Para ter uma conta no Facebook ou no Twitter seria necessário ir a um cartório. O pedido seria analisado em um prazo de quinze dias úteis, com prioridade para idosos e deficientes.
– A senha do Facebook teria que ser renovada anualmente, também no cartório.
– Entre as 19:00 e 20:00 horas o acesso a todos os sites seria interrompido pela “Voz do Brasil”.
– Em épocas de maior movimento (Big Brother, finais de campeonato, campanha eleitoral) seria cobrado um adicional de “bandeira vermelha”.
– Programas anti-vírus precisariam de aprovação da ANVISA.
– Downloads exigiriam o recolhimento de DARF, mas famílias carentes receberiam um bolsa-download, dando direito a dez arquivos de até 1 MB por mês.
– Na pesquisa do Google seria necessário informar nome, endereço, data de nascimento, estado civil e cpf.
– Nos sessenta dias que antecedem as eleições, todos os sites teriam que veicular a propaganda eleitoral gratuita.
E o governo brasileiro já esta analisando suas propostas para serem implementadas nos próximos anos, com a renda indo para o fundo partidário para uso exclusivo na propaganda eleitoral virtual !!!!
Mas falando sério, seria exatamente assim ou pior.
Você conhece bem o Brasil.
Parabéns
Faltou que o reconhecimento por digital teria que ser em papel, mandar para uma delegacia analisar e depois seria liberado a entrada no sistema. Prazo 10 dias, com sorte.
Não seria e-mail, seria e-correio com selo digital para cada mensagem custando 50 centavos.(Já existe pior hoje, as mensagens eletrônicas da Claro custam R$ 1,99 cada no pré-pago)
Marcelo, felizmente este governo brasileiro que você se refere já acabou, juntamente com o PT.
Não vejo Bolsonaro, Paulo Guedes e Moro endossando as regras descritas na sua coluna.
A página já virou, caro Marcelo, estamos entrando no 5G.
Valeu ! .
Meu caro Bertolucci.
Fantástica e completamente verdadeira a sua análise, mas faltou dizer que, haveria a necessidade de recolher ICMS e ISS todas as vezes que baixássemos uma música, ou vídeo, além de certidão nada consta nas justiças federal e estadual todas as vezes que quiséssemos participar de grupos de discussão. Afora isso, perfeita análise a sua.
Beleza de pitaco. Aplausos.
Ótimo artigo. É isso mesmo. Eta paizinho danado esse nosso. Parabéns pela sagacidade.
Análise fuderosa esta do Bertoluci. Isso é a realidade pura da face de um país mostrando nua e cruamente, a arte de converter o fácil para o difícil através do inútil…
P.S.: – o pior é que, no Brasil, a burocracia dá cria!!!
Altamir, esta “a arte de converter o fácil para o difícil através do inútil…” é para emoldurar e pendurar na parede. Pura poesia.
além disso, qualquer uso profissional geraria a cobrança de um tributo : Taxa de Fornecimento e Uso de Dados Internéticos – TAFUDI.
Caro Marcelo,
Coisa de um GÊNIO essa sua distopia à brasileira.
Como já disse antes, sua pena está cada dia mais afiada e ferina. Foi direto ao ponto.
Só faltou dizer que a INTERNET deveria ser gerida por uma Secretaria de Fomento ao Desenvolvimento, a famosa SEFODE.
Parabéns Marcelo. Bem isto mesmo.
Só faltou a criação JIF. JUSTICA INTERNETICA FEDERAL para julgar os dados omissos da rede.
Caro Bertoluci, vc fez uma contundente demonstração que está plenamente capacitado a ser um legislador no congresso nacional – Não hesite: apresenta sua candidatura – Abraços