CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

GENTE CHATA

Eu sou do tipo de pessoa que detesta gente chata. Até a mim mesmo. Quando, às vezes tomo duas, ou três, porque ninguém é de ferro, sinto que começo a falar bobagens, de boca mole, dou um jeito de “sair à francesa” e ir para minha casa dormir, só para não ter que aturar a mim e impingir a outros a minha chatice.

Mas estou dizendo tudo isso para poder achar um mote para “palpitar” sobre a chatice reinante que o politicamente correto quer impor, à todo custo, goela abaixo de nós, botocudos, que vivemos abaixo da linha do Equador. Coisa difícil de se fazer, atestado até mesmo pelo maior gozador da República Federativa da Botocúndia, Stanislaw Ponte Preta, o saudoso Sérgio Porto, que dizia que no Brasil tinha mais gozador do que patriota, isso em pleno 1965.

A coisa fica feia quando o politicamente correto quer patrulhar o humor e a piada. Hoje, na Botocúndia a patrulha politicamente correta dita que você não pode fazer piada sobre mulher, índio, judeu, negro, gays, cornos, criança, idoso, político (e se for do PT pior ainda), putas, mendigos, muçulmanos (mas estes por cagaço mesmo) . Mas pode fazer chacota de Jesus, de Maria, dos santos católicos, de pastores. isto é, o patrulhamento deles é seletivo.

Aristóteles já dizia que a essência da comédia é rir dos defeitos alheios, das falhas de caráter. E no Humanismo quinhentista Gil Vicente ensinou que é através do riso que os maus costumes são castigados e açoitados em praça pública. Agora dá para entender por quê essa gente não gosta do riso. Os seus maus costumes e desvios de caráter são tantos que eles seriam alvo permanente do riso libertador que a piada proporciona.

Não sei quem disse isso, mas parece verdadeiro, que um tirano não aguentaria uma gargalhada que desse três volta ao redor dele. Note-se como Nicolás Maduro, atrás daquele bigode de gigolô da fome alheia sempre aparece sério. Daniel Ortega, com suas orelhas de lobisomem peludas nunca aparece sorrindo, mas mantém uma cara fechada, sem esconder os olhos cúpidos pronto a atacar as filhas da revolução como ele fez com a própria enteada. O baixinho gordinho e sádico da Coreia do Norte também. Se aparece sorrindo está secundado de pigmeus – a fome na Coreia do Norte reduziu o tamanho da população à média de 1,62 metros – todos sisudos e cheio de badulaques nos uniformes que só não caem para frente porque deve ter alguma armação nas costas segurando o peso daqueles pechisbeque todo.

Esse politicamente correto – eu faço igual ao gato quando me deparo com esse povo… jogo areia em cima – está muito presente na mídia, no teatro, no cinema. Mas, nas universidades eles pululam como tiririca depois da chuva. Na universidade onde estou fazendo meu doutoramento é fácil reconhecer um adepto dessa ideia: estão sempre juntos, são tristes, não riem por nada, estão sempre sujos e sebentos. Como se catinga e sujeira fossem vencer a revolução que os revoltosos de fancaria não conseguiram com protesto e armas.

São chatos. Pantagruelicamente chatos. Por nada querem te censurar, dizer que qualquer coisa é preconceituosa, que ofende, que machuca. Eu, quando me deparo com esse tipo de gente já os mando tomar na beirada do redondo e continuo com minhas presepadas. Sempre digo que, à diferença do doutor Fausto, eu tive que trabalhar e não vender a minha alma a Mefistófeles para ter algum sucesso, e, enquanto Deus me quiser por aqui, não rasgarei minha carteirinho de sócio fundador do sindicato da gozação. E que se danem os politicamente correto e suas chatices.

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