CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

DIE GEDANKEN SIND FREI

A inspiração para o título do presente texto veio do nome de uma canção folclórica alemã, Die Gedanken Sind Frei, que em português significa: Os pensamentos são livres.

Foi a primeira música que aprendi a cantarolar, em alemão, e a tocar no violão, assim que chequei em Freiburg, na Alemanha, na primavera de 1993.

A razão para esse título reside exatamente no que a frase encerra:

A LIBERDADE !

De pensar, de agir, de emitir opiniões, de fazer opções diversas, políticas ou morais, futebolísticas ou sexuais. Ou seja lá o que o homem, verdadeiramente LIVRE, bem entender, que assim o seja.

E não poderia haver espaço melhor do que esse aqui, no JBF, onde se exercita, verdadeiramente!!!, a LIBERDADE de pensamento, sem qualquer tipo de repressão. Vejam que, até mesmo aqueles que aqui neste espaço, defendem os piores tiranos e as ditaduras mais execráveis do mundo contemporâneo, tem a liberdade de aqui o fazerem, sem a menor censura do nosso excelso editor.

Ouso a escrever sobre LIBERDADE, justamente por estarmos vivendo um momento tão triste da humanidade, e em especial, desse malsinado país, do cerceamento das opiniões, do patrulhamento ideológico e de uma espécie de insanidade mundial, do pensamento único, imbecilizante, do “politicamente correto”.

E de um modo muito especial me refiro ao meio universitário-acadêmico, que certamente será tema de alguns textos que planejo aqui postar, por ser um dos melhores exemplos, atualmente, da ditadura do pensamento único. Justamente este local, que deveria servir de modelo, para a sociedade, da pluralidade de ideias e pensamentos, foi vergonhosamente, e criminosamente, assaltado pelo que há de pior e de mais farsante no comportamento humano. E vejam, exatamente pelos mesmos que anos 60 cantavam “é proibido proibir”.

Incentivou-me, igualmente, a este intento, os excelentes textos recentemente colocados aqui no JBF – os quais recomendo, fortemente, a leitura – pelo Rodrigo Buenaventura de Leon (A UNIVERSIDADE PÚBLICA É O LIXO DA POLÍTICA, em 4 partes) e pelo Marcelo Bertoluci (MEU PITACO SOBRE A EDUCAÇÃO), que resultaram em valioso debate entre nós e outros colunistas e leitores fubânicos.

O modelo da universidade pública brasileira precisa ser revisto, URGENTEMENTE!!!, pois é de lá que estão saindo os professores que irão para o ensino fundamental, tanto o público como o privado, (de)formadores das futuras gerações de jovens desse pobre país. Os pais “moderninhos”, ausentes e desinteressados, mal podem imaginar o que se passa na escola, com seus filhos. Que eles estão sendo absurdamente roubados de um dos seus direitos mais preciosos na vida, que é o da LIBERDADE de pensar. Além, obviamente, de estarem sendo enganados por quem não aprendeu – e obviamente, nunca poderá ensinar – matemática, português, física, química, história….., em um verdadeiro círculo virtuoso da mediocridade.

Para finalizar, retorno a música alemã que me inspirou nesse texto. Li na Wikipedia que os versos da canção teriam sido publicados pela primeira vez em folhetos, por volta de 1780, importantes para movimentos de resistência anti-nazistas na Alemanha. Não ousei colocar nenhum vídeo, pois há muitas versões facilmente encontradas na internet. Quem sabe o nosso colunista Peninha não possa nos brindar com uma bela escolha, como ele tão bem sabe fazer.

Quando ouvi pela primeira vez os versos dessa canção, a emoção foi muito grande, por já saber um pouco da língua, e conseguir imergir na mensagem, simples e singela, de LIBERDADE. Tão forte e tão verdadeira.

Deixo aos leitores os versos originais e uma tentativa de tradução para o português, este último, apenas com alguns ajustes, ambos extraídos da rede.

Que eles nos inspirem, e nos motivem, a ainda ter esperança em uma sociedade mais igualitária e fraterna, verdadeiramente LIVRE, das amarras e cabrestos ideológicos, de qualquer matiz, raça ou religião.

Um abraço fraterno:

Ao querido Berto, pela abertura desse espaço, e que mesmo sem conhecer, pessoalmente, ocupa um lugar de destaque no meu coração.

Aos queridos colunistas do JBF, donos das letras e imagens, versos e melodias, que tanto aprendi a admirar.

E aos prezados leitores fubânicos, que fazem parte dessa grande família do Jornal da Besta Fubana, que me afeiçoei e aprendi a querer tão bem.

16 pensou em “RÔMULO SIMÕES ANGÉLICA – SANTA MARIA DE BELÉM DO GRÃO PARÁ

  1. Verdade verdadeira, Sr. Rômulo.

    O Besta Fubana é um desses raros achados no universo da net que, com inteligência e refinada elegância (e argúcia escrota) leva o sujeito a “matutar” sobre o mundo que gira em torno de suas orelhas.

    Pecado imperdoável seria nominar aqui, os colunistas que professam diariamente verdadeiras lições de filosofia, politica, economia, educação, poesia, Direito(?), etc. tudo isso com proposital jocosidade e graça. Uma mistura de seriedade e humor com safadeza.

    Também preciso deixar bem claro que, embora a “bodega” seja bem dirigida e administrada pelo seu editor, não se deve tirar os méritos da assessoria de Chupicleide, do apoio sentimental de Polodoro, e da desafortunada cadela Chôla.

    • Obrigado, Marcos.
      E muito bem lembrado o reconhecimento aos outros, não menos importantes, integrantes da equipe editorial.

    • Muito obrigado, Marcelo.
      Essa gente maligna, autodenominada esquerda, foi extremamente competente no aparelhamento de setores estratégicos da sociedade, como é o caso das universidades. É impressionante a lavagem cerebral feita nos jovens e incautos. Pior do que uma religião.
      Vamos à luta, meu caro. Escrevo hoje por eles.

  2. Só cantando… E Sancho, enquanto aplaude, canta: “Vou de táxi, cê sabe. Tava morrendo de saudade”.

    Quando ouvi pela primeira vez os versos dessa canção, a emoção foi muito grande, por já saber um pouco da língua, e conseguir imergir na mensagem, simples e singela,. Tão forte e tão verdadeira.

    Um abraço fraterno:

    Ao querido señor Angélica, por ocupar, cada vez mais, espaço no melhor jornal planetário (morra de inveja, niu ynhoque charles), a quem mesmo sem conhecer, pessoalmente, ocupa um lugar de destaque no sanchiano coração.

    Aos queridos colunistas do JBF, donos das letras e imagens, versos e melodias, que tanto aprendi a admirar (copiei na íntegra, pois foi por demais poético).

    E aos prezados leitores fubânicos, que fazem parte dessa grande família do Jornal da Besta Fubana (orgulho da porrra!!!!), que me afeiçoei e aprendi a querer tão bem. (também copiado na íntegra. Fica aqui o convite a todos os LEITORES, que deixem a timidez de lado e escrevam, coloquem para fora a criatividade, palpiteiem, vale até xingar carinhosamente o editor-chefe, não o Sancho e muio menos o gentleman señor Angelica).

    Beijo grande, que meu rivotril das 13:30 está me aguardando…

    • Ohh Sancho,
      Quanta ternura.
      Você, assim como o nosso iluminado editor, são pessoas elevadas, espiritualmente.
      Conseguem não se abalar e levar sempre de maneira tão elegante, e inteligente, com nobre sarcasmo.
      Eu não consigo.
      Por isso, minha estratégia para com a gente do mal é o desprezo.
      Ignorá-las.
      São desonestas.
      Impossível o debate.
      Agem sempre imputando aos outros, o que eles são.
      Extraem do seu texto… AQUILO QUE VOCÊ NÃO ESCREVEU !!!
      O Adônis, recentemente, me disse que é preciso revidar, na mesma pisada.
      É uma estratégia.
      Prefiro o desprezo.

      p.s. Deixe para tomar o “Boa-Noite Cinderela”, opsss, desculpe, o Rivotril, só a noite.

  3. Fala de liberdade o Rômulo. Ele quer escolas onde seja proibido entrar o que não esteja devidamente estabelecido pelo sistema, usando ele, o Rômulo, para isso, uma interessante inversão lógica: os professores precisam parar de trazer ideias ao debate para que os alunos possam pensar.

  4. Parabéns Romulo,
    Brilhante texto. E fico orgulhoso com a citação, pois o objetivo de meus textos é provocar a reflexão.
    Um abraço.

    • Muito obrigado, Rodrigo.
      desculpe não comentar os últimos artigos.
      Estou com algumas idéias, de extração/resumo dos pontos essenciais dos mesmos, para tentar fazer chegar ao governo, de alguma forma.
      Fiquei muito impressionado com a sua história, com o que você passou, e que também acabei não comentando. Acredito que, nem de perto, passei que você passou.
      Mas como comentei há pouco: eles foram extremamente eficientes no aparelhamento da máquina.
      Há várias universidades fazendo eleições, neste momento, e a luta é inglória.
      Mas não podemos desistir.
      Principalmente, e atualmente, com a nossa principal arma:
      a caneta !!!
      Ops, ato falho…. o teclado !
      Grande abraço.

    • Que bom, Adriana.
      Me deixa imensamente feliz.
      Cuide das suas crianças, suas duas filhas.
      A vigilância tem que ser permanente.
      Como disse há pouco: o aparelhamento, a escola de tirania, foi por demais eficaz.
      Não nos damos o ou nos demos – conta disso.
      A sociedade não sabe disso.
      Os pais estão alheios.
      É a escola indecente de tirania, que está saindo de dentro das universidades.
      Espalhe esse texto, e esse entendimento, para quem você puder.
      Dê uma olhada no conteúdo programático dos livros de história das suas filhas. Veja a quantidade de “Marx” que há lá dentro.
      É preciso tirar um tempo para ir as escolas, e denunciar tudo isso.
      Ainda há tempo para reverter esse quadro.
      Forte abraço

  5. Que esse belo texto seja só o primeiro de muitos.

    E sendo o primeiro, não poderia ter tema melhor que a liberdade, nosso bem mais precioso.

    “Liberdade é liberdade. Não é igualdade, ou justiça, ou cultura, ou felicidade, ou uma consciência tranquila.”

  6. Quanta honra, Marcelo.
    Já respondi, acima, a vários comentários, com a seguinte mensagem principal:
    Não nos acomodemos. É preciso reagir, denunciar as iniquidades dessa gente perversa, em especial no setor educacional.
    Mostrar o estrago que já foi realizado.
    É o que me proponho, a partir de agora, mesmo sabendo das consequências que advirão. Das calúnias e difamações, que já começaram, e perseguições, na minha própria universidade. A semelhança do que já foi descrito pelo Rodrigo, na sua instituição.
    Um forte abraço.

  7. Prezado Rômulo,

    Parabéns para o belíssimo texto. Que venham muitos mais. Seja muito bem vindo ao time.

    O melhor dessa gazeta é exatamente a pluralidade dos seus geniais colunistas.
    Um, como eu, quer parir logo para degolamentos em massa.
    Marcelo, um gentleman, faz uma análise rigorosa da realidade.
    O Goiano, prefere um pote da boa e velha vaselina.
    Cícero, com suas estórias impagáveis
    O Velho Capita, com estórias da velha Maceió
    Algumas das meninas escritoras, com contos calcados na realidade e que nos fazem rir ou sonhar
    Mais uma penca enorme de gente de primeiríssima qualidade.

    É uma verdadeira seleção da copa de 70. Fica até difícil enumerar todos sem cometer injustiça por não citar alguns.

    Chega você agora com esta belíssima poesia em forma de música.

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