ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

A análise política de longo prazo é uma atividade que dá trabalho, tanto a historiadores, quanto a diletantes como eu, que tenho mais curiosidade que um gato e que me divirto com minha própria ignorância. E, muito tenho ouvido, apesar de ter passado pouco tempo, o período 2003-2015, época em que o Partido dos Trabalhadores (PT) esteve à frente do comando nacional, essa época, como sendo a era em que os trabalhadores chegaram ao Poder.

Eu sou um sujeito que tenho apreço às palavras e aos seus significados, e confesso, ultimamente este país está deixando de fazer sentido, porque a esculhambação chegou ao vernáculo. Li, essoutrodia, em um matutino de circulação nacional que as escolas não na estavam preparadas para atender e orientar mulheres, meninas e “meninos trans”, (o grifo é meu) quando estão menstruados. Comequié??? Meninos trans??? Bem! Até que se revoguem as leis de Mendel, ou mesmo a biologia natural, se um ser humano possuir o vigésimo terceiro par de cromossomo com um duplo X, (XX), será do sexo feminino, não importa se estiver vestido de pedreiro, estivador, ou mesmo de mico leão dourado.

Mas, voltemos à vaca fria, porque não era sobre isso que eu quero debater com vassuncês…, mas sobre o período 2003-2015 que foi governado pelo PT e que foi chamado, novidade!!, pelos próprios petistas de “o momento em que os trabalhadores chegaram ao Poder”. Nada mais falso. E quero argumentar aqui, com base em evidências, em fatos – detesto quando alguém usa o pleonasmo “fatos reais”. Ora, se é fato, não tem como ser mentira. Só pode ser real -, e em um pouco de história. A história é essa senhora teimosa que não se cansa de nos humilhar quando apresenta a realidade como ela é, aí ficamos com cara de curibocas que perderam a sua taba.

E, digo, sem medo de errar que o período governado pelo PT pode ser chamado de República do Lumpesinato. A palavra lúmpen, derivado do alemão Lump, significa, literalmente: que não trabalha, vadio, velhaco, desocupado, improdutivo, segundo o Dicionário Aurélio. E por aí vai, na definição do termo. E essa constatação não é fruto de minha antipatia com essa quadrilha que um dia se travestiu de partido político e que conseguiu enganar e comprar uma nação com migalhas. Ela vem de uma análise pós fato, mas não de um pensamento cíclico como os escolásticos faziam na Idade Média. Não me venham com essa história de “ipso facto, post ergo facto”, ou, “pelo fato em si, logo o fato em si”. Causa e efeito como sendo uma coisa só não atrai a este caeté que está preparando um osso de acém do Bispo Sardinha para comer com milho cozido.

Vejamos alguns exemplos de como a república do lumpesinato se instalou na Caetelândia, está custando a passar e já estou prevendo que vai faltar bispo para todo mundo. A começar pelo chefe, ou Il capo, se preferirem na língua de Dante. A última vez que Lula bateu ponto na vida foi em 1978. Depois disso se aboletou em cargos no sindicato dos metalúrgicos, passou para a direção do PT. De 1979 até o presente, o senhor Lula nunca soube o que era trabalhar, e, por incrível que pareça ajudou a fundar um partido que tem no nome “dos Trabalhadores”. Mas talvez, essa contração prepositiva “dos” ali no nome seja revelador. Não é um partido De Trabalhadores, mas sim Dos… o que significa que tem um dono, cuja atividade laboral nunca foi superior a dois anos da vida.

Lula é o perfeito representante do lumpemproletariado, como o facínora furunculoso tratava essa parcela da classe trabalhadora, ops… do proletariado: um vagabundo inútil e sem participação na vida revolucionária, mas que quer chegar ao topo por qualquer meio, nem que seja usurpando os direitos alheios. Lula é a síntese dessa república lúmpen que quase destruiu o país. E, veja como o facinoroso do Marx tinha razão. Mesmo não trabalhando conseguiu abiscoitar um patrimônio invejável, chegou ao topo da pirâmide social e ainda comandou o pais por 13 longos anos.

O segundo lúmpen que assombrou o país foi José Dirceu. O único trabalho conhecido dele, pelo menos do que tenho ciência, foi como dono de loja de roupas masculinas no interior do Paraná onde era conhecido como “Pedro Caroço” – basta ouvir a música do Grande Genival Lacerda, Severina Xique Xique, para entender essa insinuação -. Afora essa pequena aventura “burguesa” no mundo do trabalho, Dirceu também se escorou na direção do PT, revezando-se como Lula na presidência do partido. Quando não estava na presidência, estava na diretoria, e assim por diante. Saiu para assumir um mandato legislativo e foi escorraçado do parlamento por ladroagem mambembe. Realmente, Dirceu não tinha estofo para andar no meio de ratazanas “pìu grasso” de que o Congresso era composto em 2005.

Depois chegamos à Dilma Rousseff. Essa mesma! Aquela senhora que quando abre a boca, a gramática pede asilo na embaixada de Tuvalu e a coerência se esconde em uma taba Nhambiquara no interior do Mato Grosso. Sabe-se que, quando ela se aventurou no mundo capitalista, abriu uma loja de quinquilharia chinesa, essas lojinhas de R$ 1,99. Em dois anos, período em que o Real estava bombando como meda forte, ela levou a loja á bancarrota. Depois foi alçada por Olivio Dutra, então governador eleito do Rio Grande do Sul, à secretaria de energia daquele estado. Sua política, similar à sua cabeça quebrou o sistema elétrico daquele estado e o consumidor foi obrigado a pagar mais de 30 bilhões de reais em prejuízo causado por aquela senhora.

Afora explodir carros bombas em porta de quartéis, assaltar banco e caminhões na Baixada fluminense e ensinar marxismo aos companheiros da Ação Popular – aí talvez esteja a chave para se compreender porque eles deram com os burros n’água: não entendiam “xongas” do que a professora falava -, atividade produtiva dessa senhora é zero, ou seja, uma perfeita representante do lumpesinato que chegou á cadeira presidencial e, como um boneco de mamulengo fazia o que o capo do partido mandava fazer.

E, por aí vai: José Genoíno, Fernando Haddad – professor que vive não se sabe de que, pois desde 2018 não bate ponto e não sabe o que é uma sala de aula, na sua cadeira na USP -, Gleisi Lula Hoffmann (ela gosta de ser insultada dessa forma), Benedita da Silva, Eleonora Meniccuci, Antônio Pallocci, que é médico sanitarista, mas desde a década de 1980 só se dedicou a curar a falta de estofo financeiro nas burras do partido.

Mas essas são elucubrações minhas. Eu sempre me apego naquilo que Dom Paulo Evaristo Arns dizia: ninguém foge do Senhor do Tempo e do julgamento da história. É possível que, em um futuro ainda distante, quando os efeitos nefastos da administração petistas tiverem passado, algum historiador com um pouco, um pouquinho só de honestidade intelectual poderá chegar a essa mesma conclusão: Uma república de lúmpens se instalou em 2003, quase destruiu o país em sua estrutura, mas envenenou a moralidade, a ética, a política e rebaixou os limites da decência e da honestidade em níveis nunca vistos na história da humanidade.

O que mais me assusta é que eles estão assanhados querendo voltar a qualquer custo ao poder. Ai, Jesus… deixe-me correr… esqueci o acém do Bispo Sardinha no fogo e está queimando. Pense nisso e pense no que eu disse…., se eles voltarem vai faltar Sardinha.

3 pensou em “REPÚBLICA DO LUMPESINATO

  1. Roque do Rei,
    Sou leitor assíduo de quase tudo que se escrevia em jornais, até o dia em que as máscaras caíram e ELES se revelaram na essência, meros militantes petistas (a maioria) e tucanos (os demais). Raríssimas exceções existem hoje na mídia. E havia alguns cujo texto eu lia e relia saborosamente, como a degustar um manjar dos deuses.
    Hoje já não os leio, pois só o nome de alguns já me dá ânsia de vômito.
    Por essas e outras vim parar neste JBF, onde, nos textos politizados de Roque, Adônis e Bertoluci, reencontrei o sabor da fina culinária verborrágica.

    Por essa luz que me lomea, eu li, reli e rerreli seu saboroso texto com um sorriso no canto da boca. O restaurante bertiano anda com uns “cabra digoreste” na arte de bem escrever.

  2. Roque, meu caro, o estrago da cleptocracia “republicana” petista, instalada no comando da nação, ainda vai trazer e mostrar muita sujeira que está debaixo do tapete político.
    O dano causado pelo aparelhamento na educação levará décadas para ser descontaminada.
    Um belo exemplo está nas redações dos veículos de imprensa funerária. Todos os “jornalistas” foram forjados no “laboratório” montado pelo PSOL sob a égide da ” pátria enganadora” durante quase duas décadas.
    Professores, mestres, reitores e orientadores transformaram-se em servis militantes, produzindo zumbis ideologizados, que tanto infelicitam nossa outrora sadia juventude.
    Pode faltar brasa pro churrasco a lá bispo, mas vai sobrar brasa pra canabbis sativa nas nossas universidades.

    • Adiantando meu caro Marcos, a segunda parte desse texto vai tratar exatamente sobre esse tema que você abordou… aguarde

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