FERNANDO ANTÔNIO GONÇALVES - SEM OXENTES NEM MAIS OU MENOS

Tenho quase absoluta convicção que existem pessoas tão complicadas que parecem ter sido geradas em pé numa rede, numa área de muita ventania. E na atual conjuntura mundial, com mil e não sei quantos aperreios sociais, econômicos, financeiros, familiares, regionais, nacionais, fuxicais, comunitários, corneais, raciais e LGBTQIA+, inúmeros estão recorrendo a profissionais especializados não religiosos, buscando orientações seguras de como proceder em determinadas SCs – Situações Complicantes.

Uma iniciativa muito oportuna começa a prosperar no país inteiro, livrando milhões de pessoas de uma virose muito prejudicial ao desempenho existencial de todo ser humano. A Cruzada Contra o Mau-Humor pretende minimizar um estado de espírito que dificulta aprendizagem, entorpece relacionamentos, provoca muita irritação nos ambientes domésticos, causa impotência sexuais e intelectivas, mau hálito brabo e enxaquecas constantes, além de continuados desaparafusamentos intestinais, agregando ainda outras mazelas desagradáveis, incompatíveis com o desenvolvimento de uma sadia existencialidade XXI.

O alerta inicial da Cruzada está assim redigido, devendo ser lido e repassado discretamente para as pessoas contaminadas, vítimas primeiras do seu próprio mau-humor bacteriano:

“Nunca reclame com aspereza, agradeça sempre! Mesmo quando tudo estiver escuro, seja luz, ilumine! Quando tudo estiver por um fio, não estique mais a corda, afrouxe-a para que novas ideias possam emergir. O seu mau-humor em nada melhorará o seu caminho. Pelo contrário, só fará você não ver tudo bem mais claramente. Por isso, sorria sem economizar suas energias. Acostume-se a agradecer e não a obrigar-se. Diga sempre “grato” ou “agradecido”, nunca “obrigado.” Não se obrigue para não cobrar depois. Da mesma forma não se desculpe, nem se coloque na posição de culpado, posto que do culpado ao coitado é apenas um caminho muito curto. Peça perdão se achar que a responsabilidade é sua. Pedir perdão é buscar a liberdade, desculpar-se é tornar-se devedor de quem liberou de suas costas uma culpa irreal. E lembre-se sempre, nos piores momentos, de repetir para si mesmo que tudo também passará. Melhore a qualidade da Vida na Terra. Cuide bem do lugar onde você vive. Cuide bem daquilo que você come. Cuide bem do ar que você respira. Cuide bem da água que você vai beber. Cuide bem das vibrações que estão ao seu derredor. E nunca se esqueça de que o mundo não foi feito só para você.”

Nunca apele para um consumismo compulsivo, tampouco para uma alcoolemia persistente, imaginando-os fatores solucionáticos. Lembre-se sempre que os dois impulsos são práticas induzidas por propagandas sedutoras que proclamam que se deve levar vantagens em tudo, principalmente em meses de celebrações festivas. Os dois impulsos sempre provocam desânimos existenciais, favorecendo saques agressivas nas contas bancárias e grosserias nas relações familiares, inúmeras vezes causando desesperanças, frustações, suicídios e assassinatos.

Como espiritista ainda em fase de alfabetização, helderista convicto, transecumênico radical e sempre se portando como uma sempre aprendiz metamorfose ambulante, a la Raul Seixas, sempre caminho sob duas recomendações feitas pela notável Joanna de Ângelis, orientadora espiritual do talentoso médium baiano Divaldo Franco, exemplo de dignidade comportamental. Ei-las:

“A felicidade advém do autoconhecimento, da identificação do Self com o ego que se adapta às imposições superiores, passando a vivenciar as emoções e os sentimentos de beleza, de harmonia e de tranquilidade.”

“A conquista da felicidade depende de como se espera ser feliz, de quais os fatores que a proporcionam, da mais eficiente maneira de alcançá-la.”

No mais saber mandar à merda as enganações publicitárias, desmascarando-as através de uma pensação sadiamente crítica, solidária, voltada para o bem-estar de todos. Nunca desejando ser o ó-do-borogodó, nem almejando ser canja para nenhuma janja.

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