J.R. GUZZO

O ministro Dias Toffoli.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli considerou provas colhidas nos sistemas da Odebrecht foram “contaminadas”; decisão atinge todos os processos que utilizaram as evidências

O presidente Lula, definitivamente, tem uma neurose complicada com a noção geral de justiça. Já conseguiu do STF, TSE e coisas parecidas tudo o que um cristão poderia querer, mas não fica contente com nada. Saiu da cadeia, onde estava há vinte meses cumprindo pena por sua condenação pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, porque o STF anulou a lei que estabelecia a prisão fechada para condenados em segunda instância.

O mesmo tribunal declarou extintas as ações contra ele, criando um novo instituto no Direito brasileiro – a “descondenação”. O condenado não é absolvido, mas a partir daí “não deve nada à Justiça”, de acordo com os jurisconsultos da TV Globo. Lula obteve também uma declaração judicial de que o juiz que o condenou, o atual senador Sergio Moro, não foi “imparcial”.

Conseguiu do TSE a decisão de que o seu principal adversário não pode mais disputar eleições. Conseguiu, ali mesmo, a cassação do deputado federal que foi promotor na sua condenação. Conseguiu agora uma declaração de que foi vítima de “um dos maiores erros judiciários da história do país”. É cômico, mas é assim que o STF se comporta em tudo o que tenha a ver com Lula.

O autor desta última proclamação judicial a favor de Lula é o ministro Dias Toffoli – advogado do PT, nomeado pelo próprio Lula para o STF e repetente, por duas vezes seguidas, no concurso público para juiz de Direito. Ele não apresenta nenhum fato objetivo para explicar de maneira coerente que erro foi esse. O despacho que deu é apenas um discurso político, escrito em mau português, desprovido de raciocínio lógico e sem sinais visíveis de vida inteligente. Mas quem está interessado nesse tipo de coisa? Lula não tem preocupação nenhuma com a qualidade jurídica dos manifestos que o STF lança em seu favor. O que exige, e obtém sempre, são esses certificados sucessivos de bom comportamento – é a sua ideia fixa, que não dá sinais de estar em processo de cura.

Para o que, afinal, serviria esse esforço todo? Não se sabe. Não é, certamente, para convencer ninguém da sua inocência; Lula não põe o pé na rua há anos, e muito menos hoje, com medo de ser chamado de ladrão. Não adianta nada o STF fazer o que faz. Na verdade, parece ser o contrário: quanto mais a “suprema corte” diz que Lula é inocente, quando mais gente acredita que ele é culpado.

Também não há necessidade nenhuma de ficarem repetindo essa mesma história para mostrar ao PT que o presidente não fez nada de errado; foi, apenas, vítima de uma conspiração universal por parte dos inimigos do “Estado de Direito”. A esquerda brasileira nunca vai acreditar em qualquer denúncia de corrupção contra Lula – nem se ele mesmo, em pessoa, aparecer na televisão e confessar em público que roubou. As classes intelectuais não acreditam. A maioria dos jornalistas não acredita. O papa Francisco não acredita. Não precisam do STF, e nunca vão precisar, para que continuem achando exatamente o que acham.

4 pensou em “QUANTO MAIS A “SUPREMA CORTE” DIZ QUE LULA É INOCENTE, MAIS GENTE ACREDITA QUE ELE É CULPADO

  1. Tófinho deve ter recebido a missão do Chefe.

    “Missão dada, missão cumprida” disse o “amigo do amido do meu Pai” na planilha da Odebrecht.

    Nem para passar em dois concursos de juiz de 1ª instância Tóff prestou, mas abaixa as calças e faz genuflexão como ninguém.

  2. Não é que não acreditem que o chefe é ladrão. Eles têm certeza.
    O que fazem na verdade é se mancomunar com ele e juntos desfrutarem do produto do roubo.
    Esse pilantra recebeu um alvará de funcionamento do seu esquema de rapinagem. E vai continuar funcionando, independente da indignação popular. Só temos uma chance: os sócios desistirem dele por um esquema melhor. E que chance! Trocar o nojento por algo ainda pior.
    E o Brasil? Ora, esse é apenas o nome do puteiro.

  3. A nossa Suprema Corte “ERA” um colegiado de 11 ministros. Dividiu-se em turmas e transformou-se em onze juízes, que tomam decisões como bem entendem e “nem olham” para a Constituição Federal. Pobre constituição que está jogada as traças!

  4. Pingback: O NOME DO PUTEIRO | JORNAL DA BESTA FUBANA

Deixe uma resposta