ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

Henry Kissinger (1923-2023) disse certa vez, que a América Latina se assemelhava a uma adaga enfiada no coração da Antárctica – para bom entendedor de diplomatiquês, a linguagem falada na diplomacia, era que ela, América Latina, no jogo geopolítico internacional, não tinha relevância alguma. Todavia, neste ano de 467 d.S. (depois de Sardinha), parece que as coisas estão esquentando para o lado de cá, do Rio Grande.

Digo isso, porque como Violante Pimentel me conhece, não sou dado a exercícios de futurologia, ou mesmo a potoquices em assuntos da qual eu não domino. Diferente daquele ser aparentado com um ET, e que agora deu de fazer exercício de sociologia, economia, antropologia e história em uma mesma frase, produzindo um amontoado de bobagens, que nem ela mesma entendeu, mas que a patuleia, pronta para bater palmas para qualquer sandice que ela diga, eu prefiro lamber meus beiços com o chã de dentro do honorável bispo, enquanto me aquento na fogueira irracional que nos consome aos poucos.

Com um maluco sentado na cadeira de Caracas e um inimputável com atestado sentado cá em BrasILHA, a Botocúndia, ou Pindorama para os mais antigos, ou ainda Brasil para os mais mudernos, nós, de todas as nações indígenas que formam esta imensa taba nacional estamos prontos para perder. E, perder território, por causa da gula de um insano e inação de um tolo movido a cana. Calma, meu caro caeté e outros botocudos, eu explico.

A situação da região chamada Essequibo, que pertence à Guiana, cujos olhares cúpidos e desejosos do gigolô da fome alheia de Caracas, coloca o Brasil em uma situação delicada que pode nos levar a perder um bom bocado do território nacional, mas disso não nos damos contas. Há coisas mais desimportantes e mais chatas sendo veiculadas nas fofocagens e torcidas de rádio e televisão, do que aquilo que realmente importa, não somente para nós, mas para as gerações futuras.

A região de Essequibo, desejada pelo taradão de território alheio é uma imensidão de floresta, sem vias de transportes, sem infraestrutura e sem proteção efetiva por parte da Guiana, dependendo esta, muito mais da boa vontade de países estrangeiros, do que de si mesma para sobreviver a uma tentativa de invasão. Por outro lado, a Venezuela, caso queira mesmo pagar para ver e anexar aquela região só existe um caminho viável para deslocar tropas por terra: invadir o território brasileiro com seus soldados, aproveitando a precária, mas existente infraestrutura de Roraima para poder chegar onde quer.

Surge, nesse palco um complicador e um descomplicador para as intenções do Maduro. O complicador é que aquele amontoado de bobagens a qual damos o nome de Constituição Federal de 1988 proíbe o trânsito de força armada estrangeira em território nacional, a não ser em casos específicos e em missão de paz. No entanto, como nossas Frouxas Armadas estão mais para melancia do que azeitona, é bem provável que nada farão para impedir essa força em marchar pelo território nacional para agredir outro país.

Contando o apoio que o gigolô da fome alheia de Caracas tem no presomente brasileiro um aliado de primeira hora, dificilmente haverá oposição para que essa força não marche pelo território nacional. Mesmo que o Congresso brasileiro faça alarido, uma transferência via pix, do “pìu grasso” orçamento, os deixará mais quietos e menos rebeldes. Trocando em miúdos, caso a Venezuela decida mesmo invadir a Guiana, a avenida estará aberta e pavimentada para que isso ocorra, e pelo território brasileiro.

O descomplicador vem logo em seguida, e foi um presente dado à Maduro pelo próprio governo brasileiro: chama-se Raposa Serra do Sol, uma reserva indígena, em região de fronteira internacional que virou terra de ninguém. Não há presença de força armada, não há presença fixa de brasileiro naquela região, não há monitoramento, não há vigilância. Basicamente é uma área com o mesmo tamanho de Portugal entre duas nações e que, nominalmente faz parte do território brasileiro, mas nenhum governo nacional se importou em marcar presença ali, ainda que aquele pedaço de chão seja, nominalmente território nacional.

A ação mais lógica, no caso venezuelano é que, para ela chegar a Essequibo terá que, primeiro, anexar parte de Roraima – Raposa Serra do Sol é fava contada. É Brasil, mas sem Brasil. Logo, em seguida, terá que abrir flanco até a fronteira com a Guiana, já em território nacional, e para isso, precisa anexar outra parte ainda maior de Roraima para poder chegar à fronteira, aproveitando-se da precária, mas ainda assim, existente infraestrutura daquele estado. Não se faz anexação apenas com aviação. É preciso movimentar a infantaria – tropa terrestre -, fazê-la andar por um território em segurança e com apoio da intendência, ou seja, aquele pessoal responsável pela comida, para que as tropas permaneçam em pé. Raposa Serra do Sol é essa avenida aberta para que tropas estrangeiras marchem pelo Brasil, e logo depois toda a parte norte de Roraima.

O corolário de toda essa “bocagem” de um caeté sem nada o que fazer é bem simples: O Brasil está pronto para perder parte de seu território se o Maduro se aventurar em anexar Essequibo. E, daremos, de mão beijada, um bom pedaço do território nacional para quem, de fato, está por trás de toda essa movimentação: Rússia e China. Adieu Roraima! Perde Brasil!

2 pensou em “PRONTOS PRA DIMINUIR

  1. No fiapo de esperança que mantenho vivo, acredito que, mais que uma questão de solidariedade da comunidade britânica (Guiana é parte) ou dos Estados Unidos, a questão econômica vai definir que o podre, digo, maduro, não terá coragem de se meter.
    E se considerarmos a riqueza da região, maduro vai cair não de podre mas pelo “enguiano”.

  2. Nonato. Eu espero que ele cometa essa loucura e a Grã-Bretanha, da qual a Guiana faz parte na Comunidade de Nações, aliada aos Estados Unidos, deem uma um sacode no Gigolô, e ainda sobre uns puxões de orelha para o sapo barbudo. To babando por isso.

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