“A astúcia dos pobres não é nada, se comparada à picaretagem dos poderosos”.
O poder é o demônio do homem. A sede do poder é mais forte do que a fome e outras necessidades básicas. Pela disputa do poder é que se faz a guerra.
O homem pode ter saúde, alimentação, divertimento, moradia, mas, mesmo assim, o que ele mais deseja na vida é o poder. O demônio do poder está sempre lhe atentando e quer ser satisfeito.
Lutero disse: “Se nos tiram o corpo e haveres, honra, mulher e filhos, bom proveito lhes faça. – não nos hão de tirar o poder.”
Segundo Nietzsche, o poder tem escalas: o poder do pai, do Estado, do chefe e do subchefe, o poder, enfim, que explica todas as formas do mal que vulgarmente é centralizado no demônio – o demônio do homem, que o leva a comer o fruto da árvore do Bem e do Mal para ser poderoso igual ao Deus que o criou.
É na vida política, que o demônio do poder mais se manifesta. O maior explora o menor, o menor explora o mínimo, e o mínimo busca outro mínimo a explorar.
Até mesmo na vida particular de cada um, o poder é o objetivo final de cada ação, por mais simples que seja. O poder do marido sobre a mulher, do guarda sobre o motorista, do motorista sobre o transeunte e, evidentemente, de um presidente de empresas ou da República sobre seus subordinados e sobre a nação.
O demônio do poder está no embrião de todo o processo político, das alianças e das rupturas. Aparentemente, há limites legais para o exercício do poder, mas, no subsolo das paixões, tudo é permitido, desde que, guardadas as conveniências de ocasião, o demônio que está a rugir em volta sempre faz mais um súdito.
Não se deve chutar cachorro atropelado. É uma maldade. Há um entendido de uma rede de TV, que a toda hora, nos debates políticos, diz ao vivo e a cores, não gostar do ex-presidente da República, e chega a lembrar o holocausto dos nazistas contra os judeus, desejando-lhe uma prisão perpétua ou pena capital. Se o poder estivesse nas mãos desse endemoniado, o ex-Presidente estaria “perdido”.
Mas o feitiço sempre vira contra o feiticeiro. E a lei do retorno faz com que o mal que se deseja a alguém retorne em dose dupla.
Pois bem. Há dois mil anos, o filósofo grego Diógenes saiu de casa, com uma lanterna na mão. Como o sol brilhava naquela manhã, todos perguntavam a ele a razão de levar uma lanterna e por que fazia isso. Diógenes respondia: “Procuro um homem.”
Diz a lenda que não encontrou nenhum homem nas ruas, nem nos lugares públicos. Todos eram incompetentes ou corruptos.
Alguém que já ocupou, honestamente, importantes cargos públicos no passado, hoje não aceitaria mais exercer nenhum cargo, pois a corrupção se alastrou e a contaminação é grande. A ganância e a inveja continuam ocupando os corações dos homens.
Querida Violante, minha musa semanal: até parece que combinamos escrever sobre políticos e poderes. Suas análises são precisas e representam igualmente meus pensamentos sobre tudo isso que aconteceu, acontece e vai acontecer neste mundão de meu Deus.
Parabéns pela sapientíssima crônica.
Tenha um dia lindo, cheio de saúde e paz.
Beijão estralento cheio de Diogenuntes.
Obrigada pelo generoso comentário, querido Magnovaldo!
Nestes tempos de tanta maldade, agressividade e espírito de vingança entre os político0s, vemos a grandeza e a verdade da .célebre frase de Rui Barbosa, proferida em 14 de dezembro de 1914:
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”
A decepção com o sistema político brasileiro é tão grande, que cada político é um inimigo do povo, em potencial..
Que Deus nos acuda!!! Está difícil separar “o joio do trigo”
Desejo a você, também, um lindo dia, cheio de saúde e paz, além de “um beijão estralento, cheio de Diogenuntes”..
Grande abraço!
Violante,
Parabéns por abordar um tema tão árido quanto o poder político demonstrando conhecimento histórico. Concordo que o poder produz uma forte atração em políticos corruptos. Eles dizem que o dinheiro vicia e por mais que consigam sempre querem mais. O assunto é tão desagradável que parece uma ficção, então transcrevo, abaixo, uma piada de autoria desconhecida para descontrair.
ELEIÇÃO NO INFERNO
Certo dia, um famoso político sai para comprar pão e, quando vai atravessar a rua, é atropelado e morre.
Ao chegar no Paraíso, São Pedro diz:
— Vamos fazer o seguinte: você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.
Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce até o Inferno. A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe, onde estão todos os seus amigos e outros políticos.
O político é cumprimentado, abraçado por todos. Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo dançando e contando piadas.
Ele se diverte tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora. Ele sobe e a porta se abre outra vez.
São Pedro está esperando por ele. Agora é a vez de visitar o Paraíso. Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando.
— E aí ? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna – diz São Pedro.
Ele pensa um minuto e responde:
— Olha, eu nunca pensei… O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno.
Então, São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce de novo. A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio, cheio de lixo. Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho. O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do senador.
— Não estou entendendo, – gagueja o político – Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!
O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:
— Ontem estávamos em campanha. Agora, já conseguimos o seu voto…
Desejo um final de semana pleno de paz, saúde e harmonia
Aristeu
Obrigada, Aristeu, pelo gratificante comentário, e por compartilhar comigo esta história hilária, sobre o céu e o inferno.
A ficção retrata a realidade dos políticos, que prometem mil realizações durante a campanha eleitoral e depois que se elegem, as promessas vão para o “tinteiro”. rsrsrs.
Depois de eleitos, a conversa é outra…
Desejo a você também, um final de semana, com muita paz, saúde harmonia..
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Sem dúvida, Violante!
O Poder é o afrodisíaco supremo. Todos os homens que ascenderam democraticamente a ele e que possuíam no DNA o gene da tirania, não resistiram e se tornaram ditadores cruéis, sanguinários, assassinos.
A história a está aí para não deixar equívocos e omissões! Benito Mussolini (1883-1945), Adolf Hitler (1889-1945), Stalin (1878-1953), Fidel Castro (1926-2016), Mao Tsé-Tung (1893-1976), Idi Amin Dada (1920-2003), Pol Pot (1925-1998), conhecido como o maior assassino da história da humanidade.
O que seria desses homens sem o poder? Nada!
Parabéns pela crônica Poderosos Endemoniados!
Xêros e abraços com muita saúde e fé!
Obrigada pelo comentário gentil, querido Ciço Tavares!
Realmente, “o Poder é o afrodisíaco supremo”. E a luta pelo Poder resulta na tirania.
Como disse você:
“A história está aí para não deixar equívocos e omissões! Benito Mussolini (1883-1945), Adolf Hitler (1889-1945), Stalin (1878-1953), Fidel Castro (1926-2016), Mao Tsé-Tung (1893-1976), Idi Amin Dada (1920-2003), Pol Pot (1925-1998), conhecido como o maior assassino da história da humanidade.”
Atualmente, estamos assistindo o desenrolar de outras ditaduras, como a da Rússia, Coréia do Norte, China, Nicarágua, Venezuela e outras.
Xêros e abraços com muita saúde e fé, para você também!