A PALAVRA DO EDITOR

O maior perigo do governo de Jair Messias Bolsonaro mora precisamente nisso: o seu sucesso.

Com a melhora de resultados na economia e outros indicativos favoráveis no governo de Jair Messias Bolsonaro, vemos, ao lado dos efeitos positivos, a elevação do tom de voz da extrema-direita, animada por acreditar estar com tudo para calar a boca dos adversários.

Se esse é o governo-maravilha, que garante ser, assegurando, até, ter vencido o primeiro ano sem um único caso de corrupção, pode a extrema-direita bater no peito e assegurar que seus métodos são os corretos.

O fato é que os piores instintos do ser humano, que estavam escondidos ou disfarçados, sentem-se agora à vontade para vir à tona com mais força e, até, com orgulho, uma vez que os extremistas se julgam guardiões de patriotismo, nacionalismo, religiosidade e conservadorismo, bem como próceres na luta contra a corrupção.

O agravamento de preconceitos, a minimização das lutas e conquistas ambientais, o estímulo à violência são vendidos à população como valores, uma vez que quem os pratica está fazendo o que se diz ser “um bom governo”.

Floresce o discurso contra os direitos dos índios e negros, ameaçam a posse de suas terras, armam-se os fazendeiros, cresce o entendimento de que direitos humanos são só para humanos bons, aumenta a crença de que bandido bom é bandido morto, por aí vai.

Caso se confirme que o atentado à produtora de vídeos Porta dos Fundos foi realmente feito por quem o assumiu – um tal de Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira – teremos a noção clara de que o Efeito Bolsonaro chegou a elevado grau de periculosidade.

Ao mostrar as suas garras, o Integralismo e o Fascismo não deixam dúvidas de que com Jair Messias Bolsonaro vendendo a sua alma ao diabo a extrema-direita trará ao Brasil um desenvolvimento dos infernos.

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