Um microconto
Certa noite, eu já deitada, perdida em meus pensamentos a embalar-me numa rede…
Eis que de repente, não mais do que de repente, toca insistentemente o telefone em sua base fixa, preguiçosamente levanto-me para atender.
Sonolenta pego o aparelho e me surpreendo:
– Alô, quem fala?
– Aqui, é a amante do seu marido!
Nessa hora tive vontade de rir e quase gargalhei, mas compenetrada respondi:
– Olha, querida, se fosse a esposa do meu amante eu até te daria um papo, mas…
Desliguei o telefone, voltei para meu ócio noturno, com o pensamento em novas e emocionantes tardes…
Dalinha, sempre balan;ando na rede. Tacando o p[e na parede para pegar impulso, enquanto olha para os caibros do telhado para ver se a ~briba~ vai cair.
E já vi cair, Seu José: ” Lá de cima do telhado/ caiu uma lagartixa/ É carne que não se come/ É couro que não se espicha/ E mulher que andar de saia/ Tenha cuidado com a bicha”
Dalinha , sempre deixando o meu pensamento voar .
Meu pensamento é um eterno voador, também, vivo fazendo firulas no ar.
Parabéns, querida poeta e declamadora Dalinha Catunda, pelo excelente microconto.
Adorei a resposta hilária e genial, que você deu à “passadora de trote”, que quis lhe perturbar….kkkkkk. Bom demais!!!
Pois é amiga, não me senti a pessoa procurada. Bjs e obrigada pelas palavras de incentivo.