DEU NO JORNAL

Leandro Ruschel

Nos últimos dias, uma catástrofe assolou o sul da Califórnia, mais precisamente a região de Pacific Palisades, uma das áreas mais privilegiadas do país, que concentra várias celebridades, como Reese Witherspoon, Ben Affleck, Jennifer Garner e Steven Spielberg.

O incêndio já destruiu mais de mil casas e provocou a evacuação de mais de 70 mil pessoas, além de ter resultado em 5 mortes. Infelizmente, a expectativa é de que esse número aumente. Agora, o fogo se espalha por outras partes da cidade, ameaçando uma das regiões mais densamente povoadas dos EUA.

Como sempre, a militância jornalística apontou o “aquecimento global” como principal culpado. No entanto, tudo indica que as mudanças climáticas das últimas décadas têm pouca ou nenhuma relação com o verdadeiro problema: a catastrófica incompetência da extrema-esquerda, mais preocupada em manter uma agenda ambientalista radical e em adotar políticas de “inclusão” e “combate ao racismo”.

O que mais chamou atenção nesse incêndio em LA foi a aparente ineficácia dos bombeiros. Ontem, o jornal LA Times divulgou conversas de rádio que deixam claro o motivo: não havia água nos hidrantes. Posteriormente, a companhia de abastecimento reconheceu o problema, mas alegou estar trabalhando em uma solução.

Também veio à tona que a prefeita da cidade, a extremista de esquerda Karen Bass, cortou o orçamento dos bombeiros em mais de US$ 20 milhões no ano passado. Enquanto o fogo avançava em Malibu, Bass estava fora do país, participando da posse do novo presidente de Gana.

A chefe do departamento de bombeiros, por sua vez, se apresenta na página oficial da corporação como a “primeira mulher LGBTQ” a assumir o cargo. A revista Newsweek informa que ela foi escolhida depois que o antigo chefe, Ralph Terrazas, renunciou devido a denúncias de “sexismo e racismo” no departamento.

Por sua vez, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, está sendo acusado diretamente pelo presidente eleito Trump de “grosseira negligência”. Trump relatou no podcast de Joe Rogan, antes mesmo das eleições, que Newsom se recusou a assinar um projeto federal que aumentaria a oferta de água para a região — afetada por secas constantes — para proteger uma pequena população local de peixes, sob risco de extinção.

Trump também afirmou no podcast que a Califórnia não realiza o manejo adequado das florestas, proibindo qualquer tipo de corte de lenha, o que torna o ambiente propício a grandes incêndios. Em postagens recentes, ele defendeu a renúncia de Newsom.

O geólogo Jon Keeley, que estuda os incêndios na Califórnia há mais de 40 anos e trabalha para o governo americano, assegura que os incêndios não têm nada a ver com “mudanças climáticas”.

Segundo ele, os principais fatores são o zoneamento da cidade — que eliminou áreas que serviam como barreiras naturais para conter o avanço do fogo (um problema recorrente na região há séculos) —, a falta de manejo da vegetação e a falta de recursos e prontidão dos bombeiros.

Para piorar, muitas das pessoas afetadas não têm mais seguro de suas casas devido ao aumento dos preços nos últimos anos. Os democratas impuseram forte regulação, exigindo coberturas maiores, com prêmios tabelados, o que fez diversas seguradoras abandonarem o estado.

Em suma, trata-se de um desastre natural cujos efeitos foram agravados pela incompetência da esquerda, mais interessada em promover agendas eleitorais destrutivas do que em conduzir uma gestão minimamente eficiente.

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