XICO COM X, BIZERRA COM I

Poetas dormem abraçados com as palavras, acariciando-lhes ternamente sob o mesmo manto, embaixo do mesmo lençol. Despertas, essas palavras viram Poemas. Ou Contos. Ou Crônicas, como esta. Às vezes, de tantas, transformam-se em longos Romances. Uns escritos terão a sorte de serem lidos e até admirados. Alguns, pelo azar bafejados, esconder-se-ão nas veredas escuras dos livros nunca abertos. Outros mais, menos sorte que aqueles, sequer terão despertado o interesse de Editores ou Editoras e, anônimas palavras, assim permanecerão, impedidas de provocar emoção em quem as pudesse ler, íntimas, apenas, de quem um dia as juntou com cuidado e carinho. Os que alcançam a ventura de verem suas palavras publicadas terão que se submeter aos ‘donos da verdade literária’ (menos mal que hoje são poucos pela falta de quem os leia). São julgadores que, por ciúme ou inveja, irão hostilizá-los, com críticas infundadas e sem substância cognitiva. E assim vai-se escrevendo até o dia em que a certeza supere a leve impressão de que não vale a pena acordar as palavras. Deixá-las dormindo, penso fazer. Muito em breve.

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