O delegado Marcelo Marinho de Noronha, preso nesta sexta-feira (4) por tráfico de drogas, produzia maconha “em escala industrial”, segundo relato da Polícia Civil à Justiça do Distrito Federal.
A declaração consta na ata da audiência de custódia que determinou a prisão preventiva do servidor.
Em uma chácara da família do policial, a Corregedoria-Geral da corporação apreendeu 128 pés de maconha.
Pés de maconha apreendidos em casa de delegado da Polícia Civil do DF
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Num país que tem no seu órgão supremo da justiça o time de urubus que nós bem conhecemos, um delegado da Polícia Civil traficando drogas, em plena capital federal, não chega a ser uma notícia absurda.
Um encarregado de combater o crime, praticando crime.
Em se tratando da República Federativa de Banânia, tem lógica, faz sentido.
O policial descumpriu a lei.
Assim como se fosse, digamos e tomando como exemplo, se ele, o delegado, determinasse que Maia e Alcolumbre poderiam ser reeleitos para as presidências da Câmara e do Senado.
O policial, se comparado com a cúpula do poder judiciário, tá lá embaixo na ordem hierárquica.
Cometeu um crime de somenos.
Não chegou a descumprir a Constituição.