COMENTÁRIO DO LEITOR

Comentários sobre a postagem A GERAÇÃO DOS FONES DE OUVIDO

Comandante:

O artigo de Puggina me fez embarcar na máquina do tempo até os anos 60 e 70.

Ele descreve exatamente o que testemunhei e vivi à época no mesmo Colégio Júlio de Castilhos, de Porto Alegre: a participação nas passeatas, o grêmio estudantil (depois transformado em centro de estudos, para ser tolerado pelo regime), as assembléias, os debates acalorados, o Pasquim, as abundantes melenas.

Geração de alienados? Nem um pouco.

Hoje, ao cumprimentar uma jovem no prédio onde moro, ela nem percebeu minha presença: estava com fones de ouvido, imersa num mundo à parte.

A última frase do artigo é uma definição emblemática da atualidade: hoje, na política, temos a apatia dos jovens de fones de ouvido.

Nas universidades, os jovens (às vezes nem tanto) são militantes cooptados pela máquina do pensamento único.

Não há debate: a livre expressão está interditada aos que não concordam com a orientação totalitária.

Se isso acontece nos locais onde a troca de idéias deveria ser a regra, no restante temos a mediocridade da lacração, das fofocas inconsequentes, da arte analfabeta.

Como construir um país com material humano tão medíocre e bases tão movediças?

2 pensou em “NA MÁQUINA DO TEMPO

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