JESSIER QUIRINO - DE CUMPADE PRA CUMPADE

Hoje, tomei uma lapada de cana em jejum.

Vamos aos fatos. Fui tomar uma porra dum comprimido (de uso adulto e pediátrico, e só tinha UM). Pois esse fela-da-puta escapuliu do meus dedos; pulou no chão, manobrou na cadeira, imburacou na cozinha, fez duas carrapeta; e parou de cócora no estacionamento do fogão. Eu pensei de um ouvido pro outro:

– Esse comprimido só pode ser de menino.

Peguei o danado bem direito, botei no “M” da mão, e ele ficou lá sentado; branco que ara ver um Buda de gesso. Eu ainda pensei em dar-lhe um peteleco…

Respirei fundo disse-lhe:

– Tu tava procurando o Corona-vírus era fresco???

E ele: “Ehhhhh! Por que num-sei-que!”

Num tinha outra coisa a fazer, pensei: “eu tenho que tomar esta merda porque é uma receita lá da casa de carái.” Botei o microscópio dos óculos e num vi nenhuma bandeira chinesa nem micróbio. Mas, como o tempo tá pior do que praga de madrasta ruim, eu resolvi engolir com uma de cana.

Botei uma lapada de cachaça (da BOA do Brejo paraibano), duas babas de álcool-gel setenta, uma colher de mel de jandaíra e mei limão. Sintonizei aquela música “Que queres tu de mim” de Altemar Dutra, e tomei aos lamberes de beiço e língua estalada.

Pense num comprimido abençoado?!

Foto do colunista

4 pensou em “MEU CAFÉ HOJE FOI CACHAÇA

  1. Esse contorcionismo do comprimido que pulou da mão de Jessier Quirino para só ser engolido com uma taralaga de cachaça da Boa, do Brejo da Paraíba, me lembrou o contorcionismo do motorista de a crônica “A Manobra da Carreta”, contido no livro “A Prisão de São Benedito e outras histórias”, de Luiz Berto, que mobilizou a cidade toda para ver o carreteiro todo suado frente ao desafio de botar a carreta nos trilhos.

    Ainda bem que ele (o comprimido) simpatizou com a cachaça da Boa, porque senão ele teria ido parar na “boca” do corona vírus, esse safadim que está deixando todo mundo em quarentena, menos a China que o jogou no mundo!

    Ah! Fela-da-puta!

    Grande causo, Jessier! Valeu!

  2. oooooooooo meu poeta

    eu também todo esse comprimido e as vezes ele foge do m de Maria da minhão.
    e o “bixo” já cai virado na besta fera, rodando pela casa mais que carne mal passada na boce de banguela.
    pensa num sujeito com vida própria.

    abraços

    • oooooooooo meu poeta

      eu também tomo esse comprimido e as vezes ele foge do m de Maria da minhão.
      e o “bixo” já cai virado na besta fera, rodando pela casa mais que carne mal passada na boca de banguela.
      pensa num sujeito com vida própria.

      abraços

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