ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

Chamava-se Mariluce e desde pequena fora uma criança feia….muito feia….As más línguas diziam que ela não chorava….miava… mas, deixa isso para lá! Isso são fofocas dos tempos de antigamente que a molecada contava e as fofoqueiras do bairro tratavam de “espaiá”.

Conheci Mariluce na escola… aliás, conheci não! Tomei um susto no primeiro dia do ano, quando a criançada abre o berreiro não querendo ficar em sala de aula, e a “tia”, com a paciência de um faquir tenta colocar a garotada em sala. Aliás, alguém já parou para pensar por que as professoras são chamadas de “tias”? Olha, se alguém souber me avisa, tá?. Santa Cacilda, pensei…. aquilo não era uma menina…. era uma praga rogada em cima de algum desafeto.

Mas, nada que o tempo e a convivência não aplaquem… aliás, essa conversa fiada de inclusão, de tolerância, de politicamente correto é tudo peido…. daquela nossa época de antanho, quando se amarrava cachorro com linguiça, a convivência fazia as pessoas se acostumarem uns com outros. E, até mesmo esse tal de bullying, no nosso tempo chamávamos de “mulação”, todo mundo se divertia e ninguém ficava traumatizado. Trauma hoje é só para essa gente frouxa criada a pão com chá que por qualquer coisa corre para psicólogo. No meu tempo, psicólogo se chamava mertiolate, e daqueles que ardiam…

Aliás, nesse tempo, nas cidades pequenas, meninos e meninas até seus doze, treze anos, tomavam banho nas cacimbas, nas nascentes e nos açudes e ninguém sem se apercebia que uns estavam de cuecas e outras de calcinha… não havia essa maldade nos olhos. Até mesmo em idade mais avançada tiquinho mais, jogar bola, pião, soltar pipa, meninos e meninas faziam juntos. Até mesmo Mariluce. E quando ela perdia em uma disputa, as longarinas do sujeito que a venceu de forma desonesta saiam com sérias avarias, necessitando mesmo de um lanterneiro, com urgência.

Bem, crescemos… e sempre estudando juntos…., na mesma série, na mesma turma lá se foi o Primeiro Grau – assim se chamava – ,o Segundo Grau… e a Mariluce na mesma toada que o resto da turma. Apesar da feiura se acentuar com o tempo, eu até gostava dela, pelo menos era uma companhia que, quando estava por perto, com certeza nossos pensamentos estavam na Jerusalém Celeste – ficou vesga, nariz adunco, monocelha, mancava de uma perna e não era chegada a banho…. A turma não via a hora em que ela seria eleita deputada pelo PT, ou então, ser nomeada chefe de alguma repartição pública, pois a dita cuja tinha espírito de sargento de cavalaria reformado.

E do segundo grau fomos para o cursinho, daí para o vestibular – e, por azar do destino, fomos ensalados no mesmo prédio. Até parecia que, Dice, querendo me dar um passa-moleque resolveu fazer daquele cracajá de pente minha nêmesis, mas, por incrível que pareça eu gostava da companhia dele. Era amiga mesmo. Até a gozação da molecada era divertido para ela. Talvez por isso, nunca nenhum apelido conseguiu ficar atarrachado nos chifres dela – chifres de maneira metafórica, pois nem o “boi zebu” queria algo com ela.

A coisa séria aconteceu foi na faculdade. No primeiro dia de aula. Ela passou bem colocada no vestibular para fazer pedagogia e eu fui estudar Direito. Aliás, fazer pedagogia era uma desculpa, o negócio dela era se alistar mesmo na Infantaria do Exército brasileiro, mas na condução de obus. Pois bem, na faculdade, recepção aos calouros, o famigerado trote, a turma inscrita no sindicato da gozação, ao ver Mariluce lascou…. de primeira, certeira e para sempre: “Espanta Caralho”.

16 pensou em “MARILUCE

  1. Estudei, nos anos 80, com uma figura assim: feia!!! Irremediavelmente feia!!! Era tão feia que eu vi a hora dela se tornar presidente da república!!! Aliás, vocês conheceram uma presidanta assim, feia; o cão chupando manga; o troço; sem beleza, disforme, desproporcionada, desengraçada, esquisita, feda, feiosa, hedionda, horrorosa, mal-apanhada, mal-apessoada, malconformada, malfeita, malparecida, malproporcionada, espantosa, desabonitada…
    E outra: a figura acima que estudou na mesma sala que eu, dava pra todo mundo. Mas, se fosse comer, tinha que jogar um pano na cara da dita cuja!!! Vôte!!!

    “Mulher feia, é bonito, né??” (Jayme Ovalle, em O Santo Sujo, acerca de sua mulher, Virginia Peckham, escritora, feia, feia, feia…)

    • Maurino, segundo as sábias palavras do Batoré, o humorista, e não o político do Amapá, mulher feia é melhor que mulher bonito, pois quando um homem pega ela, acha que é a última vez que vão comer ela, então capricha na bimbada. Mas, nessa história eu sou apenas espectador. Esse negócio de pegar mulher feia é coisa de nego malassombrado e malapessoado. Como dizia nosso gigante poetinha… “as muito feias que me desculpem, mas beleza é fundamental”.

  2. Vou cometer um ato deliberadamente politicamente incorreto kk mas por uma boa causa.
    O nome dela era Vormênia. Pelo nome vcs adivinhem o restante.
    Por onde andará?

      • Uma de minhas amantes quadrigêmeas filipinas está grávida de uma menina. Taí, Vormênia é um belíssimo nome.

        Falando em namorada… Sancho na mocidade namorou a Neide Dragão e levou porrada de seu irmão, Paulo, que também estava namorando a Neide Dragão.

        • Namorar a Neide Dragão até que foi fácil Sancho… sair no estapeamento com o irmão por causa do Dragão, de duas uma: ou os dois estavam na seca da porra, ou não sabiam as mil e uma utilidades da mão….

  3. Meu amigo Roque,

    Nessa comparação, você perdeu feio para mim.

    Estudei o 2o grau em uma escola técnica federal, na modalidade de mecânica.

    Dizíamos, naquela época, que haveriam dois tipos de mulher: As normais e as que estudavam mecânica. Nossas poucas colegas possuíam a aparência .de uma lambreta atropelada por uma jamanta. Eram todas do tio magistralmente descrito por ti.

    Já na escola de engenharia, deu-se uma epifania! Tínhamos apenas umas 3 ou 4 colegas do sexo feminino. A característica que as nivelava era o fato de serem todas ABSOLUTAMENTE LINDAS!

    A galera simplesmente babava a camisa por elas. Era uma disputa desgraçada para ver quem iria conseguir alguma coisa com uma delas. Quando o cara estava começando a se animar, todos os demais se uniam para destruir qualquer possibilidade de maiores intimidades.

    Puro ciúme, é claro! E em mais alto grau.

    Lá pela metade do curso, todas elas haviam se tornado algo assim como uma “irmãzinha” da galera da engenharia. Tanto carinho por elas que não dava para rolar mais nada.

    Não sei como terminaram. Só sei que, a cada vez que encontro algum colega daquela época, os caras continuam apaixonados por elas. Vi recentemente a foto de uma delas num programa de perfis. Estava uma belíssima coroa. Viúva, os filhos criados, ainda pensei de me aproximar. Ao final, tive medo de quebrar aquela visão idílica e deixei pra lá.

    • Desculpem os amigos, mas (horrorífico mas), no quesito “belezura” a Neide Dragão era imbatível.

      Assustava e exorcizava, sem nenhum demérito, fantasma de casa “malassombrada” na Pensylvânia.

  4. Putz. Que o negócio aqui pegou. Cada um conhece um feia de lascar. Vormenia, puta que pariu. …..agira, tem aquele papo que o cara era tão frio que comprava dois ingressos para entrar no zoológico. Um pra entrar e outro pra sair. Para não correr o risco de ser confundindo com um animal. Minha tia dizia “fulano é tão feio que dá cuidado em casa”

    • Assuero.

      atire a primeira pedra quem nunca pegou uma “Neide Dragão” na vida… nem que seja para aliviar a TPPM – Tensão Pré Prova Mensal – da faculdade…Como diz nosso grande Zé Lezin… leva pra casa, se dentro de 48 horas chorar, pode criar que é da espécie humana.

      • Vocês falando bem Neide dragão e eu pensando na minha adolescência. A turma dizia “joga a bandeira do Brasil na cara e esquece o resto”. Viva o Brasil. Viva a bandeira brasileira

        • Interessante é que “papa” Berto (sempre com tanta história para nos contar) não entrou no assunto. Talvez nunca tenha encarado um “tribufú” pela frente… kkkkkkkkk

  5. Aqui no Pina, onde moro (o bairro mais boêmio do Recife), na minha adolescência, tinha uma tal de Sandra Oião! (além de grande, você nunca sabia a direção do olhar dela) PQP. A turma dizia que, além de feia, ela era muito mal feita.
    Para uns, ela parecia um embrulho de: uma lata de doce, um côco e uma garrafa (duvido o embrulho ficar bonito) Outros diziam que era um pacote de uma vassoura e um velocípede. Ou seja, não tinha empacotador de concurso, que conseguisse fazer a embalagem ficar atraente.

  6. Sandra Oião vence de Neide Dragão com folga… mas como diz nosso amigo Mauricio Assuero, é só embrulhar na bandeira nacional…. patriotismo existe para isso mesmo

Deixe um comentário para Sancho Pança Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *