Desventura de Clarinha
Eu rasgo a roupa do corpo
Fico nua e enlouquecida
Grito coisas desconexas
Excomungando a vida
Eu fico descabelada
Me atiro pela estrada
Corro doida e esquecida.
Me chamam “Louca Varrida”
Gargalham do meu estado
Apontam dedos profanos
Não entendem o meu pecado
Que foi amar sem poder
Desejar e jamais ter
O querer do meu amado.
Que quando estava ao meu lado
Falava frases ditosas
Cantava tantas promessas
Sob juras amorosas
E eu, coitada, inocente
Como fui me tornar crente
Em falas tão mentirosas?
E eu, coitado, Sancho inocente
Como fui me tornar crente
De um poeta divino
Que aquece coração dessa fubana gente?
Bom de rima é o poeta, Sancho é bom apenas em fazer amigos.
Beijo no coração, poeta!!!!!!!!
Sancho, ser chamado de amigo por alguém de quem você virou fã, é uma riqueza danada.
Eu sou seu fã!
¿Te acuerdas de Martin Luther King y de su frase inicial del discurso de agosto del 63, “I have a dream” (“Tengo un sueño”)?
Pois, caríssimo, siga a dica que lhe deu Assuero, um cara que muito admiro. O Brasil e, quiçá o mundo, precisam te conhecer, poeta.
É isso aí, Jesus. Já merece um livro. Em geral as secretarias de cultura dos estados lançam editais e você pode se inserir num desse e publicar seus poemas.
Fica a preciosa dica.
Assuero e Sancho, são apenas letras reunidas por diversão e registro.
Pois é. Tem gente que reúne crônicas. Por que não poesias?
Jesus Ritinha de Miúdo:
Não tenho o dom da poesia. Mas tenho o faro que descobre a beleza nos versos dos grandes poetas. Tenho a sensibilidade de descobri o lirismo, a pureza, a grandeza, e os sentimentos bons que estão por trás dos seus versos.
É o que ocorre mais uma vez em LOUCA VARRIDA – Desventura de Clarinha, que se jogou com toda inocência numa desventura onde só houve mentiras!
Valeu Grande Poeta mais uma vez!
E Clarinha existe. Cícero.
Obrigado pelo incentivo.