No século XIII, fatos, feitos e ditos envolvendo um Mullá chamado Nasrudin, nascido numa pequena aldeia da Turquia, principiaram a se espalhar pelos quatro cantos do Oriente, tornando-se presentes, nos séculos posteriores, em toda a literatura universal, nas mais diversas comunidades, como conselhos e advertências para aqueles que buscavam aprimorar suas caminhadas existenciais.
Dizem que, quando Nasrudin era pequeno, tinha língua muito solta solta e era muito perguntador, desejando saber a razão de tudo que via, ouvia e sentia ao seu derredor. Contam que, certa feita, num café da manhã de sua residência, ele perguntou à sua genitora se lâmpada era bombom. Diante do questionamento da mãe, ele respondeu, sem piscar os olhos, que tinha ouvido, na noite anterior, o pai pedir para ela apagar a luz e chupar.
De outra feita, ficou durante bons minutos a contemplar as peripécias feitas por um faquir, que ao perceber sua curiosidade, acendeu uma vela e perguntou a ele de onde estava vindo a chama. De imediato, Nasrudin apagou a vela e perguntou ao faquir para onde teria ido a chama. O faquir botou o rabo entre as pernas e se mandou do lugar, sofrendo uma tremenda vaia.
Atualmente, já passados muitos séculos, Nasrudin ainda é um dos personagens mais citados nas rodas sociais do mundo árabe-muçulmano. Todos têm uma história acontecida com ele, um dizer dele, um ensinamento moral, uma gozação feita por ele n uma determinada ocasião. Como a de um idiotão que perguntou a Narusdin se, num cortejo fúnebre, se deveria ir à frente ou atrás do caixão. Resposta do Mullá: – Dá no mesmo, não se estando dentro dele…
Nasrudin ratificava a opinião dos entendidos do mundo: “Místicos de todas as culturas utilizam as histórias como um meio de transmissão de saberes, como um instrumento para abrir corações e aclarar as mentes.” Em palavras mais corriqueiras: para desabestalhar os idiotas que são manadas, ruminando e balançando o rabo para os seus superiores imediatos, que se consideram o centro do mundo, tornando-se mote para críticas irônicas e demolidoras, tal qual a promovida pelo inesquecível Charles Chaplin, desconstruindo o alucinado nazista Adolf Hitler, do III Reich, responsável pela morte de milhões de judeus nossos irmãos.
Para finalizar, mais uma do Mullá famoso: numa sexta-feira, Nasrudin estava na mesquita para fazer suas orações, quando ouve, do seu lado, um devoto que suplicava bem alto:
– Senhor, conceda-me a devoção, a fé, a benevolência, a generosidade e a felicidade.
Ao terminar de orar, foi a vez de Nasrudin:
– Senhor, conceda-me muito dinheiro, uma bela residência, roupas da moda e uma linda mulher, além de muita beleza própria.
Ao ouvir isso, o homem que estava ao lado e tinha acabado de ora disse indignado para o Mullá:
– Como ousa blasfemar dessa maneira, fazendo semelhante pedido ao Todo Poderoso?
– Ora meu irmão, cada um pede ao Todo Poderoso o que lhe está lhe faltando…
O Mullá Nasrudin, se por aqui aparecesse, seguramente daria um conselho sementeiro para muitos políticos brasileiros:
“Mais do que criar resistência se opondo ao adversário, a genialidade política consiste em saber enxergar suas próprias contradições, sem cometer uma mínima grosseria.”
PS. Auxiliemos os irmãos gaúchos, vitimados pelas violentas enchentes dos últimos dias.
Façamos uma doação por PIX, dentro dos limites das nossas possilidades.
BANRISUL – Chave: 92958800000138
O amor ao Brasil tornar-se-á bem mais explícito.