CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

SEJAMOS TODOS BRASILIANOS

Tenho, ultimamente, em toda oportunidade que se me apresenta auspiciosa, dito: “o país está dividido.”. Essa divisão a que me refiro é, antes de tudo, ideológica, desaguando por incidência no comportamento político não lapidado e desmedido que todos ultimamente exercem nas redes sociais. Para alguns, infelizmente, as redes sociais constituem-se em verdadeiras terras de ninguém, sem lei, onde cada um, a seu bel-prazer, movido pelo sentimento e afã de idolatria ao personagem perfeito, o político preferido e admirado, disseminam, nos intermináveis entra-e-sai das plataformas digitais, tudo aquilo que acreditam contribuir para o enaltecimento e elevação do seu timoneiro político em detrimento do adversário político que, aos nossos olhos, trivialmente nada acerta.

O isolamento ideológico a que ambos os lados se submetem, acreditando assim estarem acima de tudo e de todos, nada mais representa senão a irrefutável prova da incapacidade de conjugar a pacificação, qualidade inerente aos grandes povos.

A democracia, diferentemente do que pensam outros, não é o exercício arbitrário da desconstrução do discurso vitorioso. Desvirtuam a democracia todos aqueles que se valem dela visando à obstrução e resistência ao governar. Para Artur da Távola “o doloroso na política é que, nela, ninguém procura se ampliar na direção do melhor do outro e, sim, reduzi-lo à dimensão menor de quem julga.”. Desgraçadamente temos vistos discursos e teses que sofrem mutação por serem revestidos de excessiva volubilidade. Para bem decantar essa negativa gratuita e insistente a tudo que vem do opositor, não carecemos ir longe. Por que os que atiram pedras nos jargões politicamente incorretos do atual presidente, assistem, silentes e inertes, às afrontas das “peças”, “ensaios” e “desfiles” cujo Jesus Cristo necessariamente precisa ser gay?

Essa ideologia anômala e pechosa, despida das vestes da moral e dos bons costumes, insiste teimosamente em querer se sobrepor à custa da imposição arrogante e mediante o exercício da repetição insistente que se contrapõe à engrenagem natural da vida.

Assim, flagrante e sobejamente, o próprio palco das redes social ratifica esse comportamento depreciativo e execrável que em nada contribui para o nosso despertar, enquanto povo.

O nosso momento atual não permite mais o enfrentamento pelo enfrentamento, eis a grande verdade. Quaisquer que sejam as óticas a serem utilizadas para aferir a dimensão do homem brasiliano, com certeza, o resultado, acreditem, será diminuto e sem a densidade humana de tempos idos. Preferi o adjetivo brasiliano ao brasileiro pelo fato de o segundo referir-se ao comerciante de pau-brasil, enquanto o primeiro refere-se ao natural do Brasil. O primeiro não carrega a pecha do segundo.

Frente a essa enfermidade epidêmica amplamente disseminada, identificamos, espontânea e facilmente, intermináveis ações insidiosas de governantes aldrabões e finórios, cujas ações anunciadas como caritativas, germinam, no seu interior, intenções ardis e espúrias. A título de exemplo da ardilosa manobra de políticos inescrupulosos e indecorosos, podemos assistir ao jogo do Município de Fortaleza-Ceará, onde coloca em campo um hospital temporário que está sendo montado no Estádio Presidente Vargas. A partida, ou melhor, a obra deve custar aos cofres públicos a bagatela de R$ 80 milhões (oitenta milhões de reais) entre instalação da estrutura, contratação de pessoal, compra de equipamentos médicos e custeio pelos próximos quatro meses, valor que pode ser elevado dependendo da demanda e do tempo da crise. Caso recorra o gestor da capital alencarina à leitura da cartilha utilizada nas construções e reformas das arenas da memorável copa dos 7×1, cujos aditivos abocanharam, além dos valores previstos, o quantum de 3 (três) bilhões de reais, esse hospital ah doc deixará o Município de Fortaleza nos leitos da UTI financeira. Como visto, o povo cearense possui outros inimigos, além do Corona vírus.

As enfermidades que abatem o nosso povo, do Oiapoque ao Chuí, não devem ser enfrentadas tão somente com a lavagem das mãos e utilização do álcool em gel. Clama o momento por uma assepsia moral e espiritual. Esta última não consiste exclusivamente em adentrar a templos, basílicas, catedrais e igrejas, e exercitar, autômato, as preces e pedidos dirigidos às divindades que cremos. Consiste sim, essa assepsia moral e religiosa na retomada de conceitos e comportamentos cujo aparato de sustentação é erigido na dignidade, distinção, honestidade, honradez, integridade e probidade, além, é claro, da caridade, benevolência e piedade.

Precisamos, sim, mais que tudo, despir-se desse encantamento que se tem por esses fementidos que semeiam o embate derrocador com vistas ao locupletamento de poucos que se alimentam do muito e muito desmedido.

Fiquemos apostos e vigilantes. A ponto de não dormir, afinal, como bem disse Elias Murad: “O Brasil progride à noite, enquanto os políticos estão dormindo”, caros brasilianos.

Um comentário em “JOSE ALDERI BARBOSA DE OLIVEIRA – MAURITI-CE

  1. desculpe mas tenho que discordar nem sempre o brasil cresce a noite , , isto realmente so quando os politicos estao drmindo , porem, e tambem na calada da noite que eles votam materias de assalto aos cofres da naçao recheados de impostos compulsorios sobre o povo brasileiro , seus aumentos e gastos , legislando em causa propria , e fazendo lei para os blindarem da justiça e tambem se cumpliciando e jogando para o stf , , portanto precisariamos que todos os politicos sofressem um mata leao para que dormissem como belas adormecidas para que o brasil possa ter democracia e crescimento

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