ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

Esta manhã estava assistindo Alexandre Garcia, um grande e notório jornalista caeté, centrado, imparcial e sério, cuja credibilidade é reconhecida em todos os quadrantes da taba. E, ouvindo sua fala, na página que mantém na internet, pesquei, assim de relance, como um bom caeté, um misto de frustração, desânimo e polidez em relação ao jornalismo que se faz na atualidade.

Garcia fazia um desabafo, expondo não entender os motivos que levam a maioria das redações investir no que hoje se chama narrativa – apenas um termo da novilíngua para mentira -, e desse investimento sair situações em que os fatos contradizem a narrativa de forma tão acachapante que somente quem teima em não ver, apesar dos fatos e dos registros saltarem aos olhos, pode continuar investindo nessa narrativa.

Eu não pretendo dar lições, ou mesmo aconselhar um venerando jornalista, que, do alto de seus oitenta anos ainda continua com o vigor e o interesse de um “foca” pelos fatos e pela verdade. Longe de mim fazer isso! Todavia acredito que a polidez, o cavalheirismo, a educação tradicional dele, aliado a um “espírito de corpo” o impeçam de escancarar o que, de fato vem ocorrendo.

Mas, para que se compreenda a dinâmica dessa situação é preciso voltar no tempo, para o final da década de 1980 e começo da década de 1990, sem deixar de lançar um olhar na década de 1940, onde está a raiz de tudo o que estamos passando. E isso vai tornar este texto um pouco longo, mas peço paciência ao meu leitor para que possa ter uma compreensão, ainda que reduzida do que vem ocorrendo hoje, nas redações jornalisteiras do Brasil.

Na década de 1940 o carcundinha, famoso tarado moral que atendia pelo nome de Antônio Gramsci estava curtindo umas férias nas masmorras de Benito Mussolini, e lá, enquanto vadiava, como todo bom comunista, rejeitou a luta armada, ou a luta de classe pregada por Marx, Lênin e Stalin – a trindade satânica da máquina de matar gente -. Nos seus “Cadernos do cárcere”, Gramsci desenhou a estratégia de tomada de poder que hoje é muito eficiente no ocidente: infiltrar-se nas escolas, nas universidades, nas redações de jornais, no serviço público e, como um câncer, destruir o sistema de dentro para fora.

Esse chamado marxismo cultural surge com Gramsci e tem como alvo a religião (vide viado enfiando crucifixo no cu), a família (vide a ideologia de gênero que vai gerar uma geração de frustrado e aumentar exponencialmente o número de suicidas, a desconstrução da figura de pai e de mãe, e a confusão de sexos), nas escolas (vide o estropiamento da linguagem com a tal linguagem neutra, que é só mais uma bobagem perigosa do uma ação inclusiva), na cultura (vide peças teatrais de qualidade abominável, mas que existem já que são financiadas pela sociedade), nas universidades (vide a negação em ensinar, aliada ao incentivo de formar miliantes), etc.

Quando o comunismo prático colapsou pela própria incompetência e pela monumental falha em alimentar os povos que escraviza no fim da década de 1980 e início da década de 1990, os idólatras da morte colocaram em prática aquilo que Gramsci ensinava: a primeira instância de tomada de poder foi poluir o ambiente universitário com sua praga: Os cursos de Humanas foram os primeiros a cair vítima dessa arapuca, por falta de consistência, de equilíbrio e de argumento. Houve, no Brasil uma deturpação da universidade. Ela passou a apenas formar profissionais e esqueceu-se que a sua missão maior é produzir conhecimento. Para formar profissionais basta um “college” como os norte-americanos fazem. Universidade é lugar para uma “elite do pensamento” e não para formar profissionais para o mercado de trabalho.

E, nessa toada, os cursos que mais sofreram foram os de “formação de professores” – uma piada genuinamente caeté -. Já ouviu, inclusive, em uma aula que Tiradentes era proletário e lutava contra os interesses da burguesia portuguesa, por isso foi silenciado, já que ele queria livrar o proletariado brasileiro da ganância e exploração da burguesia portuguesa que sustentava a monarquia. E esse tipo de barbaridade foi dito por um professor de História para alunos do nono ano do Ensino Fundamental.

Nesse caminhar de situação, a infiltração do câncer comunista nos cursos universitários teve ampla aceitação no curso de Comunicação Social, o famoso curso de Jornalismo. Nada contra nenhum profissional, afinal também sou fruto dessa jabuticaba caeté que é a universidade brasileira, mas graças a Deus consegui me libertar dessa tirania de pensamento. Mas, voltando à vaca fria, nos cursos de jornalismo, desde o começo da década de 1990 criou-se uma máquina de produzir militante em prol do pensamento esquerdista. O tipo de jornalista que temos hoje é fruto desse processo doutrinário e cauterizador de consciências. O jornalismo que temos hoje é reflexo dessa doutrinação em que se esqueceu de dar estofo teórico, ou mesmo investigativo. Centrou-se apenas na versão da história que visa favorecer à implosão do sistema, como queria o tarado carcundinha de Roma.

Ora, uma simples comparação entre as universidades brasileiras e os centros de pesquisas nos Estados Unidos, para se ter um norte. O Laboratório Nacional Argonne e a Nasa não se tornaram o que são formando mão de obra, mas sim captando mão de obra já existentes e que gostava de pesquisa e criação de conhecimento, investiu nelas e se firmaram como centros de pesquisa por excelência. O foco disso? Conhecimento, inovação, pesquisa e retorno em forma de riqueza, condensado nos cérebros e nos prêmios internacionais ganhos.

E, então, na nossa arapuca chamada república bananística da Caetelândia, surge um ponto fora da curva: Jair Bolsonaro. Este é o tipo de competidor que se pode chamar de Outsider¸ ou seja, fora do esquema. Mas que esquema? Perguntarão outros caetés. Ora, meu amigo. A arapuca que se construiu e que se chamou de Nova República a partir de 1988. Basta ver que os mesmos nomes que circulam desde 1988, afora algumas exceções que já foram para o diabo que os carregue, a dominação política de da máquina administrativa continua nas mãos das mesmas figurinhas carimbadas.

Mas como disse, Jair Bolsonaro veio a ser o ponto fora da curva, como já disse o ministro Luiz Fux. Enquanto ele era um deputado do chamado “Baixo Clero” – essa famigerada nomenclatura dada pela imprensa a um legítimo representante do povo -, quase folclórico, pitoresco, e, muitas vezes, boca suja, não incomodava ninguém. Sua candidatura a presidência da república era vista como uma piada, de mau gosto, mas ainda assim, uma piada. Só que as ladroagens sem-vergonhista do PT, seguido pelas ladroagens descarada o PMDB levaram a população a um beco sem saída, e o deputado pitoresco foi eleito presidente.

Enquanto os interesses dos militantes gramscianos não estavam sendo incomodados, eles continuavam em sua missão de minar o país pelas suas entranhas. O ponto fora da curva puxou o freio de mão e tirou o principal oxigênio deles: dinheiro do contribuinte otário. Aliás, e não é novidade, o Estado brasileiro se tornou especialista em passar a mão grande no trabalho do cidadão e repassar a justamente quem só suga, como um bom parasita, o suor de quem trabalha.

Nesta madrugada estava assistindo a um programa gravado em um aeroporto e mostraram a história de uma cidadã brasileira que saiu com dinheiro sem declarar, para pagar uma conta nos Estados Unidos. Como conseguiu fazer um acordo com o credor voltou com o dinheiro e foi abordada. A fiscal federal disse que ela tinha que declarar o dinheiro ao sair, ou seja, pagar imposto pelo dinheiro, e declarar ao retornar com o dinheiro, isto é mais imposto sobre o mesmo. Como ela não fez, nem uma coisa e nem outra, o Estado, na mão grande, tomou o dinheiro dela, que poderá reaver, só Deus sabe quando, após um processo onde terá que pagar os impostos, advogados e as custas processuais. Essa é a nossa república bananística da Caetelândia, sempre pronta para tomar dinheiro do cidadão, afinal de contas, custa caro manter uma máquina corrupta.

Mas, com Jair Bolsonaro essa dinâmica foi freada, e não extinta. Hoje está mais difícil a guabirutagem oficial, mas ela existe. E sem o oxigênio para dar vida ao processo revolucionário gramsciano – afinal, comunista pode ser otário, mas burro ele não é -, passou-se a fazer oposição sistemática, mentirosa e leviana sobre o presidente. Eu assisto a um programa na Rádio Jovem Pan e fico assustado da forma como a jornalista Amanda Klein, deliberadamente mente para o público que a assiste. Não somente mente, como deturpa dados, conscientemente, a fim de apoiar a ideologia que está na sua cabeça. Quando vejo isso penso logo: não é jornalista, é só militante. E segue à risca o mandamento gramsciano: mentir, fraudar, enganar, distorcer, caluniar. Pela causa tudo é válido e permitido, ou seja, coisa de canalha.

Lembro-me até de uma conversa que tive certa vez, com um velho jornalista, que possivelmente já se encantou. Na verdade, peguei só o rabo da conversa, mas ficou claro que o esquema funcionava assim: toda vez que era eleito um novo prefeito, os “jornalistas” da cidade iam até o novo chefe do executivo e intimavam: ou você continua financiando nossos jornais, através de propagandas, subvenções, ou você não terá um dia de paz, ainda que faça a melhor administração possível. Sempre mostraremos apenas o lado negativo, ou então, criaremos situação que demonstre isso.

Alguém pode dizer que essa situação faz parte do jogo de poder. Para mim só existe uma palavra que calha nessa situação: Chantagem. E isso tem sido uma tônica em toda a república bananística. Mas, como Jair Bolsonaro é o ponto fora da curva, até onde eu saiba, sem sujeira, ou mesmo rabo preso para ser chantageado, restou aos filhos do carcundinha de Roma, na luta para destruir o Brasil, apenas o ataque com mentiras, com fofocas, com distorções da verdade e mesmo com falsificações grosseiras.

Trata-se de mais uma jabuticaba de nossa taba, a criação do jornalista jornalisteiro. É um ser que, arvorando-se o direito de contar os fatos, prefere investir nas chamadas “narrativas”, uma novilíngua para a mentira. Assim, quando vi e ouvi Alexandre Garcia abordando esse ponto, pensei: por que não? É preciso enfiar o dedo na ferida e mandar à pata que o pôs o tal espírito de classe, ou de corpo. Na guerra que estamos vivendo, onde a verdade é a primeira a apanhar, somente a sinceridade de propósito e o apego a essa verdade espancada é que poderá nos livrar do pesadelo comunista que assombra nossa nação. Além disso, o que existe é só gambiarra.

11 pensou em “JORNALISMO JORNALISTEIRO

  1. Parabéns! Pela clareza, coesão e objetividade. Gostaria de poder escrever mais… Já registrei seu depoimento/texto/artigo. Luiz Berto, seu espaço criativo sempre nos brindando com excelentes autores e autoras.

    • Obrigado meu caro. Isso são apenas reflexões de um caeté que está com um olhar cúpido para o filé mignon do Bispo Sardinha, neste ano de 466 d.S (depois de Sardinha).

    • Aliás, meu caro Spock, o Papa Berto, sagrado papa da nossa Igreja Católica Apostólica Sertaneja é um democrata nato. Nesta nossa gazeta tem espaço, desde vermelhos que dariam o furico para o Che Guevara, rindo, até conservadores do porte de um Henry Kissinger – ex-secretário de Estado de Richard Nixon, o famoso Dick Vigarista -. Todos aqui são benvindos neste espaço liberal, democrático e esculhambado, pois nossa missão é abestalhar o mundo.

    • Obrigado nobre Hélio Araújo.

      São apenas bildagem de um caeté faminto, esperando minha vez de atacar o cangote do Sardinha que está bem ali, até chiando o couro, quase pronto para ser devorado.

    • Ah, Adônis,

      desempregado não ficas, que Berto não é dos que desamparam os amigos, mas a maestria de Roque fará com que a nota de corte suba, tendo o amigo que caprichar ainda mais a cada domingo, pois os textos do Roque estão mais afiados do que espada samurai.

      Quem ganha com isso somos nós, os leitores e admiradores de dois grandes mestres fubânicos.

      Vida longa aos reis..

  2. Parabéns, Roque, pela perfeição do texto!

    Não só Alexandre Garcia , mas outros bons jornalistas sérios, também estão irradiando um misto de frustração e desânimo, em relação ao jornalismo que se faz hoje.

    Bom final de semana!

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