GRIPE DA CHINA
Eu tô doido que acabe
a quarentena de vez.
Tô lanchando de hora em hora,
três, quatro pães de uma vez,
Eu pesava oitenta e nove
Já tô com noventa e três.
Preso em casa, igual vocês
e doido pra esquipar.
Quando trabalho é sozinho,
sem ninguém pra conversar,
nem vejo passar o tempo
nem essa gripe passar.
Todo mundo a se estressar
Homem, mulher e menina,
Véio, véia, aviadado,
sapatona, vitalina,
endoida tudo e não passa
essa tal gripe da China.
Pirotecnia fina
de político se “amostrar”.
Pra enfrentar essa gripe
não precisa esse fuá.
Fazendo comparação
É como usar um canhão
pra atirar um preá.
Legal, João Roberto, tu és bom de poesia!