GONZAGÃO AQUI É MATO
Se no fim de um zero dia, tudo que é fole zerasse
Toda sanfona murchasse, todo baião se exaurisse
Ainda assim restaria no mais fundo mato-adentro
Um filete de voz doce cafungando Carolina.
E ele ressurgiria
Largo e esperançoso
Boieiro e sanfonador:
Uma luneta ray-ban no quebra-molas da venta
Riso frouxo gonzagudo
Caprichando em gozação:
– Ah minha senhora! Comigo é nove!!!
Eu vicejo, dou pro gasto inda sobejo!
E tome:
Fum-fum-fum, Carolina
Fum-fum-fum.
* * *
31 ANOS SEM GONZAGA
Luiz Ganzaga cantando para o Presidente Dutra. Foto de imprensa – 1949