A PALAVRA DO EDITOR

Não me venham com lenga-lengas que eu não as digiro. Principalmente, quando o assunto é saúde. Muito mais cuidadoso fico, em se tratando desta mazela devastadora chamada Covid-19, porque sou portador de uma penca de comorbidades do interesse da pandemia do momento. Por tal razão, a cautela exagerada que imponho ao meu bem-estar físico e daqueles que me rodeiam.

Chegam-me às mãos receitas de placebos, medicamentos milagrosos e fórmulas mágicas, via redes sociais. Após rápida espiada, se nada acrescentam, o lixo é o destino. Por quê? Acima de tudo, acredito na ciência. Porém, é inadmissível que não tenhamos um norte definido de como proceder em relação ao novo coronavírus.

A Organização Mundial de Saúde-OMS, no meu entendimento, ainda não disse a que veio. As diversas manifestações desconectadas quanto ao tratamento adequado para a Covid-19, em nada tem ajudado. Somente causam desconfianças no tocante a capacidade técnica-científica do organismo que foi criado para ser referência mundial sobre problemas de saúde pública.

O exemplo clássico dessa diferença de procedimentos tem sido com o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina contra o novo coronavírus. Hora condena a utilização da droga e, em seguida, insinua a sua serventia. Noutro momento aguarda por resultados de pesquisas, e por aí vai criando expectativas e frustrações.

Por sua vez, em nota, a nossa Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), deixa claro que não existem estudos conclusivos para o uso do medicamento antiparasitário ivermectina no tratamento da Covid-19, bem como não se consolidaram estudos que refutem a utilização.

Nesse sentido, adianta que as indicações aprovadas para a ivermectina são as constantes da bula do remédio. A Anvisa está correta no papel que desempenha na vigilância sanitária da população. Outra postura não se espera do órgão.

E agora? Sem tempo hábil para testar e aprovar uma vacina ou qualquer outro fármaco para o tratamento do vírus, fazer o que? Sentarmo-nos num trono de apartamento, com a boca escancarada e cheia de dentes esperando a morte chegar, como sugere a música de Raul Seixas? Por acaso corre, em nossas veias, sangue de barata? Nessa hora fala mais alto algo chamado instinto de sobrevivência.

Existem diversas opiniões desfavoráveis acerca dos efeitos da ivermectina no combate da Covid-19; outras, pertinentes. Na relação das últimas, se destaca estudo feito na Austrália por pesquisadores da Universidade de Melbourne e do Hospital Royal Melbourne, que mostra a ivermectina sendo capaz de eliminar o novo coronavírus em 48 horas. É verdade que se trata de pesquisa feita in vitro – fora do corpo.

O passo seguinte é descobrir qual a dosagem eficaz para humanos. A droga tem efeito comprovado no combate a doenças parasitárias como sarna e piolhos. Os pesquisadores não prometem milagres, apenas mostram opções em estudo.

A ivermectina foi descoberta em 1975 e introduzida no mercado para uso em humanos, em 1981. Ganhou o prêmio Nobel de Medicina em 2015 e faz parte da lista de medicamentos essenciais da OMS. Agora vem a pergunta crucial: usar ou não a ivermectina? Faz bem ou é prejudicial utiliza-la contra a Covid-19? Pode ser impressão, mas o uso da ivermectina, no país, passa ao largo dos protocolos da vigilância sanitária.

Sabe-se que a droga é excelente vermífugo, e tem feito muita gente expelir parasitos intestinais. Condeno a automedicação, porém, se o mal for somente esse, pelo sim pelo não, entre prevenir e remediar, continuarei com meus comprimidos de ivermectina a cada 15 dias. Se a droga matar, pelo menos morrerei livre de lombrigas.

4 pensou em “IVERMECTINA

  1. Esperava-se que na África a doença acabasse com a vida humana. O continente tem a menor taxa de óbito, principalmente na Etiópia. O ivermectina é administrado desde 1997. Os médicos atribuem a isso o baixo número de óbitos

  2. A (Des)organização Mundial da Saude, há muito que perdeu sua credibilidade. Tornou-se lugar comum de guetos ideológicos tal como ocorre com outras siglas ligadas a ONU.

    Ao sabor da ideologia, assumiu posições favoráveis ao isolamento, favorável e contraria a máscara, a cloroquina e depois favorável. A questão da transmissão de assintomáticos afirmando primeiro que a chance era quase zero e depois não deixou de desmentir, mas falou que existe a transmissão, quem sabe 0,01 dos assintomáticos. Falou isso para confundir e não foi claro até que pontos as pesquisas chegaram. Essa possível transmissão pode ser a cada 1 mi, 1 transmitir.

    Ora! os FDP vem com a eterna e única conversa (hora é ciência, hora a medicina) de que “não tem comprovação cientifica” “a medicina não aprova” e assim ideologizaram o mortal vírus a ponto de pouco se importarem com a mortandade brutal dos seus semelhantes.

    PQP, se nesta porra não há medicamento comprovado, deixa ao menos o moribundo ter uma vírgula de esperança, tomando os remédios indicados, mesmo que não tenha comprovação cientifica.

    Se o povo fosse esperar por “comprovação cientifica” não usaria há décadas e décadas o enxaguante bucal contra fungos. …, o vinagre de maçã contra infecções. …, o aloe vera ou babosa contra a constipação intestinal. …, o bicarbonato de sódio contra azia. …, o mel contra bactérias. …, a vodka contra fungos e bactérias. …, o chá preto contra queimadura de sol.
    E a catuaba.

  3. José Narcélio, a conclusão de teu artigo é magistral: – Tomas a Ivermectina e te asseguras de que se bateres o trinta e oito o farás livre de lombrigas rsrsrsrsrs.
    Contudo, e a despeito dos poucos efeitos indesejáveis da droga, salvo reações de Mazotti, e
    diarreia, náusea, falta de disposição, dor abdominal, falta de apetite, constipação e vômitos,
    e relacionadas ao sistema Nervoso Central podendo ocorrer tontura, sonolência, vertigem e tremor, inchaço na face e periférico, diminuição da pressão arterial ao levantar-se e aumento da frequência cardíaca, raros casos de dor de cabeça e dor muscular, a piora da asma brônquica, aumento transitório de eosinófilos, elevação das enzimas hepáticas e aumento da hemoglobina (1%),i e a quase ínfima diminuição dos leucócitos e anemia, e outros efeitos de pouca monta e em geral transitórios, convém saber que a vida útil de Ivermectina agindo no organismo é de no máximo quatro dias se ingerida com alimentos.
    Porém, também se deve cuidar da superdosagem, porque com a ingestão excessiva em curto prazo pode dar-se essa ocorrência, que leva a intoxicação, com lesões cutâneas até urticária, inchaço, dor de cabeça, tontura, falta de disposição, náusea, vômitos, dor abdominal, diarreia, convulsões, alteração do equilíbrio, falta de ar, alterações na .
    Enfim, é como está recomendando o presidente da república, Jair Messias Bolsonaro, depois que foi ameaçado de intervenção judicial para parar de receitar remédios: – Procure um médico.

  4. Narcelio, permita-me trata-lo assim, toma a ivermectina e não leias a bula; afinal não és hipocondríaco. Essa tal de ivermectina é desnorteante, a cada dia aparece uma utilidade para ela. Descobriram que a bichinho estabiliza as membranas celulares e nucleares e mantém o vírus do lado de fora. Ao impedir sua invasão nuclear os acidos nucleicos não são contaminados e o paciente não desenvolve a doença. Simples como dois e dois são quatro.

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