MARCELO BERTOLUCI - DANDO PITACOS

Um homem livre sabe que tem direitos. Um escravo acha que precisa merecer direitos. Um homem livre sabe que é livre. Um escravo quer permissão para ser livre.

Um escravo de verdade odeia a liberdade dos outros mais que a sua própria escravidão.

Alguém que acredita no governo é alguém que não se importa de ser trancado numa cela com um assassino psicopata, se o assassino prometer bater nele apenas de vez em quando e com muita delicadeza.

Um escravo perfeito não acredita que a escravidão seja boa e que a liberdade seja ruim; ele acredita que a escravidão é inevitável e a liberdade é impossível.

Um escravo perfeito é alguém que acredita que liberdade é a capacidade de administrar a própria cela.

Um prisioneiro é alguém que perdeu a liberdade. Um escravo é alguém que a entregou.

Um escravo de verdade não é alguém cuja liberdade foi restringida, mas alguém que se sente restringido pela sua liberdade.

O objetivo do libertarianismo não é permitir que as pessoas sejam livres, mas fazê-las perceber que não precisam da permissão de alguém para serem livres.

Um escravo é alguém que acredita que a liberdade consiste em ser governado da maneira correta. Uma pessoa livre é alguém que sabe que ser governado, da maneira que for, é escravidão.

Um estatista é alguém que se preocupa pelo McDonald´s ter o monopólio do Big Mac, mas se sente bem sabendo que o governo tem o monopólio dos fuzis, dos tanques e das algemas.

Uma sociedade livre não é aquela em que as pessoas se tornaram santas, mas aquela em que elas deixaram de obedecer aos vilões.

Um tolo acredita que, sem o estado, as pessoas estariam à mercê de pequenos criminosos. Uma pessoa de razão sabe que, sem o estado, as pessoas não estariam à mercê de criminosos gigantescos.

Uma sociedade livre não é aquela em que não existam criminosos, mas aquela em que nenhum criminoso é cultuado.

A barbárie substituída pela civilização é chamada de sociedade. A barbárie disfarçada de civilização é chamada de estado.

Acreditar que a função da política é resolver conflitos é como acreditar que a função da gasolina é apagar incêndios.

A democracia é um dispositivo para encobrir a escravidão por meio do convencimento dos escravos de que eles são senhores uns dos outros.

“Governo limitado” faz tanto sentido quanto “pandemia limitada”.

Acima de tudo, a liberdade é a capacidade de recusar o status quo.

Se os seres humanos fossem anjos, nenhum governo seria necessário; porém, como eles não são, nenhum governo composto por seres humanos é desejável.

Se o que caracteriza o ser humano é pensar e escolher por si mesmo, então ser governado é ser categorizado como sub-humano.

Justiça sem lei é chamada de integridade. Lei sem justiça é chamada de política.

Dizer que não há sentido em tentar construir uma sociedade livre porque sempre haverá criminosos é como dizer que não há sentido em respeitar a propriedade do vizinho porque sempre haverá ladrões.

Estar disposto a renunciar à liberdade em troca de segurança é estar disposto a renunciar à vida em troca de um colete salva-vidas.

“Contrato social”: a noção de que a melhor maneira de proteger a liberdade seja perdê-la voluntariamente.

O estatismo é a ideia de que a melhor forma de evitar incêndios é dar aos incendiários a exclusividade no uso de fósforos.

A alegação de que a liberdade deva ser limitada raramente inclui a liberdade de quem alega.

O bárbaro está disposto a fazer o que é legal mesmo que seja imoral. O civilizado está disposto a fazer o que é moral mesmo que seja ilegal.

A desculpa de um pequeno tirano é que ele precisa se proteger de você. A desculpa de um grande tirano é que ele precisa proteger você de você mesmo.

O objetivo do libertarianismo não é oferecer soluções, mas permitir que todos os membros da sociedade as busquem.

O maior obstáculo à liberdade não é que alguns desejem ser senhores, mas que muitos não se importem de serem escravos.

O sintoma mais comum da barbárie é a incapacidade de distinguir entre desaprovação e proibição.

A escolha social mais importante não é entre individualismo e coletivismo, capitalismo e socialismo, autocracia e democracia ou conservadorismo e progressismo, mas sim entre liberdade e coerção.

O passo mais importante no caminho para a liberdade não é desafiar o seu senhor, mas parar de achar que é normal ter um senhor.

A fonte mais potente de escravidão mental é a crença na grandeza da nação.

Um nacionalista é alguém que elogia ilusões nacionais por medo de confrontar realidades estrangeiras.

O oposto da tirania não é a democracia, mas a liberdade. O oposto do privilégio não é a igualdade, mas a autonomia. E o oposto da barbárie não é o estado, mas a sociedade.

O fundamento psicológico de toda forma de estatismo é a satisfação de pertencer à gangue do maior valentão da vizinhança.

Um estado regulamentador é um estado totalitário em câmera lenta.

A tragédia do homo sapiens é que ele é livre por natureza, mas um escravo por instinto.

A visão de uma sociedade livre não se baseia na esperança utópica de que a violência desaparecerá, mas na modesta expectativa de que ela deixará de ser glorificada.

A guerra é o estatismo levado à sua conclusão lógica.

Usar a palavra “nós” em nome de estranhos é o primeiro passo para o totalitarismo mental.

A violência pode fazer de alguém um cativo, mas é apenas a submissão à violência que pode fazer de alguém um escravo.

Eleitor: alguém livre para escolher a forma da sua submissão.

A paz mundial acontecerá quando cada grito de “é uma ordem!” for combatido com um encolher de ombros.

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