HOJE SE COMPLETAM TRÊS MESES DA PRIMEIRA MORTE, NO BRASIL, PELA CORONAVÍRUS.
Ocorreu em São Paulo, local também de mais seis óbitos espalhados pelos dias 15 (um), 16 (três) e 17 de março (dois), perfazendo um total de sete, num percentual de quase oitenta por cento; ainda em 17 de março, houve, no Rio de Janeiro, duas vítimas fatais. São dados oficiais fornecidos pelo Ministério da Saúde.
Isso quer dizer que durante cinco dias (12 a 17 de março) somente em São Paulo sete pessoas morreram pela Coronavírus, e duas no Rio; e no fato de todas essas mortes se darem nas duas maiores capitais do país não deve ser levado em conta apenas o elevado índice populacional que elas apresentam, mas por um detalhe ao qual a mídia não deu o devido destaque, à exceção de umas raras vozes.
E qual o detalhe? Primeiro observemos que esses primeiros óbitos aconteceram a menos de vinte dias do término do carnaval – o que puxou a fila trágica com exatos dezesseis dias – de onde se conclui que o vírus já infectara pessoas bem antes das festas momescas, das quais pelo menos uma parcela expressiva se esbaldou nas ruas e em clubes. E segundo que as otoridades paulistas e fluminenses já sabiam da invasão da doença em seus quintais, bem assim as otoridades do restante do nosso território.
E o que fizeram? Bem, o que fizeram foi incrementar ainda mais a propaganda do carnaval em todas as mídias à disposição. O engomadinho João Dória deitou gabolice como o principal responsável pelo “maior carnaval de rua do Brasil”; pra não ficar por baixo, o governador do Rio (com aquela pose e o biótipo de lutador de artes marciais) devolvia que esse titulo, esse lugar, seria sempre da outrora conhecida como Cidade Maravilhosa. Cadê coragem para cancelar o evento? Pra quê? “O show não pode parar”. Não seria uma “gripezinha” exportada pela China que iria frustrar o ganho dos dividendos político-eleitoreiros.
A gripezinha (não é, Dr. Dráuzio?) foi mostrando o seu espectro mórbido, cavando sepulturas país adentro, mas sobretudo em São Paulo e Rio, que continuam empunhando o trágico troféu de líderes dos infectados pelo vírus. E ao que saiba, não houve um jornalista que interpelasse o arrivista Dória sobre a relação entre o carnaval dele e a evolução da epidemia. Também se aparecesse esse corajoso, o interpelado já teria na ponta da língua a contestação; ou, quem sabe, passasse para a próxima pergunta.
Nossos comerciais, por favor.
Morreu neste domingo o dep. Nelson Meurer PP-PR vítima de covid . Estava preso pela Lava Jato . Logo logo todos estarão soltos .