Eu fui “ela”. Uma quadra em tua vida,
Uma palavra simples e era tanto,
Que andando à farta no teu riso e pranto,
Não se gastou jamais, de repetida…
“Ela”… dizias. “Ela”… a mais querida,
Quando me deito e quando me levanto…
E assim cresceu por mim o teu encanto,
Sem reservas, sem tréguas, sem medida…
Alguns anos depois que nos casamos,
Amando outra mulher, escreves: “ela”…
“Ela” não quer que juntos estejamos…
Aquela “ela” era eu, noutro sentido…
Numa palavra breve como aquela,
Pudeste ser sincero e ser fingido…
Colaboração de Pedro Malta