Eis-te afinal entre os meus braços! Cante
minh’alma os hinos róseos da ventura!
Pulsa de encontro ao meu teu peito estuante,
meu lábio ansioso o lábio teu procura!
Procura e encontra-o morno, palpitante,
enflorado de beijos que a ternura
faz desbrochar como um buquê flamante,
de uma olorosa e estranha calentura.
Nos ombros cai-te o véu em dobras finas:
a virginal capela alvinitente
diadema-te a fronte angelical …
E como sons de etéreas cavatinas,
longos beijos ressoam docemente
no silêncio do quarto nupcial …
Colaboração de Pedro Malta