Fachada de construção no Caminito, ponto turístico de Buenos Aires
Circulam nas redes sociais comentários da TV argentina sobre o Brasil. Admirados com o desempenho brasileiro. Aqui não sai, né? Aqui a gente torce contra o país. A gente quer ver o país lá embaixo, como fizemos, nós, os jornalistas, durante toda a pandemia. A gente queria ver você em casa, trancado, morrendo de medo, um pano na cara, sem respirar direito, e sem trabalhar, sem produzir, sem renda, sem poder sair para a rua.
Meu Deus, a gente apoiou cada coisa. Rasgaram a Constituição e a gente apoiou. Mandaram a gente tomar uma experiência, e a gente foi atrás. Disseram que não tinha tratamento, e a gente acreditou, meu Deus do céu. E agora, o resultado da nossa teimosia. Daquilo que chamavam negacionismo, quando negacionismo é exatamente o contrário. Nos acusaram daquilo que eles são.
Tá aí. O Brasil derrubando a inflação, subindo o PIB. E a Europa e os Estados Unidos fazendo exatamente o oposto, subindo a inflação, subindo os preços, havendo até escassez, queda de produção de alimentos. Subindo juros, subindo inflação e caindo o PIB.
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Empregos criados equivalem a todos os da Argentina
Aí volto a falar dos argentinos. Gustavo Segré, citado pela excelente Revista Oeste, diz assim: “O Brasil voltou a ser a décima economia do mundo. É o sexto mercado do mundo em recepção de investimentos diretos do exterior, e o índice de desemprego é 9,3%, o menor desde 2015. Somados os quase 5 milhões de empregos com carteira assinada, que serão criados até o fim do governo Bolsonaro, foram 4,5 milhões em três anos e meio. O Brasil terá criado tantos empregos formais quanto os existentes na Argentina. Que são 5,8 milhões”.
Outro dado impressionante está no número de empresas. No Brasil, só nos últimos dezesseis meses foram abertos 3,4 milhões de empreendimentos comerciais. Nesse ritmo, chegará ao fim deste ano com 20 milhões de empresas ativas. Isso representa 33 vezes a quantidade total de empresas existentes na Argentina, compara Segré.
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Resultados vêm antes mesmo do efeito do Auxílio Brasil
A gente tem que ouvir a Argentina, porque, aqui, a militância está cada vez mais desesperada. Principalmente agora que a gente constata, no Nordeste, que quem não está empregado está ganhando mais como autônomo. O sujeito prefere ganhar 5 mil sem carteira assinada a ganhar 1,2 mil com carteira assinada. Está se procurando gente para trabalhar no Nordeste. As vendas subindo. As indústrias de confecções, de alimentos, de laticínios. Todo mundo trabalhando em hora extra para entregar o produto. As vendas crescendo, ou seja, o consumidor tá comprando. Isso que nem começou ainda o novo Auxílio Brasil.
Isso explica as recepções que o presidente está tendo no Nordeste. Em Recife, no fim de semana, foi uma loucura. Em seguida foi para Belo Horizonte; antes estava no norte de Minas. Então, é o novo Brasil. Estou falando aqui porque o pessoal omite, esconde. A boa notícia é escondida. É uma coisa incrível que a boa notícia seja escondida.
Eu queria lembrar, porque é pitoresco. Presidente Bolsonaro, óbvio, se vai comemorar 200 anos da Independência, tem que ser uma grande comemoração. E a data nacional não é uma data militar. Data militar é o Dia do Soldado, 25 de Agosto. O 7 de Setembro é uma data cívica, vai se comemorar no país inteiro, em todas as casas desse país, em todos os carros desse país.
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Por que não fazer o 7 de Setembro em Copacabana?
Eu lembro, quando se comemorou o sesquicentenário, 150 anos, se trouxe o corpo de Pedro I, o príncipe que proclamou a Independência, que está depositado lá no monumento, no Riacho Ipiranga, em São Paulo. Agora vai vir o coração dele, que ficou em Portugal, porque ele é herói de Portugal também, lá ele é Pedro IV. Então, tem que comemorar. A Avenida Presidente Vargas fica longe do povo. Centro do Rio de Janeiro, pouca gente frequenta em feriado. Agora, Copacabana enche no réveillon, porque não fazer em Copacabana?
E a ministra Cármen Lúcia deu cinco dias para o Bolsonaro explicar por que sugere isso. Vai ter que perguntar para o prefeito do Rio de Janeiro, é a prefeitura que autoriza desfile em logradouro público municipal. Meu Deus do céu. Estamos discutindo a festa maior nacional. Teve uma juíza que não queria usar bandeira, agora mais uma. Não é iniciativa da Cármen Lúcia, ela nem pode tomar iniciativa nenhuma. É iniciativa de um partido que tem um senador e dois deputados. Incrível.