A PALAVRA DO EDITOR

Uma postagem que fiz em janeiro de 2019. Já lá se vão 5 anos…

* * *

DESCE DAÍ, SEU CORNO!

Ontem recebi telefonema do meu querido amigo Jessier Quirino, grande poeta nordestino e colunista do JBF, pra me contar mais uma das presepadas que ele vive presenciando lá na sua Itabaiana, interior da Paraíba.

Era a história de dois cabras comendo societariamente uma jaca, cada um ocupando um daqueles bancos de praça, emendados costa com costa.

A jaca no meio dos bancos e os dois cabras, frente a frente, enfiando os dedos na fruta com muito apetite, imensa harmonia e grande tranquilidade.

Jessier tem um imã que vive atraindo estas cenas interioranas bem peculiares. 

Cenas que ele retrata com muita maestria e talento em suas apresentações Brasil afora.

Mas a história que quero contar hoje não tem nada a ver com jaca.

Tem a ver com gaia.

Para os leitores de outras regiões, esclareço que “gaia” é a maneira nordestina de se referir a “galha”.

Galha outra coisa não é senão o chifre, o símbolo do corno, do cabra traído.

Quando se diz que “Fulano levou gaia“, é porque apareceu um Urso em sua vida.

“Urso” é a figura do gostosão, o comedor, o cabra que enrabou a mulher do corno.

Pois no mês de dezembro passado, Jessier me ligou e começou a falar do seu jeito habitual:

– Marrapaz!!!

E disse que havia acabado de passar um carro de som em frente à sua casa, tocando uma música arretada.

Uma música cuja letra falava na tentativa de suicídio de um corno, muito desgostoso com as gaias que havia levado da mulher chifreira.

Jessier mora numa movimentada rua no centro da cidade, onde acontece de tudo e por onde tudo passa.

Uma rua que ele costuma chamar de a “Times Square de Itabaiana“.

Ou a “Champs Elysee de Itabaiana“.

Pois Jessier me resumiu a letra da música e eu achei arretado aquele enredo.

Pesquisei na internet e encontrei rapidinho.

É esta obra-prima que vocês vão ouvir no vídeo abaixo.

Uma excelente semana pra todos os amigos que frequentam esta gazeta escrota!!!

4 pensou em “REPUBLICANDO PRA COMEÇAR A SEMANA

  1. Marrapaiz, só Jessier mesmo pra arrumar essas presepadas!!!
    E como ele mesmo diz: “Dirmantelo pra ser dirmantelo tem que ser bem dirmantelado!”
    hahahahahahahahahahahahahahaha!!!

  2. Adorei o causo contado pelo poeta Jessier Quirino e a música postada por você, querido Editor Luiz Berto! Ainda não parei de rir…

    O corno-cuscuz é o tipo mais comum que existe. Prefere abafar o caso, como se faz com cuscuz, e ainda diz: ” “A mulher é minha e ninguém tem nada a ver com isso. ” Para comover a mulher, ensaia se matar, mas fica só no ensaio. Considera a chifreira uma santa!!!kkkkk

    Uma ótima semana!

  3. Essa música em Palmares, fez o maior sucesso. Os cornos. Era uma festa só. A final de contas, corno também é feliz. Jessier Quirino é um grande pesquisador, das histórias do nosso Nordeste brasileiro..

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