Está chegando o mês de Junho e o São João se anuncia. O tocador está sem tocar, a Sanfona está calada. O Sanfoneiro repousa, mas suas mãos recusam o descanso e brincam acariciando o instrumento há tanto tempo parado. As teclas parecem entender esse reencontro e respondem ao carinho recebido da mão direita. A outra, a esquerda, ternurando a baixaria, igualmente cede ao afeto e passeia sobre os botões. Enfim, dedos liberados, encontram-se as mãos num arrasta-pé bem São João, do jeito que deve ser. E se não houvesse a música? E se não houvesse a sanfona? Que seria do baião? Viva a Festa, e Salve o Sanfoneiro, dono das mãos que tocam e afagam o coração e a alma do povo que aprecia o que é bom. ‘Seu’ Luiz, lá de cima, ao lado do ‘Nenén’ Domingos e do Mestre Sivuca, agradece e olha pelos que abraçam o acordeon junto ao peito para que a emoção, em nome da Poesia, se misture à alegria do povo. Outros São Joões virão e a gente vai voltar a ‘olhar pro céu’ e ver como ele está lindo.
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E a sanfonas, pelas mãos mágicas de Xico Bizerra, voltam a brilhar. Antecedendo o São João. Viva o fole. E viva p gênio de Xico Bizerra.
Comovente demais esse seu texto, mestre Xico Bizerra.
Que os Santos Sanfoneiros, lá do Alto.
Com a permissão do Nosso Senhor.
Acabe logo com esse “Descanso Forçado do Sanfoneiro”
E libere, o quanto antes, não só São João. Como também, São Pedro e Santo Antônio.
Que saiam das suas clausuras e vão animar junto ao povo, os festejos juninos.
Feliz homenagem, Xico aos mestres com carinho!
Só uma poeta da sua sensibilidade é capaz de nos contemplar essa Festa do Forró. Festa essa que sempre existe em nós.
Parabéns, poeta!
Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Sivuca estão nas poeiras nas estrelas fazendo a festa para nós na homenagem de Bizerra!