Esse tipo de descontrole precisa ser coibido com rigidez
Hoje a crônica será diferente. Com objetivo puramente reflexivo – sem pretender ser a “palmatória do mundo”, tampouco assumir posição do Conselheiro Tutelar que o Estado impôs dentro da sua casa lhe retirando a necessária autoridade para imposição de limites e corretivos.
Não se iludam. Eu também fui criança e bastante “afuleimada”. Minha mãe soube me corrigir (sem ser doutora em nada!) quando se fez necessário. Os limites impostos à força fizeram de mim um jovem comedido, um adulto responsável (nunca tive nenhum vício do qual tenha me tornado dependente. Minto: fiquei viciado em mulher – e isso que fez não gostar de homem), e um pai cumpridor dos seus deveres e responsabilidades. Claro que jamais serei um primor de criatura. Mas meus filhos (5) me respeitam. Eu os ensinei a fazer isso – extensivo às demais pessoas.
Tudo começa dentro da própria casa. Muitos pais (e mães) são coniventes com a falta de educação dos filhos. Não dominam, não impõem limites e depois vão reclamar ao Papa Chiquinho, ou culpar a ministra Damares.
– Mãããããeeeee, o Dudé tá me dando cotôco!
Esse é o enredo que Kátia faz à mãe. Ela pouco dá atenção, pois está dedilhando o telefone celular no “zap-zap”, ou fofocando no Facebook.
Não podemos deixar fora dessa conivência, o pai que não “tem tempo” para dedicar aos filhos, num passeio, numa viagem ou até mesmo numa brincadeira em casa – mas tem “tempo de sobra” para enxugar uma gelada com os amigos, onde vê o jogo de futebol do seu time preferido.
Ou não é assim?!
É. E é mesmo!
Beatriz de castigo – debochou da irmã mostrando a língua
Não. Não me venham com chorumelas. As crianças não mudam nunca. Serão sempre as mesmas. Ranhetas, ciumentas, possessivas, achando que merecem todo tipo de atenção especial e favorecimento.
Os pais e mães que mudaram. Viraram uns panacas, achando que são obrigados a seguir um tal de “politicamente correto”, além de quererem transferir para a escola, o papel da educação dos filhos. A escola, repito: escolariza. Ensina português, matemática, geografia e história. A matéria “educação” é da grade curricular dos pais.
O que realmente faz a escola dos dias atuais?
A escola atual é diferente da escola antiga. O dia na escola antiga começava com os alunos em reunião de formandos, cantando o Hino Nacional Brasileiro do início ao fim. Os professores passavam “revista” para ver se realmente todos estavam cantando. Era uma aula de civismo e patriotismo. Diferente de hoje, quando a “professora” passou a ser chamada de “tia”, criando uma intimidade prejudicial ao convívio e ao respeito.
Seria por isso que pais e mães idiotas/imbecis, em vez de apoiar algo que certamente lhes beneficiariam no papel da necessária imposição de limites, se posicionam contra os colégios de orientação militar?
Ou seria por que o “gênio” Paulo Freire sequer é citado nesses tipos de escolas?
Ou seria por que essas escolas não aceitam crianças com tatuagens, brincos, piercings e outros penduricalhos que os próprios pais presenteiam os filhos?
Dudé ficou de castigo por mostrar “cotôco” para a irmã
Num fechamento consensual, o que se consegue ver é que a cada dia a sociedade e a família se afastam da escola e da parceria na escolarização e educação dos filhos. Se distanciam por contam da idiotice do “politicamente correto”.
Estamos falando do hoje chamado Ensino Fundamental, que deveria ser um preparatório para um futuro ensino universitário.
Com certeza não é isso que está acontecendo. O jovem chega à Universidade, sem saber com certeza à qual gênero pertence (masculino ou feminino). Não será fácil se decidir pelo homossexualismo.
É. É isso, sim.
Nenhum menino nasce para ser baitola, fresco, boiola, queimador de rosca ou, como preferem os realmente afrescalhados, gay. Nenhuma menina nasce para ser lésbica ou sapatão. As sementinhas, infelizmente, são plantadas, adubadas e regadas no recôndito dos lares, onde tudo é possível e permitido – os pais são coniventes e viram também “tios e tias”.
Quando todos sentam à mesa para as refeições, meninos e meninas, sentam na cadeira com o joelho dobrado e sequer viram o prato. O celular é o que está servido – e nenhum pai ou mãe fala porra nenhuma. Ou não é assim?
Se limites não forem impostos, jamais haverá chance para mudança. E cada pai/mãe colherá os frutos da semente plantada.
Zé Ramos, concordo com tudo.
E faria as mesmas perguntas que você fez aí na coluna.
Jesus (Maria e José), sabendo que não sou ou jamais serei a palmatória do mundo, não aceito essa viadagem do politicamente correto – que nada mais é que o escancaramento das portas das nossas casas para a ideias difundidas pelo Estado com a intenção de nos tirar o direito (e a obrigação) de educar nossos filhos da mesma forma como fomos educados. Repito: quem faz o filho gay, baitola ou a filha lésbica ou sapatão é a leniência dos pais (reforçada pelas mães).
Zé Ramos, hoje tudo mudou. Há inúmeras facilidades, mas os benefícios são questionáveis
Maurício, sei disso perfeitamente. Eu fui criança “danada” e agora sou pai. Infelizmente, essas mudanças que você citou, foram para pior. para contaminar a família – e isso amigo, no meu entendimento, nada tem com a situação política do país. Você não acredita que, em muitos lugares desses interiores brasileiros, onde não chegou o “desenvolvimento”, as famílias continuam vivendo com os mesmos valores? Tipo: bom dia, muito obrigado, pai dá licença, mãe me desculpa?
O fato que eu acredito, é que a escola de hoje não tá servindo pra porra nenhuma.
Texto claro , perfeito , como os de Roque Nunes , Maurício Assuero , Adonis Oliveira , entre outros .É preciso ter coragem e escrever a verdade , porque a má informação acaba por afetar a todos. Tem um camarada aqui que escreveu que o país não investe nos estudantes o tanto que investe em políticos.
Mas quem deve ” investir ” no estudante é o pai e a mãe . Governo não põe filho no mundo , mas deve investir em ensino .
E provavelmente investe nosso dinheiro nisto , porém há os profissionais do desvio , nas diretorias de ensino , diretores de escola , professores . Quem não sabe das mancadas que muitos dão ? , quanto dinheiro do erário é gasto com “obras ” que não passam de merdas . E alguém leva o $eu , por certo . Se alguém reclama , aí os culpados se escondem nas leis absurdas que parecem ter sido feitas para se andar para trás . E aí veio o covid . E o que estava ruim piorou . E piorou porque quiseram que piorasse . Mas ainda não é tudo , como diz o letreiro de filmes , to be continued……………………………. .
Joaquim, tem alguém tentando fazer alguma coisa, mesmo sabendo que não vai adiantar nada. Assim como as escolas optam por ensinar algumas crianças, essas mesmas escolas sabem que, em casa ou fora da sala de aulas, a criança vai encontrar outro mundo. Meus três filhos do segundo casamento estudaram na mesma escola. No caso, pré-escola. Participávamos de tudo que a escola idealizava e propunha na parte prática. Em casa seguíamos a orientação da escola, colocando lixeiras para três tipos de dejetos (lixo). No dia da coleta do lixo pelo órgão da Prefeitura, na frente da nossa casa lá estavam os três tipos de sacos de lixo, visivelmente identificados. O gari pegava os três com uma única mão e colocava todos juntos dentro daquela prensa do carro da coleta. Isso não nos desanimava, pois tínhamos consciência que estávamos praticando em casa o que os filhos aprendiam na escola. Hoje não fazemos mais isso e tudo parece que foi bobagem. Quero dizer: se no texto escrevi que tudo começa dentro de casa, nesse caso do lixo, estávamos cumprindo com o nosso papel, complementando a educação dos filhos.
Pois é meu amigo , aqui tem gente também fazendo o que pode . Mesmo com outras obrigações a cumprir ainda sim o fazem. E escrevo isto porque os conheço . E também tem outros para fazer exatamente o contrário . Eliminaram o período noturno , verbas da educação foram parar em construções sem nexo algum . Mas aumentar o número de salas de aulas , a lei não permite. Quadras esportivas não cobertas , destruídas para fazer outra . Rampas para cadeirante onde nunca houve um . Fumódromos cobertos com folhas de zinco , cobertura barulhenta durante ventanias pois foram mal fixadas e um elenco de coisas que dá para fazer uma CPI séria.
É só juntar professores de péssima categoria , diretores , e uma secretaria estadual de ensino , acompanha de pais que vão pressionar funcionárias a colocar presenças aos faltosos para receberem o bolsa família e está feito o barraco . Mas se ao menos voltasse a educação aos filhos da maneira anterior , tirando é lógico os excessos , já estaríamos a meio caminho de resolver o problema educacional . Mas como disse , há leis …………………… .
Joaquim, isso sempre existiu, embora não sirva para tentar justificar nada. Essa é uma questão séria (construir, desconstruindo), mas eu tentei me referir ao aspecto do “ensino em si”. Claro que o abandono, a falta de condição física, a falta de qualificação do professorado, ao fim, tudo fará parte do somatório que “não dará resposta” ao ensino. Quando disse que “há alguém tentando fazer alguma coisa”, me referi, também, ao ITA, IME e outras escolas que primam pela qualidade do ensino.
Joaquim, obrigado pela referência, atrás de Roque, Adônis, etc. eu me sinto um jumento.
Você vai se sentir uma jumenta, com Polodoro atrás de você.
ahahahahahahahah