O tema é pra lá de vasto. Daria uma biblioteca imensa com seus tratados e estudos.
ETIMOLOGIA
O termo “escravo” não tem a ver com a cor. A palavra “slave” em inglês significa: eslavo e escravo; devido ao fato dos escravos no império bizantino serem eslavos brancos e de olhos azuis. Também vem do latim “sclavus”, que significa “pessoa que é propriedade de outra”, e de “slavus”, que significa “eslavo”, pois muitas pessoas desta etnia foram capturadas e escravizadas.
REGISTROS HISTÓRICOS
A escravidão é uma prática de tempos imemoráveis. A própria bíblia contem inúmeras passagens de relatos.
A sua história se confunde com a própria historia do homem. Desde a antiguidade, tribos ou povos vencidos em guerras, serviam como moeda de troca, que submetia os vencidos a trabalhos forçados pelos conquistadores. Há registros de escravidão do Oriente Médio (Antigo Oriente), bem como os Maias nas Américas que lançavam mão dos cativos para diversas funções. Embora possa haver confusão entre servidão e escravidão, a condição dos servos era distinta da dos escravos.
Na África, existem registros de utilização de mão de obra escrava há pelo menos uns 4mil anos. Africanos de tribos vencedoras podiam vender os subjugados, por conta de crime cometido ou quitação de dividas, já que o escravos era uma espécie de moeda corrente, dinheiro vivo.
Em suma, todos os povos vencidos em guerras de qualquer natureza, os vencidos eram subjugados/ escravizados, independente de sua raça, cor da pele, credo, etc. O homem utiliza a escravidão do vencido, como troféu.
Por mais irônico que possa parecer, dizia-se que os escravos que saíram da África se libertaram a si e seus descendentes da escravidão local para outras plagas.
ESCRAVIDÃO ATUAL
A nova definição de escravidão foi alterada e abrange trabalho análogo à escravidão e tráfico de humanos para fins sexuais, comércio de órgãos, situações em que o salário é menor do que supostas dívidas cobradas pelo “dono”, juntamente com o cerceamento do direito de ir e vir, é claro.
BRASIL – LEGISLAÇÃO – CRIME HEDIONDO
“SITUAÇÃO ANÁLOGA” = Por aqui, no Brasil, conforme relato do Ministério Público do Trabalho (recebe em média mil denuncias por ano), foram resgatadas algo em torno de 45 mil pessoas, entre 2003 e 2018, em situação análoga à escravidão, principalmente na área rural.
Está em andamento a elaboração a ser enviada ao Senado, de anteprojeto do novo Código Penal, constituída por uma comissão de juristas, que será enviado ao Senado, que decidiu acrescentar a lista dos chamados crimes hediondos. Nele, inserido o trabalho escravo e racismo. Pela Constituição, os crimes hediondos não dão direito a fiança ou anistia. Nem progressão da pena.
ESCRAVIDÃO MODERNA
Atualmente, somos considerados “escravos”. Principalmente se considerarmos que somos reféns dos políticos e das políticas públicas, mormente a tributação de impostos em geral. Isso também é uma forma de escravidão.
Conforme observações e estudos da ONU, há nítidos sinais de que a escravidão evoluiu e se manifesta em diferentes matizes ao longo da história. Existe o empenho de vários órgãos que visam a erradicação das formas contemporâneas de escravidão, tais como exploração sexual, tráfico de pessoas, casamento forçado e recrutamento forçado de crianças para uso em conflitos armados. A atual guerra entre Rússia e Ucrânia é um exemplo. Embora pouco divulgado pela imprensa parcial e oportunista.
HUMILHAÇÃO – VENDA DE ESCRAVOS – LEILÃO
Acredite, em pleno 2022, a África ainda tem escravos á venda e há um silencio sepulcral da mídia e de órgão governamentais sobre este drama.
Milhares de pessoas ainda sofrem com o fantasma da escravidão. No Sudão, por exemplo, qualquer um, por módicos 30 ou 50 dólares, pode adquirir um escravo à venda nos mercados típicos, conforme registros de Membros da Solidariedade Cristã Internacional, que negocia algumas libertações de escravos no Sudão. Dados de pesquisa da Global Slavery Index , indicam que mais de 40 milhões de pessoas espalhadas pelo mundo, vivem nessa situação. A prática ainda é comum no Camboja, Paquistão, Afeganistão, Irã, Sudão do Sul, Etiópia, Somália, Mauritânia, etc.
O MAU EXEMPLO DO SUDÃO
Mulheres e crianças do sul do país são capturados, levados para o norte e forçados a trabalhar, segundo relatos de grupos de defesa dos direitos humanos, a maioria trabalhando para muçulmanos nas Províncias de Darfur e Kordofan. Há relatos tenebrosos de violência, mutilações, estupros e assassinatos. Em algumas regiões, as vítimas são escravizadas por simplesmente serem cristãos. Constantes guerras civis na região, propiciam a degradante prática as etnias/tribos vencidas.
PREÇO DA LIBERDADE?
A ONG Solidariedade Cristã Internacional (SCI) de defesa dos direitos humanos, com sede EM Genebra, na Suíça, afirma ter libertado mais de 11 mil cativos desde 1995. “Pagamos em geral US$ 33 por pessoa, o preço de duas cabras, em dinheiro”, diz o presidente da SCI, Hans Stuckelberger.
Circulo Vicioso – “Com até US$ 50 por escravo em um país em que a maior parte das pessoas sobrevive com menos de US$ 1 por dia, essa prática estimula o tráfico e a criminalidade”, diz o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência).
Baseado nestas premissas, alguns analistas criticam esta prática de compra de escravos para depois libertá-los. Afirmam que tal procedimento estimula o deplorável comércio.
FORMAS DE ESCRAVIDÃO EXPLORAÇÃO
Mesmo consignada como crime, a escravidão ocorre em vários países, sob a complacência hipócrita de políticos e políticas locais. Pessoas usadas para o tráfico de drogas e armas, tráfico de pessoas para prostituição , mercado negro de órgãos , trabalho escravo de ordem fabril, pesca ou agro. E não é apenas a cor da cútis que devemos nos preocupar, mas com um sentimento perverso, degenerado, presunçoso de superioridade de um povo para com outro. (exemplo do massacre da tribo Hutus sobre o Tutsis em Ruanda na África, e como os Hutus chamavam os Tutsis? De ” baratas”!).
Mas as pessoas teimam em só discutir algumas linhas sobre a “história da escravidão”, o passado da escravidão. Sem se ater que ela existe, é cruel e atuante. Convocamos os indignados de plantão, ONGs, e demais órgãos espalhados pelo planeta, a se manifestarem efetivamente sobre a situação da escravidão atual, que ainda existe em várias partes do mundo.
VALORES CRISTÃOS
Num mundo onde são aviltados valores como honra, amor-próprio, dignidade, orgulho, brio, integridade… não desdenhamos em procurar banalizar a escravidão de negros, mas mostrar ao mundo vários fatos históricos. Vale lembrar que negros também tiveram escravos, que brancos também foram escravos, e que esse comportamento deplorável só teve fim justamente no Ocidente graças a valores liberais e cristãos.
Com a escravidão ainda latente nos dias atuais, como podemos aceitar que o ser, dito humano, leve o seu semelhante, o seu próximo, a experimentar aflição, dor, tristeza, padecimento, angústia, pesar, agonia…