O senador Renan Calheiros (MDB-AL)
A Polícia Federal indiciou o senador Renan Calheiros (MDB-AL), o senador Eduardo Braga (MDB-AM), e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR). Isto porque no tempo em que Romero Jucá era senador, os três teriam recebido propina de uma farmacêutica para atuar a favor dos interesses da empresa no Senado Federal, em votações.
Todos eles alegam que é um absurdo, e a farmacêutica diz que já foi feito um acordo. Mesmo assim, eles foram denunciados por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
No Supremo, o caso foi para o ministro Edson Fachin, que é o relator do processo, e vai mandar para a Procuradoria Geral da República (PGR), que por sua vez irá decidir se denuncia, ou não, os três. Só que aqui tem uma diferença: Romero Jucá não é mais senador, então o caso vai para a primeira instância. Mas espera aí… na época do crime, ele era senador, então, fica estranho. Os outros dois vão para o Supremo. Inclusive, o senador Renan Calheiros já tem mais coisas lá no Supremo.
É essa a questão de fundo sobre por que Rodrigo Pacheco nem quer ouvir falar em impeachment de ministro do supremo. Porque há esses interesses recíprocos: um julga o outro e o outro julga o um. Aí não dá, empata. Se anulam essas forças, não dá certo.
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Bom, um outro assunto…
O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) já estava indiciado no Conselho de Ética porque retirou a pontapés uma pessoa do MBL de uma reunião na Câmara. Isso mesmo, a pontapés, agredindo.
E agora ele foi lá na reitoria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que estava ocupada por estudantes há um tempo enorme, para impedir a ação da polícia que foi autorizada por uma juíza a retirá-los à força. Foi preso. Esse é o deputado Glauber Braga.
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Sobre o IBGE
Você sabe que tudo que o IBGE faz é estatística. Isso é uma ciência e o Banco Central se baseia nessa estatística para determinar a taxa básica de juros, por exemplo. A estatística é a base da administração financeira e econômica deste país. É algo muito sério. E agora os funcionários de carreira do IBGE não querem mais saber do Márcio Pochmann, presidente do Instituto.
Eu não me surpreendo com isso. Porque ele era conhecido assim como meio trapalhão e está chefiando o IBGE por indicação de Lula. Vamos ver o que vai dar nisso.
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Outra questão
Um sujeito que assumiu o governo de Mato Grosso do Sul por 33 dias, em 1991, o Sr. Moisés Feltrin entrou na Justiça porque cortaram a pensão dele para ganhar a pensão mensal de ex-governador de R$ 30.872,00 dos nossos impostos. É muito cara de pau. E é muito leizinha favorável. Gente, eu não sei se isso acontece em outros países, em países sérios.
Se o sujeito vai lá para governar, ele está se doando. Poderia até ter uma ajuda, uma espécie assim de quarentena, até que ele ficasse bem desligado do governo por uns cinco anos. Mas o sujeito foi por 33 dias, em 1991. Imagina se ele tivesse ficado 3 dias. Seria a mesma coisa, a mesma lei? É um absurdo.