CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

Berto

Quando rebentou a revolução ou golpe militar de 1964 eu servia no Recife.

Saiu hoje essa nota no Cláudio Humberto, alguns fubânicos vão gostar de saber dessa história.

Eu vivia quebrando o galho dos presos políticos.

Um abraço

* * *

CARCEREIRO GENTIL

Preso em 1964, Francisco Julião, das Ligas Camponesas, foi metido num cubículo da 2ª Companhia de Guardas, no Recife. Ele não passava bem e um oficial do Exército chamou um médico, que prescreveu apenas alimentação decente. Gentil, todos os dias o militar “contrabandeava” um litro de leite para Julião. E ainda lhe fez uma surpresa: levou-o para o banho, certo dia, para um inesperado encontro com outro preso político, Paulo Freire. Trocaram abraço, palavras, força. O oficial, o alagoano Carlito Lima, relatou a história em seu livro “Confissões de um capitão” (Garamond, Rio), prefaciado pelo ex-líder estudantil Vladimir Palmeira.

8 pensou em “CARLITO LIMA – MACEIÓ-AL

  1. Carlito, a bondade e a compaixão não usam patentes.
    São coisas de um coração respeitando apenas a hierarquia da caridade.
    E só!

  2. Tenho, na minha estante, esse livro do Carlito, autografado pelo autor, meu amigo desde os tempos lendários dos “Meninos da Avenida”, décadas de 50/60 do século passado.

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