A PALAVRA DO EDITOR

Quando se fala em capitalismo, fica evidente que o foco do tema é a propriedade privada dos meios de produção, lucros, acúmulo de riquezas modernização tecnológica e crescimento econômico. Fora estes itens primordiais, deve-se acrescentar a acumulação de capital, o trabalho assalariado, a política de preços, o comércio da produção e a competição de mercado. O produtor mais eficiente, lógico, abocanha as melhores fatias na ferrenha concorrência.

Está claro que a tendência do sistema capitalista é dividir a sociedade em classes. No topo está a burguesia. A dona dos meios de produção. Logo abaixo, aparece o proletariado. São os trabalhadores que vendem a sua força de trabalho em troca de salário.

No meio dessa guerra capitalista, aparece o lado agrário. Os latifundiários contratam os camponeses para trabalhar a terra, fortalecendo a agricultura comercial. Donos de enormes extensões de terra, os empresários rurais se dedicam a explorar extensivamente os seus recursos.

O capitalismo surgiu por volta do século 13. O sistema veio com o propósito de competir com o feudalismo que dominava a Europa, dividida em vários feudos.

Com o passar dos tempos, o capitalismo se aprimorou e se estabeleceu em cidades voltadas para o comércio. A burguesia, cada vez mais fortalecida, implantou uma inovação. Incentivou a urbanização dos antigos burgos que recebeu vantajosa contribuição das Grandes Navegações.

Enquanto se expandia, o capitalismo ganhava dimensões. Passou do período inicial, baseado no acúmulo de matérias-primas para a posse dessas riquezas. Foi com essa ideia que o capitalismo antigo pulou para o Capitalismo Comercial. Fase identificada como Mercantilismo.

Ao estado mais forte, era assegurado o poderio de sair por aí para garantir dois objetivos na disputa pelos mercados internacionais. Acumulação de lucros e ter mais facilidade às matérias primas a preços baratos para baixar os custos, poder entrar na fase da produção de mercadorias manufaturadas, valorizar o metalismo, com o acúmulo de metais preciosos e manter a balança comercial altamente favorável, mediante o emprego da fórmula. Vender e exportar sempre mais, importar e comprar cada vez menos.

Está claro que nesse ínterim, o capitalismo já estava divido em três vertentes. Capitalismo comercial, industrial e o financeiro.

O século 18 trouxe algumas inovações no sistema econômico do capitalismo. As revoluções políticas e a tecnológica, introduziu novas técnicas de produção, substituíram o processo do mercantilismo.

A Revolução Industrial, iniciada na Grã-Bretanha, deu origem ao Capitalismo industrial. Os empresários, donos do capital e dos meios de produção, e a classe operária, denominada a força de trabalho, começaram e a se desentender. A causa eram os locais de trabalho, insalubres, estimulou o surgimento do movimento sindical.

Os sindicatos apareceram com a missão de defender os interesses dos trabalhadores que viviam subjugados às péssimas condições de trabalho e de vida. Então, combater as injustiças trabalhistas era e ainda é a missão do sindicato.

A sequência do sistema capitalista esbarrou no capitalismo financeiro que se estendeu até 1929. Época da famosa crise, conhecida como a Grande Depressão.

O movimento foi vigoroso. Trouxe muitas inovações. Monopólio, oligopólio, crescimento econômico e especulação financeira. O mercado financeiro cresceu sustentado pelas negociações com ações, moedas, empréstimos e financiamentos.

Depois da Segunda Guerra Mundial, os bancos e as empresas, de olho nos lucros, se unem para constituir as empresas multinacionais e transacionais que trabalhavam para se agigantarem.

A marca dessa fase do capitalismo é caracterizada pela negociação com ações das empresas, juros e títulos de dívidas.

Devido à forte concorrência entre as multinacionais, sempre de olho no lucro, surgiu o capitalismo selvagem.

A característica mais simples do capitalismo selvagem está marcada na acirrada competição entre as multinacionais. Como ninguém que perder espaço na concorrência, a luta pelo lucro é constante. Aí, o mais forte abocanha fatia maior na disputa financeiro, lógico.

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