A PALAVRA DO EDITOR

A Bolsa de Valores é a casa onde são negociadas as ações de empresas de capital aberto. O capital, formado por ações, é controlado por um conselho de contabilidade, cujos membros são escolhidos pelos acionistas.

Fazia um período que a Bolsa de Valores andava meio pra baixo, mas, de repente, deu uma guinada. Aconteceu uma reviravolta e as ações passaram a se valorizar diariamente, a ponto de atrair a volta de muitos investidores que se afastaram do ramo por justas razões. Mas, agora retornam e vibram com o novo lucrativo momento.

A mudança de comportamento da Bovespa, Bolsa de Valores de São Paulo, tem um significado importante. Quando está em alta, cria riqueza para o dono da ação. Significa que o preço das ações negociadas subiu. Quem tinha uma determinada ação, depois da alta da Bolsa, o preço do papel valorizou.

A função da Bolsa de Valores, associação civil, é dar transparência ao ambiente de negociação de valores mobiliários. Administrar o que é negociado, comprado ou vendido, de títulos mobiliários num mercado aberto e livre organizado pelos próprios membros participantes.

No cômputo geral, as altas da Bolsa de Valores têm um importante significado. Reflete otimismo no cenário nacional. Sinaliza a retomada da atividade econômica. Revela a saída do estado de letargia e de desconfiança que predomina na imagem do país, até então.

Nos Estados Unidos, onde mais da metade da população tem cultura suficiente para acreditar neste tipo de investimento, quando acontece alta do mercado de ações, o impacto econômico é altamente comemorado. Aliás, o comportamento do mercado de ações é quem define as decisões tomadas pelas autoridades responsáveis pela política monetária norte-americana.

Porém, quando o valor da ação cai, é dor de cabeça para o investidor. O brasileiro, ainda desinformado, se mantém incrédulo quanto ao desempenho do mercado de ações. Por isso, somente 1% da população costuma investir em ações.

Por desacreditar que, negociando ações de empresas na Bolsa, o investidor será beneficiado no futuro, a longo prazo. Já que negociar ações, pensado apenas em resultados imediatos, é sonho furado. Irreal.

Daí a dica para o bom investidor o negócio é comprar ações em baixa, aproveitando os momentos de crise, para usufruir de bons resultados, justamente quando a bolsa permanecer em alta. Como no presente momento.

O indicador do comportamento da Bolsa de Valores é um índice chamado Ibovespa. É o termômetro para analisar o comportamento da carteira de ações no Brasil. O indicador avalia o fechamento do dia em relação ao fechamento do dia anterior.

Ao fechar o ano de 2019, o Ibovespa apresenta uma alta de 31%. Um dos melhores resultados dos últimos três anos. O índice só perde para o do ano de 2016, quando apresentou uma alta de 38,94%.

Alguns fatores contribuíram para o bom desemprenho da Bolsa. Os juros baixos, a inflação sob controle, as reformas já aprovadas, a preparação para novos ajustes, o fiscal, o tributário e outros de efeito regulatórios, já engatilhados para novos debates.

Completam o incentivo para a compra de ações, a geração de emprego e a calmaria reinante no mercado global, especificamente o cenário de otimismo reinante no país.

O cenário não foi bom nos anos de 2015 e 2016. As causas são conhecidas. As interferências complexas e indefinidas, provenientes de decisões políticas e econômicas fora do esquema. Sobretudo, devido a recessão de 2016.

O responsável para acompanhar o registro das companhias abertas, da distribuição de valores mobiliários, do regulamento e da organização da Bolsa de Valores é a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão criado em 1976.

O que determina o sobe e desce constante do preço das ações na Bolsa de Valores é o mecanismo de oferta e procura. Caso uma ação se desvalorize, baixe de preço, aa causa é a exagerada oferta de ações. Muitos investidores oferecendo ações para venda. Enquanto poucos investidores se mostram interessados em comprar os papéis. Toda oferta maior do que a procura, tende a desvalorizar a ação. Com a perda de valor.

Felizmente, no fechamento da Bolsa de Valores em 2019, constatou-se alguns bons indicadores. A maior alta dos últimos três anos, o avantajado índice de mais de 117 mil pontos, a presença de 1,6 milhões de pessoas físicas.

A confirmação de que o brasileiro aprende a negociar na Bolsa. Nutre confiança neste tipo de investimento. Começa a perceber que, por enquanto, o país reinicia o passo da retomada econômica. Resta torcer para que essa euforia dure. Não se transforme em desespero, choro, decepção. Novamente. Como em passado recente.

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