Caro Berto,
Veja esta notícia publicada no “o antagonista” de hoje:
“Mario Frias precisa de acesso a um dicionário
Mario Frias, o secretário da Cultura de Jair Bolsonaro, conseguiu a proeza de errar a grafia da palavra “acesso”… [leia mais]”.
Ao ler notícias desse jaez, propaladas pelo “o antagonista”, sempre fico estarrecido com a forma abjeta de divulgação: com escárnio e eivadas de fofocas.
A meu sentir, no “o antagonista” nada há de jornalismo. Trata-se apenas de reles prática panfletária, que exalta a fofoca como o conteúdo mais relevante.
Esse “o antagonista” me faz lembrar muito a Candinha, conhecida fofoqueira da TV e do Rádio brasileiros dos anos 60; cuja coluna, “Mexericos da Candinha”, era publicada na “Revista do Rádio”.
A Coluna fez tanto sucesso que inspirou a brilhante dupla musical, Roberto Carlos e Erasmo Carlos, a fazer a música “Mexericos da Candinha”, imortalizada na bela voz do Rei Roberto Carlos.
A história se repete!
Mentalidade típica da “escola de Paulo Freire”. Posso até cometer enganos, mas “conjugação verbal” aprendi na escola de Anísio Teixeira. A professora, que ninguém a chamava de “tia”, ordenava: José, levante e conjugue o tempo tal do verbo tal. Se errasse, ela apenas corrigia – mas, o fato de levantar, conjugar e errar – fazia com que o estudante se mancasse! Era assim. E a fala da minha Avó, tá cada dia mais real: “tem estudante que não faz um “O” com uma quenga!”