Junho, mês de foguetório e festas populares está sendo bem interessante em Pindorama, apesar dos prognósticos nada animadores para a indiada que por aqui mora. Enchente no sul do país, endividamento sem controle, ministro ateu indo ao Papa pedindo para ele ser o “ombudsman” do mundo, cacique chamando assassinato de brasileiros por terroristas de “falecimento”, ministro supremo mandando prender a quem ele não vai com as fuças, a GESTAPO, digo, Polícia Federal fazendo o que bem entende, e por aí vai.
Mas, o que me chamou a atenção foi a dita compra internacional de arroz, autorizada pelo Ladrão Descondenado, para, supostamente, abastecer o mercado interno, alegando que a falta do produto nacional vai encarecer o produto, como se este não estivesse já caro, pela carga tributária colocada na carcunda do cidadão. Mas, o que me assustou é o volume e a montanha de dinheiro reservada para isso.
Diz o chefe da quadrilha, digo, o presidente da república – assim mesmo em minúsculo para homenagear o atual estado das coisas -, que reservou sete BILHÕES de reais para comprar um milhão de toneladas de arroz no mercado internacional. Nessa ruma de número aí, há duas coisas que me preocupa. A primeira é relativa ao valor em si, e a segunda diz respeito às intenções de se fazer isso.
Sete bilhões de reais para um milhão de toneladas de arroz é muito dinheiro, mas muito dinheiro mesmo. A não ser que aí esteja uma logística medonha que sairá mais cara que o produto em si, afora o pungente cheiro de falcatrua que está embutido nisso. Afinal o governo vai comprar por 25 reais o pacote de cinco quilo e vender a 20 reais. Não faz o menor sentido econômico, ou mesmo matemático essa ação. No passado isso era chamado de “câmbio português”, em que a operação gerava prejuízo, em vez de lucro. Noves fora os agrados, a lubrificação dos contatos, as facilidades e agrados para agilizar o processo, já vimos essa novela antes e o final foi tudo, menos feliz.
Essa situação é a de menor impacto nessa confusão toda. O que eu percebo, e não sei se os demais caetés, potiguaras, tupis e guaranis de Pindorama perceberam é o que está por trás dessa manobra. Lula está seguindo à risca a cartilha stalinista reservada para o agronegócio. Cartilha essa que foi usada por Fidel Castro em Cuba, Mao Tsé-Tung na China, e mais recentemente a dupla diabólica Hugo Chavez e Nicolás Maduro na Venezuela.
Lula já disse que o agronegócio brasileiro é fascista – será que o analfabeto de Garanhuns sabe o que é fascismo? -, e, portanto, precisa ser combatido. E está combatendo com eficiência, amparado na desculpa de frear o preço do arroz nas gôndolas de supermercados para que o povão possa ter acesso ao produto.
Na Venezuela, a começar por Hugo Chaves, e depois pelo Maduro, a primeira coisa que fizeram foi desestabilizar a produção agrícola do país, causando a famosa “insegurança alimentar” nas cidades. As interferências de Chavez e Maduro na produção agrícola venezuelana, ainda que aquela não conseguisse suprir as demandas do país, acabaram por desorganizar o setor, fazendo o produtor deixar de plantar e colher, pois estavam tendo prejuízo. As compras internacionais de produtos do agro desorganizaram a produção. Logo depois o governo alegando “falta de patriotismo” daqueles produtores, “expropriaram”, – palavra bonita para roubo, ou esbulho possessório -, as propriedades, colocaram seus comparsas para administrar essas propriedades, e elas foram de vez destruídas.
O segundo passo foi a intervenção na rede de distribuição – atacadistas, atravessadores, supermercados, mercados e mercearias de esquinas -, alegando sonegação, especulação e interesses escusos para ganhar mais as custas da fome da população. Quando houve a destruição desse setor, criou-se as cadernetas de alimentação, a distribuição de comida, desde que as pessoas beneficiadas estivessem inscritas em programas governamentais e apoiassem as manifestações do governo, e também, apoiassem e votassem no governo em todas as situações. Qualquer tentativa de oposição por parte da população e esta era cortada de receber sua “cesta básica” doada pelo governo que, intencionalmente destruiu a produção agrícola do país.
Analisando o panorama com uma distância adequada, pode-se ver que o governo Lula está aplicando à risca esse manual de destruição do setor mais competitivo, eficiente e lucrativo nacional. Um setor que emprega milhões de brasileiros, produz e utiliza tecnologia de ponta, põe comida barata na mesa do brasileiro. Mas, alguém pode dizer que a comida está cara, nas gôndolas do mercado. Está sim. Mas, de quem é a responsabilidade? Basta a gente ler o cupom fiscal que o vendedor entrega para a gente, isso mesmo, aquela notinha amarelada, cheia de letras miúdas. E ver, lá, que, o total de impostos, contribuições, taxas e intervenções respondem por quase 56% do valor final do produto.
Gastando como se não houvesse amanhã, empregando gente desqualificada, incompetente, preguiçosa e burra, o governo Lula está, pelo menos nesse ponto, cumprindo exatamente o que disse que iria fazer: destruir as bases da economia nacional, acabar com o agronegócio e transformar o Brasil em uma nação de indigentes e esmoleres estatal, que, até para limpar o rabo, vai depender da boa vontade do governo para que este forneça papel higiênico, quando tiver algo que expelir, óbvio, já que a insegurança alimentar e a fome será uma constante na vida do país.
E pronto! O cenário para o domínio total do país estará concretizado. Não pensem que o que o Lula está fazendo é fruto de uma preocupação com a segurança alimentar do brasileiro. Sua meta é a destruição do setor produtivo, roubo de quem produz e a inclusão de toda a população em uma horda de indigentes e pedintes que devem viver às custas do Estado. Foi assim na União Soviética, foi assim em Cuba, foi assim na Venezuela, e será assim no Brasil.
O que me preocupa é que, mesmo havendo jornalistas sérios e críticos, ainda não levantaram essa lebre para que a população fique de olho e não se deixe levar pela lorota do governo e sua preocupação com o desabastecimento de alimento do país. Corremos um grande risco. Só não vê essa situação dois tipos de pessoas: os canalhas que apoiam esse minueto, e os idiotas úteis que entrarão, também, na fila de pedintes e mendigos estatais em um futuro bem próximo.
Disse tudo nobre Roque, tem um texto acima aqui no JB do Laudeir de que um dos vencedores do leilão, é uma micro do Amapá com um capital acho que de 80 mil reais, vai importar mais de 736 milhões em arroz, deve ser um atravessador ganhando comissão, é o que se explica.
Isso mesmo Luiz. Tem caroço nesse arroz.
Não se esqueçam de que estamos entrando num grande chiqueiro.
Já entrei em muitos currais e chiqueiros, sempre de botas porque só tem muita merda.
Ninguém espera encontrar pérolas lá.
Só o povo ingênuo acha que Lule vai fazer o milagre do risoto baratinho.
Pois então meu caro Luiz…..e assim banânia vai caminhando rumo ao abismo e à mendicância estatal.
Meu querido Roque Nunes, parabéns pelo texto. Abraço grande.
Um dos principais escândalos no Brasil atual é a quantidade de setores coniventes com o que acontece no Afeganistil.
Obrigado e parabéns, Dr. Roque Nunes!