CORRESPONDÊNCIA RECEBIDA

Caro Berto,

Começa a circular pelas águas mágicas da Internet/WhatSapp uma advertência que bem merece uma reflexão mais acurada, quando diz que “se você nunca entendeu as motivações por trás da chamada “reforma administrativa”, a CPI da Covid nos deu uma rica ilustração de uma delas. Servidor público concursado, qualificado e com estabilidade é uma dor de cabeça pra quem deseja corromper as instituições.” (André Roncaglia).

Essa advertência, digamos, levou-me a algumas digressões sobre aspectos ou segmentos da via crucis que estamos vivenciando, notadamente os procedimentos que têm afligido considerável parcela de nossa sociedade.

E essa aflição tornou-se mais intensa, com a expectativa de que a advertência contida nessa reflexão esteja se tornando cada vez mais inócua, levando-nos a um estado de quase estupefação, com a atitude de tolerância ou silêncio obsequioso, como nos parece, de um dos segmentos mais significativos de nossa sociedade – o Judiciário, face ao verdadeiro negativismo a que está sendo levado pelo negativismo que torna letra morta a advertência contida na abertura desta reflexão.

Francamente não consigo entender, agora mais que nunca, ao refletir sobre o que o André Roncaglia diz, como servidores públicos concursados, dotados de alta qualificação intelectual e profissional que os fez vencedores de uma disputa acirrada, que premiou o mérito, como os Juízes de Direito, se curvam às diatribes de um pequeno grupo que ingressou nessa seleta corporação por meios que, no mínimo, jogam na lata de lixo, todo o esforço e qualificação que lhes foi exigido para nela ingressar.

E mais.

Temo, então, que essa tolerância acabe por tornar realidade aquela afirmação de Millôr Fernandes, quando diz que “A Justiça é cega, sua balança desregulada e sua espada sem fio.”

Ai de nós!!!

2 pensou em “ARAEL COSTA – JOÃO PESSOA-PE

  1. Caro Arael,

    Gostei de sua “diabrite”, vocábulo que eu desconhecia nos verbetes que já vasculhei no Aurelião.

    E melhor ainda foi a cômica citação do saudoso Milor, paara ilustrar seu escrito tão oportuno.

    Um abraço,

    Carlos Eduardo

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