A PALAVRA DO EDITOR

Prepare seu kit com alho e crucifixo e dê de garra de um pé de coelho e não se separe de maneira alguma da cruz da caravaca para não ter nenhum susto ao se confrontar com pessoas de maus olhados, dentes salientes e pontudos e que sente o cheiro de sangue a quilômetros de distância, como também perder o medo da viagem que, juntos, vamos fazer a TRANSILVÂNIA para conhecer a história de Vlad, o autêntico Conde Drácula. Para isso, vamos seguir os rastros do genuíno VLAD III, com destino a Romênia que é a verdadeira história do verdadeiro Conde Drácula, segundo nos afirma o historiador Sam raimi.

Não foi uma estaca de madeira ou a luz do sol que matou o Conde Drácula (Cristopher Lee), mas problemas respiratórios e o coração em frangalhos em seus 93 anos. Entre tantos papéis que desempenhou em sua longa carreira Cristopher entrou para a história do cinema pela dezena de filmes em que ele interpretou Drácula durante 20 anos. Culto, Cristopher Lee falava fluentemente oito idiomas, incluindo línguas difíceis como alemã, russa e grega. Ele media 1,96m de altura. Muitos acham que ele foi quem melhor desempenhou o personagem Drácula nos filmes de vampiro. Cristipher Lee morreu em 2015 aos 93 anos de idade e como diz o jornalista André Barcinski, até o fim da vida Cristopher Lee tocou o terror.

Películas de vampiro que se assistiam na penumbra no escurinho do cinema sem sir Christopher Lee é como retirar Marlon Brando e Al Pacino da película “O Poderoso Chefão”. Ele brilhou – sim, brilhou, pois era bom ator, apesar daquele jeitão de canastrão. Lee tirou de Béla Lugosi seu estilo. Introduziu o olhar sexy. Lugosi tinha um olhar de psicopata. E depois de Lee o vampiro era algo realmente sobrenatural. No cinema mudo do realizador Murnau, Lugosi era monstro e feio. Lee o oposto. Os que vieram depois não conseguem superá-lo.

Afinal de contas, quem foi BÉLA LUGOSI? Lugosi foi outro ícone do terror. Caracterizou-se como o principal representante do terror. Aliás, o gênero terror como também os filmes de dráculas ou vampiros são amplos no cinema mundial. Com subgêneros que vão da sátira ao malogro ou até mesmo fracasso e insucesso, o terror possui grandes estrelas que o representam, sendo a principal delas o ator húngaro Béla Lugosi que foi outro ícone do terror. O ator húngaro, fugiu de Budapeste, na primeira guerra mundial e acabou parando, clandestinamente, em Nova Orleans. O ator já havia feito aparições no cinema, antes de encarnar o personagem Drácula, papel que o eternizaria e que o seguiu com resultado positivo de sua interpretação do grande vampiro, continuou protagonizando filmes de terror, como O Corvo (1935) e O Filho de Frankenstein (1939).

Quanto a Christopher Lee, ele foi um dos atores mais prolíficos da história do cinema. É reconhecido especialmente por seus papéis de vilões, dentre os quais Frankenstein, A Múmia, Conde Dooku, Francisco Scaramanga e Drácula. Lee nasceu na Inglaterra em 1922. Na fantástica trajetória de sua carreira, Lee adquiriu um vasto repertório de conquistas e habilidades. Atuou em mais de 250 filmes. Ainda hoje Lee é considerado o “Eterno Drácula”, título que o consagrou. Essa consideração, no entanto, não o agrada. Numa entrevista dada antes da estreia mundial de A Sociedade do Anel (2001), ele respondeu ao repórter que tocou no assunto: “POR QUE SEMPRE TEMOS QUE VOLTAR AO DRÁCULA? NÃO TEM POR QUÊ!”. Realmente, não existem muitas razões para Lee ficar feliz por esse foco da mídia em um único personagem, levando em conta o seu imenso portfólio.

Por sua longa vida destacou-se muito bem nas artes. Dos profissionais de ópera que atuavam na Suécia, dizia-se que Lee era o cantor mais talentoso da época. Mas havia um problema: o salário era extremamente irrisório. Por insuficiência financeira, ele desanimou da perspectiva de cantar. Mesmo assim, ele continuou investindo em sua voz. Como músico, Lee atingiu um marco histórico surpreendente: ser o vocalista mais velho da história a compor um álbum de Metal, com 92 anos de idade. Muito elogiado pela crítica especializada. Christopher Lee foi um mestre da música clássica. No vídeo abaixo tem-se uma boa noção do alcance de seu timbre vocal.

9 pensou em “AO ANOITECER: AMOR À PRIMEIRA MORDIDA…

  1. Caríssimo Altamir.

    Diante deste artigo magnífico, me senti obrigado a manifestar a
    minha grande apreciação pelo seu excepcional talento e conhecimento
    do cinema em todos os ângulos da sétima arte.,.

    Sempre fui fan de Christopher Lee, mas desconhecia todas as informações
    que o amigo postou em seu ótimo artigo.

    O vídeo é simplesmente SENSACIONAL.

    Como diziam os sábios antigos, ” Quem sabe constroi o seu castelo, quem
    nada sabe, JOGA PEDRAS, para destruir.

  2. Caríssimo Altamir Pinheiro,

    A presença de Christopher Lee no papel de Drácula por si só se impõe pela versatilidade com que o ator dar vida ao personagem criado pelo autor irlandês Bram Stoker, no século XIX.

    O retrato pintado pelo mestre do Eterno Drácula me faz lembrar o capítulo que o mestre escreveu sobre JOHN FORD E SERGIO LEONE para o livro NO ESCURINHO DO CINEMA, preste a ser lançado.

    Isso vale um abraço companheiro.

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