A PALAVRA DO EDITOR

Dedicado ao amigo Adônis

Contrariando o pensamento da direita conservadora e, por vezes, fascista (fascista quando se imbui de valores preconceituosos, como os homofóbicos, racistas, misóginos e xenofóbicos, autoritários e armamentistas, apego a políticas excludentes, exarcebamento nacionalista e religioso, dentre outros atrasos mentais), tenho defendido que a aparente piora do ensino no Brasil tem, dentre outras, causa na expansão do acesso à escola.

Quando antes os que podiam frequentar os níveis médios e superiores eram quase exclusivamente os jovens vindos das classes mais altas da sociedade, trazendo do lar a educação, os conhecimentos e a sofisticação social, e que tinham a seu dispor os recursos para frequentarem as melhores escolas, adquirirem livros e demais materiais de alto custo, fazerem complementação no exterior, e outras vantagens, os professores se deparavam com alunos de boas bases, atuais e anteriores.

Com a abertura dessas escolas e universidades aos mais pobres, alguns fenômenos ocorreram: ampliação do número de escolas e de vagas, aumento da demanda de professores, diminuição dos recursos didáticos e relativa pulverização dos recursos financeiros, com queda na qualidade dos docentes e também dos alunos, o que redundou, por comparação, em acreditar-se que os jovens das universidades se tornaram menos inteligentes.

Tendo feito essas observações, fui entendido como defensor de que “que todo o tipo de retardado mental tem “Direito” de estudar em faculdade, e que nós temos a “Obrigação” de sustentar esta malta de jumentos a pão de ló” (Adônis Oliveira).

Oquei, isso também! Mas, como expliquei, não é esse o conteúdo do que defendo, embora seja fato que sou favorável ao acesso à escola, inclusive universidades, por quem queira e não apenas, como a.L. (antes de Lula), apenas por quem possa – o que fatalmente incluirá os menos aquinhoados por coeficiente de inteligência.

Cabe às instituições e aos professores enfrentar essa singularidade decorrente de políticas inclusivas e da melhor distribuição da riqueza nacional, no sentido inverso do abandono dos jovens pobres a sua própria sorte.

Isso posto, pretendo comentar o robusto artigo DEMOCRACIA E LIBERALISMO que o antes citado Adônis Oliveira publicou no Jornal da Besta Fubana do dia 10 de janeiro de 2021, na sua coluna Língua Ferina (e como!), e que me deu a honra de dedicar a mim.

Em comentários a esse texto, ele garante que “a gênese deste artigo se deveu ao fato do Goiano” (eu, que assim fui batizado) ter tentado me convencê-lo de que todo o tipo de retardado mental tem direito de estudar em faculdade, e que os professores e a sociedade têm a obrigação de sustentar tal “malta de jumentos a pão de ló”.

Aquele autor assegura que eu distorci “brutalmente as palavras de nosso Mestre Jesus, quando este disse: – Bem aventurados os pobres de espírito!”; e que, segundo eu, os “pobres de espírito” seriam os imbecis, os idiotas, os parvos, mentecaptos, e todos os demais tipos de retardados mentais; e completa: “seara preferencial onde os comunas vão amealhar neófitos para a maldita seita satânica deles, quando o sentido dado pelo Mestre foi de humildes, simples, modestos”.

Quem está acompanhando já percebeu que quem distorceu as coisas foi Adônis Oliveira, porque eu não disse o que ele disse que eu disse, isto é, eu defendo, como esquerdista que sou, o acesso ao ensino superior de todos, inclusive os pobres, de espírito e de dinheiro – sejam humildes, simples, e modestos ou não (passo a bola a Adônis no que ele a meu respeito disse: “Esta é a tática principal dos sofistas: Distorcer o sentido das palavras ou usar-lhes seu duplo sentido”)…

Também almejo, ainda como esquerdista que sou e insisto em classificar-me, que as classes mais pobres possam voltar a tomar iogurte, comer frango e andar de avião, dentre outros direitos que lhes são recusadas ou escamoteadas.

Continuando:

Adônis, como transcrevi acima, diz que a seara preferencial onde “os comunas” vão amealhar neófitos para a maldita seita satânica deles são os imbecis, os idiotas, os parvos, mentecaptos, e todos os demais tipos de retardados mentais. 

Primeiro, considerar o comunismo uma seita satânica é para mim algo inédito, haja força de expressão.

E, por último, imagino que, na visão comum, em razão de “onde” se disse que os seguidores do comunismo são amealhados, os comunistas são imbecis, idiotas, parvos, mentecaptos e retardados mentais – os quais, por sua vez, concluo, na visão adonisíaca, são os atuais estudantes das universidades que a esquerda pôs para dentro, ao ampliar o acesso dos pobres ao ensino.

Adônis não pensa só isso dos comunistas: depois de fazer um interessante apanhado da filosofia sofista, bem útil para fins didáticos, ele jura por Deus do céu que o progresso visado pelos comunistasé o retorno a formas de produção artesanais, formas de governo tribais e formas de contratação sexual animalescas, mais assemelhadas a uma verdadeira suruba, onde pais copulam com filhas, irmãos com irmãs, a dois, a três, a quantos quiserem e bem entenderem, crianças com adultos, todas as aberrações sexuais passam a ser meras “opções”, sendo a paternidade desconhecida e desnecessária, já que a “comunidade” (o Estado) deverá cuidar de todas as crianças e os homens passam a ser meros “doadores de esperma”.

Assim, O Capital, do Marx, passou a ser considerado um manual de sacanagem e a vida na antiga URSS e atualmente em Cuba, na China e na Coreia do Norte é uma total putaria.

Ando muito preocupado.

32 pensou em “A SURUBA MARXISTA NA VISÃO DA DIREITA CONSERVADORA

  1. “Exarcebamento nacionalista” para mim significa patriotismo. Amor à pátria. Alguns não possuem este sentimento. Filhos de chocadeira.

    • Carlos, quando nos referimos a “nacionalismo exarcebado” não falamos de patriotismo, mas, sim, de ultranacionalismo e seu implícito exagero e desvios.
      Historicamente, o ultranacionalismo tem sua base no nacionalismo, que, por si só, em geral não representa uma corrente de pensamento político, mas um sentimento popular de pertencimento a uma nação
      No entanto, o Ultranacionalismo é o nacionalismo em sua forma mais fervorosa com posicionamento extremista.
      Muitas vezes está vinculado ao autoritarismo e é defensor de medidas como a proibição da imigração e a expulsão ou opressão de não nativos radicados no território de seus ideólogos.
      Os seguidores dessa linha de pensamento normalmente são caracterizados como lideranças demagógicas, autores de discursos que previnem sobre a sobrevivência nacional e sua etnia, defensores do militarismo.
      E daí que surgem os genocídios, uma vez que tal discurso torna justificável a limpeza étnica.
       Adolf Hitler talvez seja o exemplo histórico mais destacado do Ultranacionalismo.
      Seu discurso defendia a existência de uma raça superior ariana na Alemanha e, com base nesse pressuposto, promoveu o massacre de milhões de judeus.
      O nacionalismo exarcebado vem carregado de xenofobia e intolerância, como se vê, por exemplo também, para ficarmos mais atuais, no discurso de Jean-Marie Le Pen, na França.
      O ultranacionalista pode ser patriota, mas o patriota não precisa e talvez não deva ser portador de um nacionalismo exarcebado.
      São coisas algo diferentes:
      Patriotismo costuma ser resumido como “o sentimento de orgulho, amor, devolução e devoção à pátria, aos seus símbolos (bandeira, hino, brasão, riquezas naturais e patrimônios material e imaterial, dentre outros) e ao seu povo”.

  2. Está aberta o debate Dalva de Oliveira e Erivelto Martins! O erro de Lula e seguidores é acreditar que viajar de avião, comer iogurte é uma meta a ser atingindo pela pobreza. Esse consumismo não gera patrimônio e nem tira ninguém da pobreza. O cara que recebe bolsa família melhora seu consumo, não sua vida.
    Nos idos 1980, um em cada mil alunos de escola pública chegava a universidade. Havia, subjacente, o interesse em trabalhar e os cursos técnicos ajudavam nisso.
    Sem dúvida que Lula ajudou o ensino superior com a abertura de campi no interior, agora não acho coerente usar isso pra massificar o pensamento esquerdista. Eu estive em vários eventos onde o nome de Lula era dito com endeusamento absurdo. Era como se dissessem “agradeça, você está aqui por ele. Lembre disso quando for votar”.
    Diante de tudo quem ocorrido no mundo, a impressa que tenho é que ou a gente é governado pela esquerda ou a gente não vai ter paz. Não há democracia, ou melhor, a democracia é uma teoria engraçada que não se aplica nesse mundo.

    • Maurício, dizes, impicitamente, que o erro de Lula e dos seus seguidores é dar bolsa família, que permite ao pobre comer iougurte e andar de avião, o que determina apenas aumento do consumo mas não gera patrimônio e nem tira ninguém da pobreza.
      Após tua frase lapidar de que “o cara que recebe bolsa família melhora seu consumo, não sua vida” vou destacar que esse teu pensamento é praticamente o fosso que nos separa, que separa o pensamento da direita, que abraças, e o da esquerda, de nós outros.
      Acreditamos que, sim, é meta do pobre andar de avião, tomar iogurte, comer frango e ingressar na universidade, e as esquerdas têm o objetivo de ajudar o pobre a atingir tais alturas, porque o faminto não produz, o pobre sem alimentação é determinante da mortalidade infantil, e além de dever ser assegurado a todo brasileiro o direito à alimentação, teto e saúde, também a educação, até o nível superior, precisa ser objetivada como realização da mais alta importância, até mesmo como elemento de progresso social e econômico.
      Tenho insistido em que acreditamos, os esquerdistas, que antes de fazer crescer o bolo para depois dividi-lo, é preciso cuidar do povo em suas necessidades básicas: o “progresso” que fique para depois, xse necessário, pois ninguém pode ficar sem comer, nenhuma criança pode morrer pela demora em dar-lhe o necessário à sobrevivência.
      Muitos se esquecem que o Bolsa Família não é apenas um programa alimentar, ele tem regras que obrigam à vacinação e à frequência escolar e promove a capacitação para o trabalho. Nas regiões mais pobres do País o Bolsa Família leva dinheiro, que incentiva a produção, o comércio e o emprego (são dados concretos, não é filosofia nem ideologia).
      Uma coisa é certa: o bem para o povo não deve ser feito “com o objetivo” de obter reconhecimento – crítica implícita em tua argumentação.
      Porém , é certo que todo bem feito ao povo recebe uma resposta positiva. Na hora de votar eu me lembrarei de quem me fez bem.
      Por último, lembro que quando fostes governado pela esquerda estiveste em plena democracia – ou, afinal, os governos petistas são ou não esquerdistas?!

      • Goiano, no dia 06/12/2020, eu encaminhei um relatório de uma pesquisa que fiz sobre o bolsa família. O problema é que a renda fica estagnada e isso significa que a pobreza é um equilíbrio (aqui estou usando um conceito matemático) estável. O Brasil tem 1582 municípios em extrema pobreza. O bolsa família ajuda essas pessoas a consumir, mas elas não formam patrimônio. Continuam morando no mesmo casebre.

        • Maurício, primeiro, vou aproveitar para me desculpar com a repetição da palavra “exacerbado” grafada erroneamente: errar é humano, mas persistir no erro é burrice mesmo. Escrevi várias vezes “exarcebado”, desculpem.
          Quanto ao Bolsa Família é UM dos programas de distribuição de justiça social de que as esquerdas se valem; que seja para manter a pobreza em um equilíbrio estável, mas que seja uma pobreza que tinha um esquilíbrio estável sem comida e passe a sere uma pobreza com equilíbrio estável com comida.
          Não interessa se a pobreza com o Bolsa Família continua pobreza, o importante é que o pobre possa se alimentar, o que não é o ponto final.
          Se leres (e já deves ter lido, certamente) o programa, verás que essa pobreza estável estará estável em um nível onde as crianças serão vacinadas.
          Também esse nível de pobreza será com crianças frequentando a escola.
          Deverá também ser uma pobreza com formação profissional, por mais rudimentar que seja.
          Ainda que haja falhas nesse programa, o mínimo indispensável é que o pobre coma.
          Em 2017, a linha de extrema pobreza corrigida tinha como patamar o valor de R$ 102,44 e da pobreza o valor de R$ 204,88.
          Estimava-se setenta milhões de pessoas nessa situação, o que a epidemia do Covid 19 deve ter ampliado.
          Os pobres nessa situação possivelmente não têm mesmo acesso a programas como o Minha Casa Minha Vida e continuam morando em casebres, possivelmente com Luz Para Todos e até bem pouco tempo com Mais Médicos – a ambição das esquerdas é Casa Para Todos, Luz Para Todos, Médico Para Todos, Comida P\ara Todos, Trabalho Para Todos e assim por diante.
          Enquanto isso, a ideologia da direita, do tipo que podemos chamar de idealismo, além da filosofia conservadora, bem ao jeito relatado em comentário por Adônis, mais abaixo, é essa de esperar que o pobre se esforce como ele e consiga um lugar ao céu, o que é uma utopia em termos gerais, tratam-se de honrosas exceções, porque dificilmente um miserável terá condições de fazer como ele – mas duvido que ele tenha sido pobre de família com rendimento de cem merréis por mês (há pobres e pobres).
          Esse “idealismo” é cruel e as esquerdas o repudiam e condenam como um modo de pensar e de agir mortal, criminoso.

  3. “Contrariando o pensamento da direita conservadora e, por vezes, fascista (fascista quando se imbui de valores preconceituosos, como os homofóbicos, racistas, misóginos e xenofóbicos, autoritários e armamentistas, apego a políticas excludentes, exarcebamento nacionalista e religioso, dentre outros atrasos mentais),”

    Para mim ser Conservador de direita é em relação aos temas abaixo:

    Sexualidade: é algo íntimo de uma pessoa e diz respeito à ela apenas. Não tem que ter preconceito, orgulho, vergonha, vitimismo. Deve-se respeitar a opinião de cada um quanto ao tema. Só existe o gênero humano, que é o homo sapiens.

    Raça: Palavra usada para designar qualquer agregado de pessoas que podem ser identificados como pertencentes a um grupo. O Brasil é o país mais miscigenado no mundo, temos pessoas de todas as etnias e não há grupos significativos compostos exclusivamente de um só. Não existe racismo estrutural no BR, pois nunca houve um grupo segregando ou atacando outro. Casos isolados de violência ou exclusão pela cor da pele não representam a cultura brasileira.

    Mulher: tem a função biológica da procriação. É diferente física,. emocional e mentalmente do Homem. Não é melhor nem pior, apenas diferente. O fato de precisar de um tempo para gerar e cuidar do filho, trás consequências no mercado de trabalho em relação ao homem. Deve ser protegida em relação a esta característica primordial para a sociedade.

    Abertura de fronteiras: O BR é um país multicultural. Já recebeu muitos estrangeiros é o país com mais africanos, italianos, japoneses, sírios, libaneses, judeus. Hoje não podemos receber mais imigrantes de países em conflito forma desordenada, que implique em sacrifícios aos atuais brasileiros.

    Nacionalismo: sentimento de valorização marcado pela aproximação e identificação com uma nação. o Patriotismo é o sentimento de uma pessoa que quer fazer algo de bom para o país e valoriza suas características próprias.

    Posse de armas: direito que qualquer pessoa preparada e ciente das responsabilidades tem para auto defesa e para proteção dos interesses nacionais em caso de risco iminente da liberdade.

    Religiosidade: base da moral de um país. No caso do BR a base moral é a judaico cristã, que prega, mais do que qualquer outra a tolerância entre as diferentes crenças.

    Qualquer visão radical em relação a estes temas não é característica de um Conservador de Direita, pois viola os princípios básicos de quem acredita no indivíduo e suas liberdades.

    • Torneio Fubânico de Textão
      Ao final olhei para o painel que marcava o resultado do jogo:
      João Francisco 10 x 0 Goiano.

      Dez a zero. Recordei de meu Vasco quando era conhecido como Expresso da Vitória.

      Valeu, João!!!!!!!!!!’

      • Obrigado meu querido Sancho!

        Sinto falta de sua presença mais assídua aqui neste espaço.

        Espero que esteja tudo bem com v. neste 2021.

        Um abraço

        • São os cocos,meu caro… Os cocos que me deixam distante de nossa gazeta… Agorinha mesmo estou apenas esperando o Zé Broa para tocar o calhambeque para Campinas.

          Séu afiadíssimo florete está afiadíssimo para a esgrima política neste início de 2021, o que prova que men sana in corpore sano.

          Abração, gigante amigo.

    • João Francisco, a gente discorda na maneira de ver, compreender e interpretar as coisas, e o que parecem filigranas na verdade não o são: essas diferenças determinam a total e abosuluta diferença do modo de pensar e agir (direita e esquerda).
      1) Sexo é para ser praticado reservadamente, entre quatro paredes, como é costume se expressar, até para preservação da moralidade pública, por ser um ato ofensivo ao pudor que não deve ser praticado em público. Sexualidade, não. Sexualidade é compreendida como oconjunto de caracteres especiais, externos ou internos, determinados pelo sexo do indivíduo, porque, como canta Falcão, homem é homem, menino é menino, macaco é macaco e viado é viado.
      2) A direita, na pessoa de nosso governante mór, tem incentivado o racismo, contra índios, negros e chineses rsrsrs seu pensamenyo é claramente contra a existência de homossexuais e, embora o racismo no Brasil possa ser considerado atenuado, em face da menor violência de raça, ele existe e determina uma série de desvantagens aos negros, o que determinou mesmo a criação de coisas estranhas como cotas em razão da cor da pele.
      3) A integração da mulher na sociedade em igualdade de direitos é luta difícil e nosso governante já explicou que ela tem de ganhar menos porque tem filhos, o que libera os empregadores de ficarem atendendo suas (delas) tentativas de ganhar o mesmo que os homens mesmo que seu trabalho seja igual ou até superior.
      4) A imigração precisa ser ordenada, legalizada, mas não deve impedir a solidariedade.
      5) Nacionalismo é uma coisa, fanatismo é outra, patriotismo é mais outra, ultranacionalismo é ainda outra, palavras são como rótulos. 7) Nem mesmo a religiosidade exagerada preenche os ideais divinos.
      6) Posse de armas é para sociedades brutas, incultas e feias, como nos tempos do faroeste, onde cada um portava uma ou duas no coldre e uma espingarda enfiada na lateral do cavalo. Precisamos de educação, justiça social, segurança púbclica – a arma na mão do cidadão costuma gerar tragédias. O cidadão não deve portar arma para defender “o Estado”, porque o Estado pode ser Bolsonaro hoje, Lula amanhã ou um completamente malujco outro dia, de modo que de repente os cidadãos armados vão sair atirando para defender um maluco.

      • Goiano, vou apenas falar do último item,

        A Suíça é um país em que cada cidadão tem uma arma. Para auto proteção e para proteção de seu país. Não entendo a Suíça como um país bruto, inculto e feio, muito ao contrário.

        Sei que tem exemplos no sentido contrário como Japão e Inglaterra, onde nem a polícia anda com armas. São Ilhas, onde a entrada de armas pode ser muito melhor controlada.

        O que gera tragédias é arma na mão de bandidos, que não precisam dos meios legais para compra-las, têm acesso a armas de todos os calibres e mais ainda, a certeza de que podem entrar em todas as residências que não vão ter resistência.

        Para v. pensar. Sabe o que evitou uma 3ª guerra mundial nestes últimos 75 anos? A bomba atômica. Se não fosse esta arma de dissuasão EUA e URSS teriam entrado em guerra, não tenho a menos dúvida. Quando um lado sabe que o outro pode lhe destruir em caso de agressão, fica muito difícil pensar em briga.

        • João Francisco, é mais ou menos isso: Na Suíça há 2,3 milhões de armas particulares, entre uma população de 8,4 milhões. Uma das causas de tantda arma é o fato de que quem serve o exército pode ficar com suas armas quando sai (é uma espécie de reservista armado, para o que der e vier, caso a Suíça seja ameaçada).
          Uns dizem que é o país mais seguro do mundo, mas consta que está em 7º lugar em um ranking no qual o Brasil está em 145º.
          Comparado aos Estados Unidos – país que concentra o maior número de rifles e similares de propriedade civil –, o número de mortes por armas de fogo na Suíça é relativamente baixo. Em 2016, elas totalizaram 229, sendo mais de 92% suicídios. No mesmo ano, houve nos EUA 38.658 mortes, dos quais 59% suicídios e 37% homicídios.
          Os dados indicam que posse de arma e aumento da segurança pode ser uma simplificação, porque há vários fatores envolvidos.
          O exemplo da bomba atômica traz uma contradição argumentativa interessante: Ter a bomba mantém, segundo dizes, um equilíbrio de força, mas se usada vai causar muito mais dano do que as de Nagasake e Hiroshima (Cerca de 120 mil pessoas morreram só em Hiroshima. No dia 9 do mesmo mês, a outra bomba, a “Fat Man”, foi lançada sobre Nagasaki, provocando o mesmo tipo de destruição e número de mortes aproximado. Os danos e sequelas prosseguiram durante décadas nas duas cidades em decorrência da radiação produzida pela detonação das bombas).
          Uma arma na mão pode causar muita destruição, que pode não compensar sua proliferação.
          Minha vivência aqui diz que quem quer realmente ter arma consegue tê-la, seja legalmente, seja clandestinamente (já me ofereceram poor baixo dos panos e eu não quis).
          Ter arma para ser soldado de Jair Messias Bolsonaro não me parece boa ideia (é o que ele propõe, nas entrelinhas).
          Ele sugere que o cidadão armado estará em condições de fazer revolução armada contra ameaças (que na cabeça dele são os comunistas…).

          • Goiano, em relação à posse de arma v. mais uma vez falou, falou e não disse nada.

            Esta interpretação do que o portador de armas, pessoa de bem será soldado do Bolsonaro é uma ilação sua, jamais se cogitou um golpe da população e sim defesa.

            Sabe que o PT, como é da sua índole inverteu o resultado do estatuto do desarmamento, veja:

            https://sensoincomum.org/2021/01/13/pt-dispara-fake-news-e-afirma-que-brasileiro-votou-a-favor-do-desarmamento/

            Quanto às bombas atômicas do Japão, é certo que elas mataram cerca de 200 mil pessoas. Porém há estudos sérios de que elas anteciparam o fim da guerra no Pacífico em 2 anos e pouparam 3 milhões de vidas que se perderiam na invasão e conquista das ilhas japonesas que seria casa-a-casa. No fim das contas valeu muito a pena.

            Posso lhe passar o link destes estudos se não tiver acreditando.

            • João Francisco, pensas que eu não falei nada porque não estás informado. Vou te ajudar:

              https://www.youtube.com/watch?v=D6Jw_GVWu0E

              Talvez, vendo o vídeo, não dirás mais que se tratava “de uma ilação” minha.

              Quanto ao “valeu muito a pena”, vou acreditdar que foi um cochilo teu – a população de Nagasaki e Hiroshima eram civis, lembras? Havia militares, mas a maioria da população era constituída de civis, famílias inteiras, mulheres, crianças, todos dizimados pelo crime, feito para demonstrar poder.

              As guerras devem pagar o seu preço, mas o preço em combate. Não interessa se abreviou a guerra: se morressem milhões, que fossem soldados, para isso estão no campo de batalha, mas não abreviar a guerra que eles mesmos, os países, se decretaram, com o assassinato em massa de gente indefesa.

              Se tivessem a bomba, poderiam ter os japoneses demonstrado o seu poder jogando uma bomba sobre Recife e Disneyworld que tudo bem para terminar a guerra, né?

              Pimenta nos olhos dos outros é refresco.

              • Goiano, o vídeo mostra um presidente indignado dizendo que é fácil implantar uma ditadura no país, para isso basta desarmar a população (v. Venezuela). População armada jamais será escravizada.

                Eu disse que, se não fosse a bomba atômica, é certo que a guerra no Japão iria durar muito mais. As ilhas teriam que ser invadidas uma a uma, conquista casa a casa. Quem sofreria mais perdas? Evidente que é a população civil. Haveria muitos bombardeios nas cidades.

                É preciso deixar claro que quem iniciou esta guerra não foram os EUA e sim o Japão, que pagou caro pelo erro de provocar uma super potência..

                • João Francisco, as óticas das pessoas na análise das questõrs políticas, sociais, religiosas e futebolísticas são sempre pessoais, isso é um fato demonstrado pela Psicologia.
                  Portanto, o modo de ver e interpretar as coisas é influenciado pelas predisposições pessoais.
                  A tua ótica é muiiiito pessoal, exageradamente pessoal.
                  A ponto de confrontado tdeu ponto de vista com um fato evidente, como foi o caso do que alegaste e do que foi demonstrado no vídeo, dás um jeito de dfar uma torcida para que tuas crenças não sejam abaladas.
                  Aí é foda, mermão.
                  Se não dás uma arejada na mente o vento fresco não entra.

  4. Prezado Socrático Goiano, gostei do sofisma.

    Divirjo sobre alguns pontos do artigo, mas tudo bem. Deixo os comentários para os mais sábios que eu.

  5. Caro Goiano,
    Com relação às suas refutações ao meu artigo, o que tenho a dizer é o seguinte:

    1o – Considero a homossexualidade uma grande aberração e uma disfunção da sexualidade humana (homofóbico), considero os negros menos dotados de capacidade intelectual e mais voltados aos esportes físicos e aos batuques, enquanto os judeus ganham todos os prêmios Nobel (racista), vivo trancado em casa com meus livros e filmes (misógino) e não sou adepto de bajular gringos (xenofóbico), sou a favor de “Eine Reich, Eine Führer) onde um manda e os outros obedecem (autoritário) e quero ter o pleno direito de andar armado (armamentista). Não sei quais são essas tais de políticas excludentes. Sou altamente nacionalista e moderadamente religioso. Questão que só a mim diz respeito.
    Então, nas suas palavras: SOU UM FASCISTA? Eu? Que não suporto nem ouvir a palavra governo? É de dar risadas.

    2o – A queda na qualidade na educação básica tem nome: PAULO FREIRE! Ajudado pela roubalheira impune dos milhares de prefeitos. Já nas universidades, se deveu a terem entupido as universidades com gente que não deveria estar lá. Seja por usar a universidade para doutrinar todos no marxismo, seja por não terem Q.I. e aptidão para tal.

    3o – Todos os membros da minha família tiveram origem modesta. Os que estudaram em faculdades, só conseguiram por apresentar uma dedicação ímpar aos estudos e um desempenho escolar do mais alto nível. Os que estudaram em universidade federal, tiveram que passar por dificuldades incríveis pois não podiam trabalhar. As aulas eram nos dois turnos. Aqueles que, feito eu, tinham de trabalhar para se sustentar, se formaram estudando à noite e PAGANDO. Hoje, todos eles, meus irmãos e primos, são profissionais de altíssimo nível e de destaque na sociedade. O ponto em comum é que não guardam livros didáticos daquela época. Todos estudaram nas bibliotecas das universidades, ou com livros emprestados. Se o governo quer ajudar a estes que se destacaram, providencie Bolsas de Estudo para os melhores (Honra ao mérito), e não criar e sustentar esses “Jardins Suspensos da Babilônia” que são as universidades federais.
    B.T.W – Eu fui o 5o melhor resultado em todo o vestibular de ciências exatas em Recife no ano em que concorri. Tinha apenas 16 anos.
    Como a minha família, conheço milhares de casos. Portanto: NÃO FOI LULA, E NEM MUITO MENOS O PT, QUEM DEIXOU POBRE ENTRAR NA UNIVERSIDADE. Essa turma só deixou entrar POBRES E IGNORANTES!!!! de graça e às nossas custas.

    4o – Esse negócio de pobre comer iogurte e andar de avião…É PROBLEMA DELES!!!! Só não queiram fazer isso às custas do meu suado dinheirinho. VÃO TRABALHAR, BANDO DE VAGABUNDOS!!!

    5o – Quem editou o manual de sacanagem foi Engels, a partir de escritos e anotações de Marx, depois que ele morreu. O nome do livro é “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado”.

    • Torneio Fubânico de Textão
      Ao final olhei para o painel que marcava o resultado do jogo:
      Adônis 10 x 0 Goiano.

      Dez a zero. Recordei de meu Vasco quando era conhecido como Expresso da Vitória.

      Valeu, Adônis !!!!!!!!!!’

    • Meu caro Adônis,
      Desde o dia 11 de janeiro de 2021, em pleno início e andamento, me encontro em estado de choque.

      Deve-se ao teu comentário dessa data, que exatamente às onze horas, vinte e um minutos e alguns segundos postaste no Arco Tarco e Verva a respeito do meu artigo-resposta a ti, conhecido, de Norte a Sul do País, como “A SURUBA MARXISTA NA VISÃO DA DIREITA CONSERVADORA”.

      Venho me preparando para responder-te, mas, extenuado por pesadelos e visões fantasmagóricas, perturbado pela imagem de Sancho Pança descendo sem freios a Estrada Velha de Santos com um caminhão cheio de cocos (muitos deles estavam secos e foi injetada água com sal e açúcar dentro deles para diminuir as perdas), correndo o risco de espalhar coco pela estrada, encontro dificuldades para coordenar as ideias sutis, indispensáveis para a análise da inacreditável trombose de elefante que tuas ocas, mas sábias, palavras criaram nas páginas reacionárias do Jornal da Besta Fubana, baluarte na luta contra o comunismo e a transformação do Brasil em uma nova Cuba, China, Coreia do Norte, Venezuela ou o Butão do mundo, este onde as pessoas são felizes justamente por não disporem dos mais básicos bens materiais quem diria de luxos.

      Não é possível estabelecer retrato mais bem fotografado, nem tela mais bem pintada, nem descrição mais detalhada do que seja o pensamento da ora pululante direita conservadora seguidora, ou não, porque tem gente protestando que pode ser chamado de bonito e de viado mas nunca de bolsonarista, seguidora, eu dizia, ou não, repito, de Jair Messias Bolsonaro, a cujo respeito Ricardo Kertzman disse que se trata de um negacionista que conduz os brasileiros diretamente, pela ordem, aos hospitais lotados, em seguida aos necrotérios lotados, e finalmente às covas recém-abertas dos cemitérios Brasil afora negando, esde sempre, a gravidade da doença covidosa; desdenhando dos mortos; incentivando e promovendo aglomerações; pregando contra o uso de máscaras; boicotando as vacinas; demitindo ministros da Saúde que não lhe eram servis; nomeando um néscio para a Pasta, que nem sequer distingue os hemisférios sul e norte; não suprindo o País com imunizantes, como o da Pfizer, que ofereceu ao Brasil, ainda em agosto do ano passado, 70 milhões de doses, e insumos adequados, como seringas, agulhas eticétera e tal.

      Ao contrário de João Francisco, Joaquim Francisco, Gonzaga, Luiz Berto, Alfredo, Sancho Pança, Carlos, Maurício, Rômulo, Dr. Berto Anarfa, Arthur, Mita, Bernardo, Jesus, não aquele, o outro, Bernardo, Alexandre Garcia, Constantino, Marcelo, Puggina, Mineirim, Guzzo Mais ou Menos, Ruschel, Políbio, tu, uma penca e mais cinquenta e sete milhões de doidos varridos, o Kertzman quer interditar o maníaco, o Pazuello, mais alguns ministros e todos os seguidores da estranha seita que hoje nos domina e que defende coisas medievais.

      E ainda ao contrário da, digamos assim, direita conservadora, tem a turma da banda indecente deste País que cai para trás quando lê uma confissão como a que se estampou como um tapa na cara no dia onze.

      Penso, esse cara deve tar de sacanaze. Não pode ser. Terá pirado o mundo ou piraram e pirão os que vão farejando os passos de Mr. Big Mac Donald John Trump?!

      Teremos de volta a Klu-Klux-Klan que tirou esse nome do barulho de armar a espingarda?!

      Ou está para criar no Brasil a Pou-Pou-Pou?

      Bem, talvez seja exagero, o atraso não há de chegar a tanto, poupar-se-ão as lâminas das guilhotinas do sangue dos inimigos do… digamos… Estado!

      Contudo, o terror, talvez, assim como lá, nos istêites, se esfumace aqui, com essa gente sendo apeada de suas doideiras, quem sabe estabeleçamos a tradição do impeachment pelo conjunto da obra ou os eleitores se cansem de tanta idiotia e possamos entrar em transe meditativo novamente e elevarmos nossos corações e mentes ao estado civilizatório.

      Estou como um ovo, ainda chocado. Tentarei levantar-me desta cadeira e caminhar em direção a um futuro risonho e franco mas, se não conseguir, vou rolando mesmo.

      Qiuando me recuperar e estiver melhorzinho talvez seja capaz de transmitir ideias mais ordenadas. Por enquanto é isso.

      Sai desse corpo que não te pertence e segue a luz.

      Nem tudo está perdido.

      Ainda é tempo.

      Lula vem aí.

  6. Pois é……

    Felizmente está acabando o saco dos fubanos com Goiano.

    Os comentários estao diminuindo bastante.

    Eu, por exemplo… ;
    Vejo o tema e, se é político, nem “perdo” tempo.

    Vou aos comentários, vejo as pauladas e se tiver saco dou a minha.

    Não há saco que resista as asneiras políticas e ideológicas de progressistas e petralhas, psolistas e comunistas em geral……

    Vão trabalhar vagabundos……

    • Arthur, fico contente quando as pessoas comentam, é sinal que têm sede de saber.
      Nós, os asnos politiqueiros ideologistas progressantes e petralhudos, psolentos e comunistóides em geral acumulamos séculos de experiências e conhecimentos e estamos prontos a dividi-los com a ralé.

  7. Grande Goiano!

    Depois do ameno churrasco de cachorro, a la melhor Coréia, isso.
    Debate de titãs sobre ninharias.
    Compreensível.
    O marasmo é total.
    Fim de feira do capitalismo iluminado pela pirotecnia dos bancos centrais.

    Kabôsse!

    ***
    Como xadrez está na moda e decerto um engenheiro conhece, ao menos, as regras do jogo já devia ter caído a ficha para o Adônis que liberdade, livre iniciativa, propriedade privada, preço, lucro e salário em moeda fiduciária já foram para o saco-de-lixo da história.
    Xeque mate, após o grande reset.

    Esse (o great reset) inaugurará a era da total automação da burocracia e a consequente extinção do contrato social regido pelo estado nação mantido na porrada e baseado em arrecadação de impostos.
    Farwell Rousseau!
    E pensar que muitos nem sequer souberam de ti.
    Welcome Orwell or Huxley!
    ***
    Vale dizer que a misoginia (misógino) é “oriunda da união entre os termos gregos “miseo” e “gyne”, cujos significados são respectivamente ódio e mulheres, a palavra misoginia é usada para definir sentimentos de aversão, repulsa ou desprezo pelas mulheres e valores femininos”.
    ***
    Assim, misógino é quem não gosta de mulher.
    Quem não gosta da humanidade é misantropo.
    ***
    “A Misantropia ou Antropofobia, ao contrário da filantropia, designa a aversão ou o ódio ao ser humano ou à humanidade em geral seja em nível social, cultural…”
    Alguém cometeu esse ato falho.
    ***
    Por dedução fica claro, para uma mente que gosta de exatidão, que um misantropo odeia, principalmente, a si mesmo ou, então, não se considera sequer um ser humano.
    ***
    E você penitenciando-se por ter exacerbado “exacerbado”.
    ***
    Se você é como eu decerto valoriza o princípio do prazer e sabe viver de maneira própria, e não decadente, a sua existência.
    O ser é para a morte, mas nunca chegará lá, pois enquanto sou a morte não é e quando a morte é eu não sou.

    Pontificava o sábio Epicuro ratificado por Zenão e pelo Martin.

    O ser é para o mundo e decai no mundo das ocupações e na sua historicidade, lançado que foi existência.
    Em conjunto com os outros, em uma conjuntura!
    Sabendo-se ser, sendo.
    O maravilhoso e assustador o privilégio ontológico do homem.

    Espero não ter exacerbado na minha Heideggerização canhestra.
    ***

    • Saniasin, penso que o momento é de saber se se torce para o Vasco, que está subindo, ou para o Flamengo, que está descendo (rsrsrs, péssima comparação)
      Hora de escolher as companhias.
      Sim, valorizo o princípio do prazer, para todos, e para mim – razão pela qual ambiciono que um dia os pobres poderão ir a Paris tomar um pichet (rsrsrs de novo, o que espero, mesmo, é que sejamos todos remediados, num nível de remediamento que nos permita ia a Paris, Roma, Londres, Nova Iorque e ainda conhecer o Brasil de cabo a rabo, sem desprezar nossa linda América Latina.
      E ainda ler e compreender Nietzsche.

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