ALEXANDRE GARCIA

agro

O agro brasileiro continua trabalhando de domingo a domingo, de sol a sol, dia e noite, 24 horas por dia. A produção de grãos na próxima safra vai crescer 12,5%. Serão 284 milhões de toneladas. Isso que o clima não ajudou, sem chuva em dezembro no Rio Grande do Sul, principalmente, mas também em Santa Catarina e Paraná. Não ajudou a soja nem o milho.

Mesmo assim, a soja cresceu 3,8% em área e a colheita esperada é de 140 milhões de toneladas. Milho, 113 milhões de toneladas. O trigo para o nosso pão, 8 milhões de toneladas. Eu lembro que quando eu cobria economia pelo Jornal do Brasil a meta era chegar a 1 milhão de toneladas. Algodão, que é leve, pois é só pluma, 2,7 milhões toneladas. Já o arroz, 11 milhões de toneladas, e o feijão, 3 milhões de toneladas.

Essa é a resposta do agro, que tem sido vítima de muito preconceito de gente que, de certo, não quer a mesa cheia, não quer que haja abundância de comida para que o preço dos alimentos seja mais barato. O agro brasileiro dá segurança, inclusive, para uma boa parte do mundo, capaz de alimentar 1,6 bilhão de pessoas.

A previsão sobre a produção de grãos é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que faz todos os anos essa estimativa. É uma previsão que foi refeita, inclusive, porque a previsão anterior não estava contando com a quebra que houve pela falta de chuva.

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Ponte carcomida

Eu vi imagens de uma ponte no interior de São Paulo cujos pilares estão carcomidos pela corrosão. Uma coisa horrorosa, dá um pânico porque parece que a ponte vai cair a qualquer momento. Curioso é que a última inspeção feita na ponte diz que não há danos estruturais.

No entanto, pela imagem que eu recebi no Twitter, é possível ver através dos pilares. Dá para ver o esqueleto da armação em ferro, que está enferrujada também. Essa ponte fica na Raposo Tavares, uma rodovia paulista, sob administração do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). É a ponte Jurumin sob o rio Taquari, em Piraju (SP).

É bom que haja um alerta sobre isso, inclusive em relação aqueles que usam frequentemente essa ponte.

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Energia pressiona a inflação

Como eu havia previsto, a inflação oficial do país, o IPCA, realmente encerrou 2021 na casa dos 10%. Superou e muito o centro da meta, que era de 3,75%, com um teto admitido de até 5%. Ou seja, a inflação final foi o dobro do que seria aceitável.

É a terceira vez em que há uma inflação alta nesse século. A primeira vez foi em 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), com 12,5%. Depois, na transição Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), em 2015, com 10,67%.

E adivinhem quais as causas principais para uma inflação tão alta? O que mais subiu? Primeiro, etanol; segundo, gasolina; terceiro, diesel; quarto lugar, gás; e depois, eletricidade. Ou seja, energia. É o que está “matando” a economia dos europeus.

A Alemanha teve neste ano a maior inflação dos últimos 30 anos. Já os Estados Unidos está fechando a inflação de 2021 como a maior dos últimos 31 anos. É o preço da energia.

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Gasolina mais cara

E mais: está aumentando nesta quarta-feira (12), nas refinarias, os preços da gasolina entregue às distribuidoras, com R$ 0,11 centavos a mais o litro, e do diesel, com R$ 0,24 centavos a mais o litro.

Enquanto a gente fica sabendo que o pré-sal está cada vez mais recordista em produção de petróleo e gás. O que parece uma contradição, porque pela lei da oferta e da procura quanto mais abundante é a matéria prima, mais baratos são os derivados. Mas não é isso que acontece porque tem a dependência do dólar e do preço internacional do petróleo.

Um comentário em “A RESPOSTA DO AGRO

  1. O agro brasileiro está melhorando em todos os setores, menos no etanol. Faltou o Alexandre explicar por quê.

    E a gasolina nos EUA está mais barata hoje do que esteve entre 2011 e 2014. O peço da gasolina não é a causa da inflação, é consequência. A causa, como eu já cansei de falar, é a fabricação de dinheiro pelo governo, mas jornalista não admite isso nem apanhando com um gato morto.

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