XICO COM X, BIZERRA COM I

Lá vem ela, serelepe e fagueira, a moça do cabelo verde que todos os dias fura a fila do metrô e passa à frente de todos, com a maior cabeloverdice. As grávidas, os velhos, as mães com filho no colo, os deficientes, todos ficam para trás. Como ela aparentemente não está grávida, é jovem, não carrega um filho no colo, muito provavelmente ela é deficiente, do ponto de vista ético, sob a ótica mental e a isso se apegue para desrespeitar a todos. Só pode ser. Idade ela tem pra ter juízo. Talvez até tenha: apenas não o usa. Quando consigo entrar no vagão, já lotado, a moça do cabelo verde já está lá muito bem acomodada, sentadinha na janela, sorriso no canto da boca, celular na ponta dos dedos, como que a zombar de todos nós, pobres mortais, imprensados feito sardinha em lata. A falta de civilidade é imensa e me causa indignação. Todos os dias eu me entristeço pela quantidade cada vez maior de mulheres do cabelo verde ao nosso redor, furando fila, estacionando onde não deve, desrespeitando o direito alheio. E antes que me taxem de preconceituoso, vou logo avisando: homens também pintam seus cabelos de verde, de azul e de vermelho. Que bom se não houvesse tintura de cores extravagantes para o cabelo dessa gente.

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