ROQUE NUNES – AI, QUE PREGUIÇA!

Em 1884 Machado de Assis publicou um conto chamado A Igreja do Diabo. Conto humorístico relata como o diabo, cansado da desorganização resolveu fundar uma igreja, valendo-se dos pequenos defeitos humanos. Bastava inverter os sinais, transformar os vícios em virtude, os pecados em vantagens e a venalidade em honra. E consegue. Prega seu evangelho pelo mundo, cria seus dogmas, seus credos, sua liturgia e esvazia a igreja de Cristo. Quando ele pensa que venceu descobre que o avarento, às escondidas dá esmola, o mentiroso, uma vez por semana confessa seus pecados e faz penitência, o ladrão rouba, mas oferece o produto de seu roubo como esmola aos miseráveis. Sem saber o motivo dessas ações, vai até Deus e reclama. O Senhor, na sua infinita paciência exclama. “Ora, meu caro diabo! Essa é a contradição humana!”

Apesar de haver um “spoiler” nesse primeiro parágrafo, este domingo eu se me peguei pensando nesse conto e no modus operandi da esquerda brasileira neste século XXI. E não estou falando nos caracteres mais sombrios da esquerda e sua ligação com as trevas e as artes satânicas. A esquerda é assim mesma. Associada à Besta que sobre da terra descrita em Apocalipse 13 – basta ler esse capítulo e fazer uma reflexão histórica do século XX e XXI -. Sua gana em destruir a religião, a família, a sociedade, perverter as crianças, criando uma confusão sobre sexo e sexualidade é típico dessa “besta que sobe do mar” descrita por João, e que debocha do “amor das mulheres”, descrito por Daniel no capítulo 7 em seu livro.

Mas, não é sobre escatologia, ou mesmo teologia que quero falar, mas sobre os cacoetes da esquerda e seus vícios e venalidades sob o manto da suposta virtude por eles pregados. Vendem a fantasia de um paraíso na terra onde os rios são de leite, o vento é gota de água, as montanhas são de rapadura e a vida é um “dolce far niente” e a felicidade é um estado permanente da alma. Aldous Huxley na obra Admirável Mundo Novo já havia escrito uma distopia sobre esse tema, mas não usando o socialismo como pano de fundo, mas sim uma droga que não provoca efeito colateral adverso, não dá overdose e não cria uma dependência destrutiva como as atuais.

E, digo isso com convicção porque o esquerdista brasileiro lembra muito as personagens descritas no conto de Machado de Assis. São venais, mentirosos, canalhas, ladrões, defensores de ladrão, cheio de vícios. Mas, ao contrário daquelas personagens que praticavam a virtude às escondidas para que o diabo não lançasse em “suas caras” esse mau proceder, nossos esquerdistas praticam seus vícios dentro de outros vícios maiores e de maneira escancarada, pois eles gritam mais e sempre tem uma imprensa militante que dá voz a eles.

É quase um credo sagrado ver um esquerdista exibindo um Rolex de aço que custa a os olhos da cara para qualquer mortal que tenha dificuldade de soletrar Kruschev, sem dar um nó na língua. E olha que um Rolex é o tipo de acessório que você tem que ter uma boa bufunfa para poder exibir um em seu pulso. Mas todo esquerdista “pìu grasso” tem o seu. Há alguns gabirus da esquerda que, por falta de um exibe logo dois. O porco fedorento, assassino que foi despachado para o colo de satanás nas matas bolivianas era um desses: tinha dois Rolex de aço, mesmo implantando a fome, a miséria e o desespero em Cuba, depois que o assassino do Fidel Castro tomou o poder.

Da mesma forma se tornou notório uma ativa agente do PC do B, que elogia o regime assassino do gordinho tarado da Coreia do Norte ir passear de férias e comprar o enxoval de seu bebê em: Pyong Yang? Em Caracas? Em Hanói? Em Havana? Em Manágua? Um retumbante NÃO. Ela foi para Nova York. A capital do capitalismo e berço da liberdade econômica. Mas, um, porém. Essa ida foi para ela e a família. Para a “arraia miúda”, em um regime de esquerda, esse é um sonho que se for sonhado, leva o sonhador a um campo de concentração. E mais, essa mesma esquerdista que adora o gordo assassino da Coreia do Norte só anda de Iphone 12, carro particular com seguranças armados e só come nos melhores restaurantes do Brasil, além de dormir apenas nos melhores hotéis. É o vício rendendo loas ao vício, e não à virtude. Essa mesma esquerdista defende, até de maneira insana um ladrão e lavador de dinheiro; aí além do vício alia-se a canalhice dessa mesma senhora.

Outro fato interessante é no sistema educativo nacional que está coalhado de esquerdistas e suas teses malucas e ideias satânicas. Pregam um modelo de educação que chamam de “libertadora”, criando robôs que repetem mantras inexequíveis. Mas, para o filho dos outros. Para os filhos deles, sempre o melhor, preferencialmente em países capitalistas com a educação mais conservadora e tradicional possível. Conheci, aqui na gloriosa Campo Grande, uma professora que até hoje defende aquele ladrão que todo mundo conhece, prega uma escola libertadora com uso da linguagem neutra, defende todo aquele entulho de identidade de gênero, de raça e o diabo a quatro. Descobri recentemente que o filho estuda na Califórnia, em escola super tradicional. Mais uma vez o vício rende homenagem ao vício.

Mas isso é uma condição sine qua non de Pindorama: nossas escolas são todas, sem exceção, um fracasso retumbante. E alguém pode gritar que as escolas privadas são de maior qualidade que as públicas. Falso. Se fossem assim, tão de qualidade, não existiriam tantos cursos pré-vestibulares. Agora são pré-enem. Conheço muitas escolas privadas que estão dobrando a carga horária dos alunos do terceiro ano do ensino médio. Em um período dão o conteúdo programático da série, e no outro, preparatório para o Enem. O que mais me deixa basbaque é que esse engodo é executado com anuência dos pais dos alunos.

E, se você, caro leitor, for pesquisar o fundo dessa situação verá que há mais militantes nessas escolas do que professores. E isso está se repetindo e se espalhando para clubes, igrejas, associações. Não digo sindicatos, porque esses já não têm mais salvação na terra brasilis. Aliás, ultimamente eu aconselho a aluno universitário, ao associado de clubes que: quando alguém for falar com o grupo e começar “…boa noite a todos e a todas!”, saia correndo, vá para casa e nunca mais coloque os pés lá. Mais uma vez o vício presta homenagem ao vício.

E assim, como no conto machadiano, só que com posturas tortas, o diabo não vai perguntar a Deus os motivos desse desvio moral. Essa conduta tem um fundamento que não é filosófico. É canalha. O esquerdista brasileiro, de qualquer quadrante rende essa homenagem ao vício por convicção e por formação moral. Sua âncora ética é o limite que o chefe, deus e santo que eles idolatram – isso mesmo, aquele ladrão que estava preso, depois solto, estava condenado, depois inocentado ex-officio -. Partem da premissa que o limite moral deles é o limite moral desse chefe. Como Il capo não possui limite moral algum – até culpou a mulher morta pelas safadezas dele -, então não há limite algum.

Se Ivan Karamazov ao questionar a morte de Deus o faz com um tom de censura “Deus morreu, é tudo permitido?” deixando na questão um limite e uma fronteira que não devem ser ultrapassadas, O chefão do grupo esquerdista usa esse mote como uma convicção que tudo, mas tudo mesmo é permitido a fim de que possam chegar ao poder, roubarem o que puderem, e tal qual um parasita, depois que o hospedeiro estiver quase morto, sairá dele e ir parasitar outro. É o vício rendendo homenagem suprema ao vício.

6 pensou em “A IGREJA DO DIABO

  1. Por essas e outras que imortalizou-se a frase “Eu quero morar na propaganda do PT”.

    Uma pena que a meia dúzia que frequenta este JBF com viés da extrema-esquerda não possua capital intelectual para refutar seus argumentos, caro Roque.

  2. Meu grande amigo Roque:
    Seu artigo é como a nona sinfonia do Beethoven: você não consegue tirar ou adicionar uma única nota para melhorar a música. É perfeita. No caso de sua opinião, não se consegue modificar nenhum parágrafo do que você escreveu.
    Parabéns.

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