Sede do Ministério das Relações Exteriores, Palácio do Itamaraty, em Brasília
A diplomacia brasileira, que até hoje é descrita por jornalistas amigos da casa como “profissional”, viveu o momento mais negro da sua história durante a ditadura militar. Transformou as embaixadas do Brasil no exterior em serviço auxiliar do DOI-CODI e outros antros da repressão política da época. Perseguiu, delatou e tratou como apátridas os exilados políticos brasileiros que tinham fugido do país. Negou passaportes, vistos e outros documentos essenciais para os cidadãos que estavam nas suas listas de “procurados”. A Embaixada do Brasil no Chile, junto com a dos Estados Unidos, colaborou ativamente com o golpe do general Pinochet e, em seguida, com a sua ditadura. O atual ministro de fato do Exterior, que comanda a facção mais extremista do Itamaraty, presidiu a Embrafilme da ditadura durante três anos. Agora, com o apoio ao roubo da eleição na Venezuela, disfarçado de delicadeza diplomática e “respeito” aos países amigos, chega a um novo ponto baixo.
Nada disso é um equívoco – não foi antes e não é agora. Tanto a infâmia que viveu na ditadura militar, quanto a infâmia que comete agora, ao tornar o Brasil cúmplice de um regime fora-da-lei, são o único resultado possível das decisões tomadas pelas pessoas de carne e osso que chefiam o Itamaraty. Elas apoiam a ditadura de Maduro não por algum equívoco técnico, e menos ainda por acharem que isso ajuda os interesses objetivos do Brasil. São a favor da fraude porque são a favor de todas as tiranias, com atração fatal pelas que se exibem como combatentes do “fascismo”, do “imperialismo” e da “extrema direita” – além de cultoras do “socialismo”, da “solidariedade”, etc. etc. etc. É só ver quem são os ídolos mundiais do Itamaraty de hoje e de Lula. São Irã, Rússia, China, Cuba, Nicarágua, terroristas do Hamas e por aí afora – como o Chile de Pinochet, o Paraguai de Stroessner e a Argentina dos generais eram os ídolos da ditadura brasileira. A defesa do interesse nacional, nos dois casos, não vale nada. O que vale é servir a uma ideologia.
Os comunicados do Itamaraty sobre o golpe eleitoral da Venezuela não se distinguem dos que foram feitos pelo MST, pela direção do PT e coisas do gênero – muda o palavreado, mas fica a mesma argumentação de diretório estudantil, a mesma sintaxe primitiva e a mesma cumplicidade com a ditadura de Nicolás Maduro. Esperam, como se isso fosse mudar alguma coisa numa eleição que sempre esteve roubada, as “atas” eleitorais que o TSE de Maduro está estudando e ainda vai publicar. O resultado não saiu até agora porque um hacker de Elon Musk, aparentemente a partir da Macedônia, “entrou no sistema” de votação e de apuração até hoje absolutamente inviolável da Venezuela.
O Itamaraty leva essa alucinação a sério – e quando Maduro mostrar as tais “atas” atestando que ele ganhou, nossos diplomatas vão dizer: “Viram? Estava tudo direitinho com a eleição. A democracia venceu. A Venezuela voltou”. A OEA não concorda. As democracias de verdade não concordam. O único observador internacional honesto das eleições que Maduro deixou entrar no país não concorda. O Itamaraty, nos foros internacionais, se abstém de votar. Aqui dentro bate continência para um partido político e para o seu chefe.
Não se pode comparar o que ocorreu no Brasil do pós 64 com o que ocorre hoje.
Quem se exilou em 64 foi porque quis, colaborou para implantar um regime ou era comunista.
Brizola e Arraes eram comunistas, Serra até outro dia se dizia muito mais de esquerda do que Lule, FHC então….
Se o regime que eles queria prevalecesse no BR, haveriam muito mais mortes que as havidas no BR.
Dos militares que assumiram (no plural) a presidência, nenhum era conservador, eram positivistas.
Hoje se prende senhoras idosas com Bíblia nas mãos que rezava em frente quarteis.
Filipe Martins está preso há mais de 6 meses sem acusação alguma, sendo torturado para denunciar Bolsonaro.
P. Figueiredo e Consta (só dois exemplos) tiveram que fugir do país, caso contrário estariam presos, por expressar opinião e defender liberdade de expressão.
Que ditadura foi essa a de 64 que terminou sem uma bala disparada?
Relevem, por favor, meus erros de concordância nominal e verbal. Eu normalmente leio antes de publicar, mas desta vez foi do jeito que veio.
Sabe aquela vontade de vomitar, aquele asco, aquele nojo… pois bem. Tudo neste desgoverno do Corno de Caetés, causa essas situações. Esse país deveria implodir.
O que verdadeiramente a dupla “Maduro-Lula” quer é instituir uma “Ditadura Democrática” na Venezuela. Pra inglês ver! Dá pra esperar o quê desta dupla de admiradores de Fidel Castro?